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PAPILOMA VÍRUS HUMANO – HPV

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O QUE É? 

O Papilomavírus Humano é um vírus que infecta a pele ou mucosas (oral, genital ou anal) das pessoas, provocando verrugas na região genital e ânus e câncer de colo do útero, vagina, ânus, vulva, pênis, garganta e boca, a depender do tipo de vírus. 

 


TRANSMISSÃO: 

A transmissão do HPV se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma de transmissão é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto. Muitas pessoas são assintomáticas podendo transmitir o vírus sem saber.

 


SINAIS E SINTOMAS: 

O HPV pode ficar latente (sem atividade) por anos sem manifestar sinais visíveis ou subclínicos. O aparecimento de lesões pode ocorrer com a diminuição da resistência do organismo. As manifestações surgem entre dois e oito meses ou demorar até 20 anos. As mulheres em sua grande maioria apresentam uma resolução espontânea da infecção em um período de 24 meses. 

Lesões clínicas: 

Apresentam-se como verrugas na região genital e no ânus (denominadas tecnicamente condilomas acuminados e popularmente conhecidas como "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista"). Essas verrugas, normalmente, são causadas por tipos de HPV não cancerígenos. Em geral, são assintomáticas, mas pode haver coceira no local. 


Lesões subclínicas (não visíveis ao olho nu): 

Podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não apresentam sinais/sintomas. As lesões subclínicas podem ser causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para o desenvolvimento de câncer.
Acometem vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e/ou região pubiana. Menos frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas e mucosas nasal, oral e laríngea.
Mais raramente, crianças que foram infectadas no momento do parto podem desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe (Papilomatose Respiratória Recorrente).
 


PREVENÇÃO: 

A vacina contra o HPV é a medida mais eficaz para se prevenir contra a infecção. Ela está disponível em todos os centros de saúde, é segura e não causa efeitos colaterais graves.

 

As indicações da vacina para HPV são:

  • Meninos e meninas entre 9 e 14 anos;
  • Homens e mulheres transplantados de órgãos sólidos e medula óssea entre 9 e 45 anos;
  • Pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia;
  • Pessoas vivendo com HIV/Aids entre 9 e 45 anos;
  • Usuários da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de 15 a 45 anos
  • Vítimas de violência sexual;
  • Pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PRR).

     

A vacina não previne infecções já existente e nem todos os tipos de HPV.

 

Papanicolau ou Exame preventivo do câncer de colo de útero:
 

É o exame ginecológico utilizado para identificar lesões precursoras de câncer do colo do útero. Ele não é capaz de diagnosticar o HPV e sim identifica células anormais no tecido que reveste o colo do útero. Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos. Por isso, é muito importante que as mulheres façam o exame de Papanicolau regularmente, mesmo que estejam vacinadas contra HPV.


 

Preservativo: 


O uso de preservativo (camisinha) nas relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. Contudo, o seu uso, apesar de prevenir a maioria das IST, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois muitas vezes as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, períneo ou bolsa escrotal). A camisinha feminina, que cobre também a vulva, é mais eficaz para evitar a infecção se utilizada desde o início da relação sexual.

 


Parceria sexual:
 

É fundamental que as parcerias sexuais sejam aconselhadas e examinadas, pois a infecção pode existir sem que apresente qualquer sinal ou sintoma. Dessa forma, faz-se necessária a realização de consulta para o casal.

 


DIAGNÓSTICO: 

O diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo das lesões (clínicas ou subclínicas).

  • Lesões clínicas – podem ser diagnosticadas por meio do exame clínico urológico (pênis), ginecológico (vulva/vagina/colo uterino), proctológico (ânus e região perianal) e dermatológico (pele).
  • Lesões subclínicas – podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, como o exame preventivo Papanicolau (citopatologia), colposcopia, peniscopia e anuscopia, e também por meio de biópsias e histopatologia, a fim de distinguir as lesões benignas das malignas.

 


TRATAMENTO: 

O objetivo do tratamento das verrugas anogenitais (região genital e ânus) é a destruição das lesões. Independentemente da realização do tratamento, as lesões podem desaparecer espontaneamente, permanecendo o risco de contágio. O tratamento das verrugas anogenitais não eliminam o vírus, por isso as lesões podem reaparecer. As pessoas infectadas e suas parcerias devem retornar ao serviço, caso identifique novas lesões.
 

Preservativos e exames são disponibilizados em todos os centros de saúde da capital.
 

 

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