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Por Redação do ge — Campinas, SP


Tiffani Marinho embarca rumo às Olimpíadas de Paris após superar lesão

Tiffani Marinho embarca rumo às Olimpíadas de Paris após superar lesão

Aos 25 anos, a velocista Tiffani Marinho está prestes a disputar as Olimpíadas pelas segunda vez na carreira. O nome na lista veio para coroar a resiliência da atleta, que precisou lidar com duas lesões na reta final do ciclo olímpico.

As pedras no caminho rumo a Paris começaram a surgir quando a ela teve uma lesão na posterior da coxa neste ano.

– Eu tive uma lesão grau 1 na posterior. No geral, não é uma lesão grave, mas teve um edema. A gente foi tratando e eu achei que estava bem. Voltei, mas senti de novo. Tive que voltar tudo de novo e a gente tratou com mais calma. O tratamento foi maior do que eu esperava – explicou Tiffani.

Tiffani Marinho nas Olimpíadas de Tóquio — Foto: Gaspar Nóbrega/COB

Por causa das lesões, a velocista teve que abrir mão da disputa de provas importantes, como a dos 4x400 misto no Mundial de Revezamento de 2024, que foi disputado nas Bahamas. Em 2021, Tiffani conquistou a medalha de prata inédita para o Brasil na prova ao lado de Alison dos Santos, Anderson Henriques e Geisa Coutinho.

– Foi bem difícil abrir mão dessa competição, porque eu corro no revezamento desde que eu entrei na seleção brasileira. Foi muito difícil, mas a gente encarou como um aprendizado – comentou.

Tiffani garantiu uma vaga em Paris pelo ranking mundial de pontos da World Athletics, entidade máxima do atletismo. Metade das vagas para as Olimpíadas foram preenchidas pelo critério de classificação do ranking. Nos 400m, ela é a 45ª colocada.

Essa será a segunda participação da atleta que treina em Campinas, no interior de São Paulo. A primeira foi em nos Jogos de Tóquio, que foram disputados em 2021 por causa da pandemia.

– Quem já foi (em outras Olimpíadas) fala que foi diferente, mas, para mim, foi incrível. Eu já tinha conhecido o país em 2019, antes da pandemia. Então, eu já tinha passeado, andando nas ruas e conhecido lugares que eu nunca imaginei que eu fosse conhecer. Então, quando eu fui na pandemia, eu quis curtir a Vila Olímpica e não precisei sair de lá para nada – relembra a atleta.

Tiffani Marinho no Mundial de Doha, em 2019 — Foto: Wagner Carmo/CBAt

Nas pistas, Tiffani competiu nos 400m e nos 4x400 misto, mas não chegou à final em nenhuma das provas.

– Não foi como a gente esperava, mas também não foi uma das piores competições que eu fiz. Então, eu acho que está dentro do planejamento para competir bem agora e para em 2028 estar melhor ainda – destacou.

Para os Jogos de Paris, a meta é, pelo menos, superar as próprias marcas.

– Eu espero um fazer minha melhor marca pessoal ou a melhor marca da temporada. Se eu fizer a melhor da temporada, eu já estou satisfeita. Não contente, mas, se não sair a minha melhor marca pessoal, não vou ficar tão abalada porque foi um ano atípico. Sabe quando em meio a tanta coisa você ainda agradece? Eu só estou grata por essa vaga, pelas pessoas ao meu redor e por estar indo para mais uma edição dos Jogos Olímpicos com 25 anos – finalizou.

A melhor marca pessoal da velocista é de 2019, quando ela fez a prova em 51s84. A classificatória dos 400m feminino será no dia 5 de agosto, às 6h55 (no horário de Brasília).

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