19/11/2012 14h39 - Atualizado em 19/11/2012 14h48

Advogado de Bruno diz que não abandona a defesa do goleiro

Ele comentou sobre a saída dos defensores de Bola e de Macarrão do júri.
Rui Pimenta diz que possível desmembramento favorece o goleiro.

Cristina Moreno de Castro e Rosanne D'AgostinoDo G1, em Contagem (MG)

De frente, o advogado Rui Pimenta. De costas, o advogado de Bruno e de Dayanne, Francisco Simim (Foto: Maurício Vieira/G1)De frente, o advogado Rui Pimenta. De costas, o advogado
Francisco Simim (Foto: Maurício Vieira/G1)

O advogado do goleiro Bruno, Rui Pimenta, disse, na saída do Fórum de Contagem, na tarde desta segunda-feira (19), que não vai abandonar seu cliente. Ele comentou a saída dos advogados de Marcos Aparecido dos Santos - o Bola; e de Luiz Henrique Romão - o Macarrão, que anunciaram o abandono do júri. Os três são julgados, junto com Dayanne Rodrigues e Fernanda Gomes de Castro, pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio.

"O Bruno está esperançoso. O Bruno está cansado de cadeia, doido pra sair e comer uma picanha mal passada. Pra isso, ele precisa de um alvará de soltura. Por isso vamos continuar no júri", disse Pimenta à imprensa, na porta Fórum, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o defensor, não é razoável que os defensores dos outros réus reclamem dos 20 minutos dados pela juíza para a apresentação dos argumentos preliminares. 

Os advogados dos réus Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, abandonaram o júri do caso Eliza Samudio, nesta segunda-feira (19). Eles questionam o limite de 20 minutos dado pela juíza para cada defesa apresentar seus argumentos preliminares. Não há definição ainda se os acusados vão ser representados por defensores públicos.

Segundo Pimenta, caso o júri caminhe para um desmembramento, a medida pode favorecer seu cliente. "Este desmembramento favorece, de certa forma (ao Bruno), porque diminui o tempo de julgamento. Acho que, assim, não dura mais que quatro dias".

Eliza viva?
O advogado disse, ainda, que tem uma pessoa em São Paulo, em contato com ele, procurando por Eliza Samudio em um hotel, que não teve o nome reveleado, após uma denúncia. Uma testemunha teria falado ao defensor que viu Eliza. "Neste momento, tem alguém procurando a Eliza em hotel em São Paulo", disse Pimenta. Ele ainda afirmou que, apesar do surgimento desta testemunha, ela não pode mais ser arrolada pela defesa do goleiro, porque já foram apresentados as testemunhas para o júri.

A juíza interrompeu a sessão para almoço, por volta das 13h30 desta segunda-feira. Após o intervalo, que deve durar uma hora, ela deve decidir sobre a continuidade ou não da sessão do júri.

Estratégia
Para o assistente de acusação José Arteiro Cavalcante, o tempo de 20 minutos é suficiente, e a confusão é uma estratégia da defesa. Os advogados dos réus querem adiar o julgamento, diz ele. "Eu já esperava isso. Vinte minutos para defesa é tempo de sobra, não há mais o que a defesa falar no processo", disse.

Zanone de Oliveira Júnior, que defende Bola, se mostrou indignado com a decisão. "Aqui em Contagem parece que existe outro Código Penal, que não é o Código Penal Brasileiro", reclamou. "O que a juíza está fazendo aqui não existe. Vinte minutos para defesa falar é é muito pouco", disse.

Para ler mais sobre o Caso Eliza Samudio, clique em g1.globo.com/minas-gerais/julgamento-do-caso-eliza-samudio/. Siga também o julgamento no Twitter e por RSS.

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