Prazer, Renata

Por Renata Ceribelli

Existe filho preferido? O assunto, que é sempre delicado entre pais e filhos, já foi tema de várias pesquisas. E há um consenso de que é comum um dos pais ou ambos, de forma consciente ou não, acabar "favorecendo "um dos filhos. Mas isso significa amar mais um do que o outro? Quais as consequências que isso pode trazer para os filhos? É possível que se desenvolva uma rivalidade entre irmãos por toda a vida? Qual a melhor maneira de lidar com essa situação?

Fernanda Lima, Sônia Bridi e Andressa Reis contaram como lidam com essa situação no podcast Prazer, Renata, com Renata Ceribelli. E também compartilharam as vivências da maternidade, a desmistificação do "glamour" de ser mãe e os desafios da rotina.

OUÇA AGORA:

A jornalista Sônia Bridi, de 58 anos, é mãe da Mariana, de 37, e do Pedro, de 21, ela também avó da Aurora, de 7 anos, e do Valentim, de 3. Sônia tem 7 irmãos e compartilhou como lidou com ter que dividir a atenção da mãe.

É evidente que eu cresci ouvindo isso e falando isso, porque todos nós, em algum momento, disputando a atenção da mãe em oito, imagina? Eu acho que a maternidade me fez entender algumas coisas sobre o filho favorito. Eu acho que isso é um mito. Eu acho que pais dão mais atenção, e se dedicam mais, em determinado momento, a quem eles percebem que está precisando mais, que está mais frágil, que precisa de mais orientação, que está em um momento mais sensível emocionalmente
— Sônia Bridi

A jornalista e apresentadora Fernanda Lima, de 44 anos, é mãe dos gêmeos João e Francisco, de 14 anos, e da Maria Manoela, de 2. Fernanda comentou os traumas e feridas que pais podem deixar em uma criança ao negar o filho.

Eu lembro de ouvir coisas no passado de mães e pais, por exemplo, de quando nascia a menina, e queriam um menino, negavam aquela menina, e passavam a vida inteira dizendo ‘era pra você nascer homem, eu não queria filha mulher, eu queria filho homem para trabalhar comigo’. Isso deve ser uma ferida eterna”
— Fernanda Lima

A influenciadora digital que conquistou milhares de seguidores mostrando sua rotina com os filhos e desmistificando a glamourização da maternidade com muito humor, Andressa Reis, de 36 anos, é mãe da Maria Antônia, de 4 e do Caetano, de 2 anos. Ela destacou a culpa materna que é imposta sobre as mulheres e a pressão social de nunca errar no processo de educação de uma criança.

A frase celebre “nasce uma mãe, nasce uma culpa” está caindo por terra. A gente está substituindo por “nasce uma mãe, nasce uma culpabilização”. São os outros que nos culpam, a culpa não é culpa nossa, não é inerente a existência da mulher mãe, é algo social
— Andressa Reis

Ouça outros episódios do 'Prazer, Renata':

As convidadas também discutiram sobre as novas gerações de mães que se impõem contra as pressões sociais e cobram a participação dos pais na maternidade.

O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no G1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida. Toda segunda-feira tem episódio novo.

Ouça agora o episódio completo:

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!