Os advogados Rui Pimenta, que defende o goleiro Bruno Fernandes de Souza, e Ércio Quarema, que defende o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, discutiram logo no início do julgamento por causa de seus lugares no plenário. Bruno e outros quatro réus são acusados de cárcere privado e da morte de Eliza Samudio, ex-amante do jogador, em caso ocorrido em 2010.
(A partir de segunda, dia 19, acompanhe no G1 a cobertura completa do julgamento do caso Eliza Samudio, com equipe de jornalistas trazendo as últimas informações, em tempo real, de dentro e de fora do Fórum de Contagem, em Minas Gerais. Conheça os réus, entenda o júri popular, relembre os momentos marcantes e acesse reportagens, fotos e infográfico sobre o crime envolvendo o goleiro Bruno.)
No começo do júri, que está sendo realizado em Contagem (MG), Quaresma dirigiu-se à juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, que preside a sessão, reclamando que Pimenta havia retirado suas coisas da mesa que estava preparada para ele e sua equipe. "Ele foi lá e tirou minhas coisas de lá", disse Quaresma à juíza.
O advogado dirigiu-se para Pimenta pedingo "elegância". A magistrada foi dura: "se os senhores não resolverem, eu vou ter que ir lá resolver".
Quaresma voltou a questionar a juíza sobre o lugar, dizendo que já estava lá quando ela autorizou Pimenta a usar a mesa.
Após cerca de cinco minutos de discussão, os advogados entraram em um acordo. O defensor de Bola questionou a juíza sobre as tomadas disponíveis para os advogados e chegou a dizer que não havia estrutura para trabalhar no Fórum, pedindo seis computadores, um para cada pessoa de sua equipe.
A juíza Marixa disse que disponibilizou uma tomada para a defesa de cada um dos cinco réus. Ela indeferiu todos os pedidos de Quaresma, que, num certo momento, respondeu rispidamente a Pimenta, outro advogado de defesa.
Tapinha
Quaresma ensaiou dar um tapinha no peito do advogado de Bruno, que respondeu: "não ponha a mão, não", em um início de atrito. O advogado de Bola seguiu com a discussão, sentando no lugar reservado para Pimenta, e rebateu: "vou sentar e o senhor não vai me tirar daqui".
Quaresma também pediu que alguns jornalistas fossem retirados do plenário para que parentes de seu cliente, Bola, fossem acomodados, pedido que também foi indeferido.
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