Saltar para o conteúdo

La fille aux yeux d'or

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Se procura o filme, veja La fille aux yeux d'or (filme).
La fille aux yeux d'or
A rapariga dos olhos de ouro [PT]
A menina dos olhos de ouro [BR]
La fille aux yeux d'or
Desenho da edição americana de 1897
Autor(es) Honoré de Balzac
Idioma Francês
País  França
Série Scènes de la vie parisienne
Editora Furne
Lançamento 1835
Edição portuguesa
Tradução Domingues Monteiro
Editora Arcadia
Lançamento 1958
Páginas 150
Edição brasileira
Tradução Ilana Heineberg
Editora L&PM
Lançamento 2006
Páginas 127
ISBN 8525415197
Cronologia
La Duchesse de Langeais
César Birotteau

La fille aux yeux d'or (br: A Menina dos Olhos de Ouro e em Portugal: A rapariga dos olhos de ouro) é um romance em língua francesa de Honoré de Balzac publicado em 1835. É uma das partes da História dos Treze que reúne Ferragus, A Duquesa de Langeais e A garota dos olhos de ouro. Uma das histórias de Cenas da vida parisiense, Estudos de costumes da Comédia Humana.

Balzac primeiramente dedicou o romance a Eugène Delacroix e depois a Albert Béguin, pintores com quem ele pretendia rivalizar, exprimindo em palavras o que eles diziam em pinturas.

O romance possui um conteúdo de literatura fantástica (como são os escritos da História dos Treze). Mas é um espelho, mesmo que distorcido, de uma sociedade em que o dinheiro dá o direito a seus detentores de comprarem mulheres como se fossem escravas e mantê-las aprisionadas à mercê das respectivas boas vontades. A história é sobre uma mulher mantida por outra. Balzac foi audacioso ao descrever uma paixão entre duas mulheres, numa época em que o tema do lesbianismo não era muito explorado ou mesmo admitido na literatura.

O conde Henry de Marsay (Henrique na edição brasileira organizada por Paulo Rónai), filho natural de Lorde Dudley e educado pelo abade de Maronis, é um dândi voraz, que dobra a vontade de todos à sua volta graças ao seu poder pessoal. A história começa quando Marsay encontra pela primeira vez Paquita Valdes, uma “menina dos olhos de ouro” durante um passeio. Aquela criatura misteriosa, de uma beleza realmente excepcional, atrai subitamente a atenção do conde.

A moça vive sob constante controle de sua aia, quase que presa em seu palácio. Para o entediado conde, a conquista da moça é uma espécie de desafio, e daqui pra frente fará de tudo para conquistá-la. Com a ajuda de Ferragus e do marquês de Ronquerolles, espera conseguir seduzir a jovem. Mas é o fiel criado desta última que o contacta para organizar um encontro com a moça. Na primeira vez, o jovem consegue encontrar Paquita secretamente na casa da mãe dela. Depois se encontram mais duas vezes, com muitas precauções, nos aposentos de Paquita. Mas quando Henrique está no auge da paixão, ao falarem em fugirem juntos, talvez para a Índia, Paquita invoca o nome de uma mulher. O jovem se enfurece e tenta matá-la. Depois resolve se vingar e pede ajuda ao Grupo dos Treze, que inclui Ferragus.

Quando invadem a casa de Paquita, encontram-na agonizante diante da marquesa de San-Real, meia-irmã de Marsay, que, loucamente apaixonada por Paquita, matou-a por ciúmes. Mas ao perceber que foi com seu meio-irmão que Paquita a traiu, a marquesa se arrepende e decide retornar à Espanha e ingressar no convento de Los Dolores.

