Fórum de Contagem. (Foto: Maurício Vieira/G1)
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou recurso impetrado pela defesa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, condenado a 22 anos de prisão pela morte e ocultação do cadáver de Eliza Samudio.
O desembargador Doorgal Andrada, da 4ª Câmara Criminal, ainda determinou que o processo referente ao réu transitou em julgado, "devendo ser cumpridas as formalidades para a execução de sua pena definitiva".
De acordo com a decisão, os advogados de Marcos Aparecidos dos Santos não foram encontrados para dar seguimento ao recurso. O defensor Ércio Quaresma chegou a ser intimado por cinco vezes, mas não compareceu ao tribunal. A última delas foi no dia 25 de fevereiro. Os advogados Fábio Márcio Piló Silva e Fernando Costa Oliveira Magalhães foram intimados em março, mas também não teriam apresentado "as devidas razões recursais".
Ainda segundo o desembargador, Bola foi comunicado da situação para que tivesse tempo hábil de procurar novos defensores ou acionar a defensoria pública. Porém, de acordo com o TJMG, ele se limitou a dizer, "ciente que tenho advogado".
O G1 procurou pelos defensores Ércio Quaresma, Fábio Márcio Piló Silva e Fernando Costa Oliveira Magalhães, mas eles não foram encontrados para falar sobre o assunto.
"Verifico que os patronos foram omissos e desidiosos, uma vez que foram oportunizados por diversas vezes para apresentação das referidas razões e, mesmo assim, não o fizeram, mostrando claramente desinteresse em prosseguir com o recurso", disse Andrada, em seu despacho.
Já a defesa do goleiro Bruno Fernandes apresentou as "razões recursais" dentro do prazo legal, mas dependia do avanço dos processos dos outros réus envolvidos no julgamento, o que não aconteceu.