Além do factual, o g1, desde seu primeiro ano no ar, dedicou-se à realização de páginas e projetos especiais. O primeiro produzido pelo portal foi uma página sobre o centenário da imigração japonesa no Brasil, em 25 de agosto de 2008. O que começou como um simples agregador de matérias, foi tomando formas cada vez mais ricas e variadas, com imagens, infográficos, mapas e uma série de recursos visuais interativos. Eleições, grandes eventos, séries, entre outros, sempre foram momentos de testar tecnologias e funcionalidades que permitiam explorar novas abordagens e conferir relevância ao conteúdo produzido pelo portal.
ELEIÇÕES
A prova de fogo do g1 na realização de projetos especiais foi a cobertura das Eleições de 2006, que reelegeram Luiz Inácio Lula da Silva como presidente do Brasil. Mesmo com conexões ainda instáveis na maior parte do país, o portal transmitiu ao vivo os debates entre os presidenciáveis. No caso das eleições para governadores, a experiência se restringiu aos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, com a presença de repórteres, resumindo, minuto a minuto, as discussões. Uma página especial agregava matérias, galerias de fotos e informações sobre apurações e pesquisas – algo que se repetiria a cada edição.
Em 2012, o portal foi além ao promover um debate com os candidatos à prefeitura de Niterói, o que foi possível graças à infraestrutura da televisão. O salto viria dois anos depois, quando o g1 fez uma série de entrevistas com os candidatos à presidência, na nova redação, em São Paulo. Os encontros eram comandados pelos repórteres Tonico Ferreira, da TV Globo, e Nathalia Passarinho, do g1. Também neste ano, foi criado o jogo eleitoral. Desenvolvido para ajudar o eleitor a encontrar um candidato cujas propostas estejam alinhadas às suas prioridades, com base em uma série de perguntas, o jogo seria um sucesso e seria reproduzido nos pleitos seguintes.
Reportagem sobre o “Jogo Eleitoral”, página especial do g1 para ajudar os eleitores na escolha do voto. Bom Dia Brasil, 05/11/2020.
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Eleição 2014
A Eleição de 2014 trouxe momentos de tristeza, mas também de descontração. No dia 13 de agosto, morreu o candidato Eduardo Campos em um acidente de avião na cidade de Santos, no litoral paulista – dois dias após a entrevista concedida ao g1 e no dia seguinte da sabatina promovida pelo Jornal Nacional. Já ao final da campanha, o g1 fez uma ação integrada com a televisão para receber os presidenciáveis que chegavam ao último debate realizado pela Globo, em 24 de outubro. O resultado foi uma série de divertidas selfies publicadas em uma galeria no portal. Veja aqui.
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Em 2016, g1 e TV Globo reproduziram o modelo de sucesso da eleição anterior, entrevistando todos os candidatos à prefeitura de São Paulo e do Rio de Janeiro. Os responsáveis pelas sabatinas foram Cláudia Croitor (g1 SP), Gabriel Barreira (g1 RJ), Tonico Pereira (Globo SP) e Edimilson Ávila (Globo Rio). Além disso, o portal fez entrevistas gravadas e promoveu debates ao vivo com candidatos de cidades importantes das regiões metropolitanas de ambos os estados. Em SP, os debates foram mediados por Roberto Kovalick; no Rio, pela jornalista Silvana Ramiro.
Em 2018, foi criada a seção Eleição em Números, comandada pela editoria da Dados, com informações sobre candidatos, pesquisas, estatísticas, percentuais de representatividade e análises demográficas, por exemplo. Além disso, duas iniciativas merecem destaque. Uma foi a série Funciona Assim, em formato de vídeo e podcast, feita para explicar a atuação de prefeitos e vereadores e dar detalhes sobre o pleito. A segunda foi a série de entrevistas com candidatos à presidência e aos governos do Rio de Janeiro e de São Paulo, em parceria com a rádio CBN. O público pôde enviar suas perguntas por meio das redes sociais, usando a hashtag #cbng1.
Dois anos depois, a pandemia de Covid-19 impediu a realização de debates nas eleições municipais. A série Funciona Assim, no entanto, ganhou uma segunda edição.
Funciona Assim: Eleições 2018 – O que faz o deputado federal? Nestas eleições, o g1 preparou uma série de vídeos explicando as principais funções dos cargos de presidente, governador, senador, deputados federal e estadual – e outras informações para ajudar você na votação.
Funciona Assim: O que faz o prefeito? Entenda quais as funções e deveres do prefeito de sua cidade.
PROMESSAS DOS POLÍTICOS
Em 2015, quando a presidente Dilma Rousseff completava 100 dias de governo, o g1 lançou o Promessas dos Políticos. Com base no plano de governo da presidente, em entrevistas e debates públicos, uma equipe de jornalistas levantou todas as suas promessas de campanha para fazer acompanhamento sistemático daquilo que seria cumprido – além de atualizações periódicas de status. No mesmo ano, a iniciativa foi ampliada para cobrir também os mandatos de governadores e prefeitos das capitais.