  • Eric Bordas, « La Composition balzacienne dans Ferragus et La Fille aux yeux d’or : de la négligence à l’ambivalence », Orbis Litterarum, 1994, n° 49 (6), p. 338-47.
  • Stéphanie Boulard, « Double enquête sur La Fille aux yeux d’or », Paroles Gelées: UCLA French Studies, Spring 2003, n° 20 (2), p. 36-44.
  • Wayne Conner, « La composition de la Fille aux yeux d’or », Revue d’Histoire Littéraire de la France, 1956, n° 56, p. 535-547.
  • ADILON , « Castration and Desire in Sarrasine and The Girl with the Golden Eyes: A Gay Perspective », The Rhetoric of the Other: Lesbian and Gay Strategies of Resistance in French and Francophone Contexts, New Orleans, UP of the South, 2002, p. 45-63.
  • Lucette Czyba, « Misogynie et gynophobie dans La Fille aux yeux d’or », La Femme au sec. XIX : Littérature et idéologie, Lyon, PU de Lyon, 1979. 201 pp. (artigo no livro) p. 139-49.
  • Jean-Yves Debreuille, « Horizontalité et verticalité: Inscriptions idéologiques dans La Fille aux yeux d’or », La Femme au sec. XIX: Littérature et idéologie, Lyon, PU de Lyon, 1979, p. 151-65.
  • Michel Delon, « Le Boudoir balzacien », l'Année balzacienne, 1998, n° 19, p. 227-45.
  • Marie Josephine Diamond, « The Monstrous Other: The Chimera of Speculation in Balzac’s The Girl with the Golden Eyes », Nineteenth-Century Contexts, 1994, n° 18 (3), p. 249-62.
  • Juliette Frolich, « Une Phrase/un récit : le Jeu du feu dans La Fille aux yeux d’or de Balzac », Revue romane, 1979, n° 14, p. 59-73.
  • Serge Gaubert, « La Fille aux yeux d’or : un Texte-charade », La Femme au Sec.XIX : Littérature et idéologie, Lyon, PU de Lyon, 1979, p. 167-77.
  • Michel Gheude, « La vision colorée dans La fille aux yeux d’or de Balzac », Synthèses, July-Aug 1970, n° 289-290, p. 44-49.
  • Andrea Goulet, "'Effets de lumière,' or a 'second' Second Sight," dans *Optiques: The Science of the Eye and the Birth of Modern French Fiction,* University of Pennsylvania Press, 2006.
  • Jeannine Guichardet, « Attention : une Femme peut en cacher une autre : La Fille aux yeux d’or au miroir de la Belle Noiseuse », Genèses du roman : Balzac et Sand, Amsterdam, Rodopi, 2004, p. 71-7.
  • Owen N. Heathcote, « The Engendering of Violence and the Violation of Gender in Honoré de Balzac’s La Fille aux yeux d’or », Romance Studies, Autumn 1993, n° 22, p. 99-112.
  • Doris Y. Kadish, « Hybrids in Balzac’s La Fille aux yeux d’or », Nineteenth-Century French Studies, Spring-Summer 1988, n° 16 (3-4), p. 270-278.
  • Maurice Laugaa, « L’Effet Fille aux yeux d’or », Littérature, 1975, n° 20, p. 62-80.
  • Henry F. Majewski, « Painting as Intertext in Balzac’s La Fille aux yeux d’or », Symposium, Spring 1991, n° 45 (1), p. 370-84.
  • Chantal Massol-Bedoin, « La Charade et la chimère : du récit énigmatique dans La Fille aux yeux d’or », Poétique, 1992 Feb; 23 (89), p. 31-45.
  • Pierre Michel, « Discours romanesque, discours érotique, discours mythique dans La Fille aux yeux d’or », La Femme au sec. XIX : Littérature et idéologie, Lyon, PU de Lyon, 1979, p. 179-87.
  • Pierre Michel, « Paris pyroscaphe : mythe de Paris et thermodynamique dans La Fille aux yeux d’or », Paris au sec. XIX, Lyon, PU de Lyon, 1984, p. 47-60
  • Nicole Mozet, « Les prolétaires dans La fille aux yeux d’or », L’Année balzacienne, 1974, n° 91-119.
  • Catherine Perry, « La Fille aux yeux d’or et la quête paradoxale de l’infini », L’Année balzacienne, 1993, n° 14, p. 261-84.
  • Pierre Saint-Amand, « Balzac oriental : La Fille aux yeux d’or », Romanic Review, Mar. 1988, n° 79 (2), p. 329-340.
  • Denean T. Sharpley-Whiting, « 'The Other Woman': Reading a Body of Differences in Balzac’s La Fille aux yeux d’or », Symposium, primavera de 1997, n° 51 (1), p. 43-50.
  • Nils Soelberg, « La Narration de La Fille aux yeux d’or : une Omniscience encombrante », Revue Romane, 1990, n° 25 (2), p. 454-465.
  • Adeline R. Tintner, « James and Balzac: The Bostonians and La Fille aux yeux d’or », Comparative Literature, Verão de 1977, n° 29 (3), p. 241-54.
  • Victor-Laurent Tremblay, « Démasquer La Fille aux yeux d’or », Estudos franceses do século XIX, Outono de 1990, n° 19 (1), p. 72-82.
  • Victor-Laurent Tremblay, « Qui es-tu, Paquita ? », Modernos Estudos de Linguagem, Inverno de 1992, n° 22 (1), p. 57-64.
  • André Vanoncini, « Les 'Trompettes de 1789' et 'L’Abattement de 1814' : Moments du tableau parisien dans La Fille aux yeux d’or », L’Année balzacienne, 1990, n° 11, p. 221-232.

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]