Um dia depois de colocar a nota de crédito soberano do Brasil em revisão para um possível rebaixamento e de cortar as notas da Petrobras pela 3ª vez no ano, a agência de classificação de risco Moody's informou nesta quinta-feira (10) que decidiu cortar a nota da Vale de Baa2 para Baa3, último degrau dentro do grau de investimento pela agência. A perspectiva continua negativa, ou seja, com previsão para um possível novo rebaixamento.
"O rebaixamento da Vale para Baa3 reflete nossa expectativa de performance mais fraca nos próximos 12 a 18 meses, resultado do declínio substancial dos preços do minério e outros metais de base observados até 2015", disse a Moody's em nota, acrescentando que não há previsão de que os "preços não devem apresentar recuperação significativa até 2017".
A agência apontou que "o progresso substancial que a Vale fez na redução de custos e o aumento no volume de minério resultante de investimentos em curso vão ajudar a compensar a baixa nos preços, mas isso não será totalmente refletido nos indicadores de crédito da empresa até 2017-2018".
Outras empresas
A Moody's mudou a perspectiva de empresas brasileiras. A mudança de perspectiva refletem a decisão da agência na quarta de colocar o rating soberano do Brasil em avaliação negativa para rebaixamento.