19/11/2012 16h21 - Atualizado em 19/11/2012 17h07

Macarrão passa mal e deixa plenário a pedido da defesa para se recuperar

Advogado de Macarrão voltou atrás e vai continuar defendendo seu cliente.
Ele será julgado com Bruno e mais 2; Bola terá que nomear novo advogado.

Rosanne D'AgostinoDo G1, em Contagem (MG)

Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, foi retirado do plenário logo após a sessão  ser reiniciada, na tarde desta segunda-feira (19), a pedido do seu defensor. Ele disse à juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues que o réu estava passando mal e perguntou se o acusado poderia sair por alguns minutos. A juíza aceitou o pedido e Macarrão foi retirado da sala.

(A partir desta segunda, dia 19, acompanhe no G1 a cobertura completa do julgamento do caso Eliza Samudio, com equipe de jornalistas trazendo as últimas informações, em tempo real, de dentro e de fora do Fórum de Contagem, em Minas Gerais. Conheça os réus, entenda o júri popular, relembre os momentos marcantes e acesse reportagens, fotos e infográfico sobre o crime envolvendo o goleiro Bruno.)

Marixa retomou o júri popular do caso Eliza anunciando que o réu Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, não aceitou ser representado por um defensor público. Com isso, ele terá dez dias para nomear um novo advogado.

Leonardo Diniz, advogado de Macarrão, voltou atrás da decisão de abandonar o júri e disse que, após conversar com o cliente, vai seguir no caso. "Conversando com meu cliente, nós vimos que não seria bom adiar", afirmou o advogado. "Primeiro realmente nós resolvemos sair, mas depois, vimos que o direito de decidir é dele, ele merece uma defesa".

Antes do intervalo da primeira sessão, os advogados de Bola e Macarrão abandonaram o júri do caso Eliza Samudio. Eles questionaram o limite de 20 minutos dado pela juíza para cada defesa apresentar seus argumentos preliminares. "A defesa não vai continuar nos trabalhos, nós não vamos nos subjugar à aberração jurídica de impor limites onde não há", disse Ércio Quaresma, que defende o ex-policial Bola. A  juíza que preside o júri disse que a defesa pode "fazer o que quiser". "Se a defesa declarar essa postura, eu declararei os réus indefesos", afirmou.

O advogado do goleiro Bruno, Rui Pimenta, disse que não vai abandonar seu cliente. "Bruno está esperançoso. O Bruno está cansado de cadeia, doido pra sair e comer uma picanha mal passada. Pra isso, ele precisa de um alvará de soltura. Por isso vamos continuar no júri", disse Pimenta à imprensa, na porta Fórum, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo o defensor, não é razoável que os defensores dos outros réus reclamem dos 20 minutos dados pela juíza para a apresentação dos argumentos preliminares. Ele disse que o desmembramento do júri pode favorecer o goleirio. "Este desmembramento favorece, de certa forma (ao Bruno), porque diminui o tempo de julgamento. Acho que, assim, não dura mais que quatro dias".

O julgamento
O júri popular do caso Eliza, realizado no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem (MG), tem previsão de durar ao menos duas semanas. Sete jurados vão decidir o destino dos réus pelo cárcere privado e morte da ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes de Souza, que atuava pelo Flamengo, acusado de ser o mandante do assassinato. Para a Promotoria, o atleta arquitetou o crime para não ter de reconhecer o filho que teve com Eliza nem pagar pensão alimentícia.

Além de Bruno, estão no banco dos réus Macarrão, amigo do goleiro; Dayanne Rodrigues, ex-mulher de Bruno; e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro.

Para ler mais sobre o Caso Eliza Samudio, clique em g1.globo.com/minas-gerais/julgamento-do-caso-eliza-samudio/. Siga também o julgamento no Twitter e por RSS.

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