Promessas dos Políticos se tornou uma referência, inclusive para os próprios políticos. Embora o projeto conte com a participação da rede de afiliadas do g1, a editoria de Dados é a responsável pela metodologia e edição final de cada uma das cerca de 50 páginas publicadas anualmente. “Eu acho que esse talvez seja um dos projetos mais importantes de serviço para o cidadão, porque a gente tem essa preocupação de ver o que a pessoa promete na campanha; o que prometeu para ser eleita. A gente considera muito importante que aquilo seja o termômetro para medir o trabalho durante os próximos quatro anos. É um trabalho muito importante, e a gente tem muita preocupação de ter essa qualidade nesse produto”, ressalta Thiago Reis, editor responsável pela coordenação do projeto.
Promessas dos políticos: g1 monitora 1.157 compromissos feitos por governadores em 2018
MONITOR DA VIOLÊNCIA
Referência em jornalismo de dados, o Monitor da Violência articula imprensa, academia e terceiro setor para fazer uma cobertura contextualizada e abrangente da Segurança Pública no Brasil. O projeto, uma parceria do g1 com o Núcleo do Estudo da Violência da Universidade de São Paulo e o Fórum de Segurança Pública, foi lançado em setembro de 2017 e ganhou vários prêmios, entre eles, o Data Journalism Awards – mais importante premiação do jornalismo de dados – em 2018.
O primeiro especial publicado através da parceria foi um retrato da violência no país, calculado durante uma semana em que o g1 procurou registrar todas as vítimas de embate silencioso no Brasil, ou seja, mortes que não necessariamente são contabilizadas pelos órgãos oficiais. Para chegar ao número de 1195 mortes violentas, ocorridas de 21 a 27 de agosto daquele ano, 230 jornalistas do portal apuraram histórias em 533 cidades do país. A partir delas, foi possível traçar perfis e recortes analíticos que ajudaram a compreender a situação geral da segurança e suas lacunas.
Lançamento do monitor da violência, projeto em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Jornal Nacional, 25/09/2017.
Trabalho é uma parceria com Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O Monitor da Violência se desenvolveu em uma série de subprojetos e permitiu a publicação de diversos especiais com abordagens segmentadas, como recortes por gênero, raça, entre outros. Além disso, criou o Índice Nacional de Homicídios, uma medição constante dos assassinatos em todo o país. Para tornar os dados acessíveis, são utilizados recursos visuais, como infográficos e mapas granulados. A editoria de Dados do g1, responsável pelo projeto, destaca-se pela atenção à humanização das informações. Para que os dados não se traduzam em frieza, há o cuidado em produzir reportagens sobre histórias de vítimas representativas dos perfis mais vulneráveis.
Monitor da Violência, do g1, vence o Data Journalism Awards. Jornal Nacional, 31/05/2018.
g1 venceu, na categoria escolha do público, o Data Journalism Awards, maior premiação do jornalismo de dados do mundo. O projeto premiado foi realizado em parceria com o núcleo de estudos da violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Monitor da Violência: acompanhamento dos casos 6 meses depois
CARNAVAL
Desde 2011, o g1 abre o sinal da televisão para a transmissão dos desfiles de carnaval. O que inicialmente se restringia ao Rio de Janeiro e a São Paulo, foi ganhando corpo com a criação da rede de afiliadas. Em 2012, o portal expandiu essa cobertura para Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Amazonas e Espírito Santo, com páginas especiais com fotos, vídeos e reportagens sobre blocos e escolas de samba. No ano seguinte, Minas Gerais, Ceará, Maranhão e Piauí também entraram no circuito. Em 2017, a cobertura do g1 já abrangia 17 estados.
Da transmissão dos desfiles e apurações das escolas de samba, o portal passou a acompanhar, ao vivo, blocos tradicionais que faziam a festa em várias cidades do país, como o Galo da Madrugada, no Recife, ou o Bola Preta, no Rio de Janeiro.
Em 2021, com a pandemia de Covid-19, o carnaval foi cancelado, deixando as ruas vazias. O g1 publicou um roteiro de lives de músicos, blocos e escolas de samba, para que o público pudesse ter o gosto da festa, em casa.
FATO OU FAKE
Com a popularização das redes sociais e a disseminação de informações descontextualizadas e até falsas, em 2017, o g1 criou um serviço de checagem de informações, o É ou não É. A preocupação estava também no radar de outros veículos do país, como O Globo, que também tinha criado um núcleo semelhante em sua redação. No ano seguinte, com a proximidade da realização de eleições e em um cenário de avanço da desinformação, os oito canais jornalísticos do Grupo Globo – TV Globo, GloboNews, g1, O Globo, Extra, Valor, Época e CBN – reuniram-se, em uma iniciativa inédita, para criar o Fato ou Fake. A força-tarefa era composta de mais de 70 jornalistas, o que permitiu lidar com um volume de checagens maior, de forma mais ágil.
Durante as eleições de 2018, a equipe do Fato ou Fake checou todas as entrevistas de candidatos à presidência concedidas ao grupo, além de outros veículos, como o programa Roda Viva, da TV Cultura. Durante a pandemia de Covid-19, o serviço se mostrou ainda mais essencial para lidar com a profusão de informações falsas sobre o vírus.
Lançamento do Projeto Fato ou Fake que alerta sobre conteúdos enganosos em redes sociais ou pelo celular. Jornal Nacional, 30/07/2018.
Jornalistas da TV Globo, da GloboNews e do g1, dos jornais O Globo, Extra e Valor, da revista Época e da rádio CBN participam do projeto Fato ou Fake.
Fato ou Fake chega a 300 checagens sobre o coronavírus, após seis meses de pandemia.
Fato ou Fake bate recorde de checagens em 2020: foram mais de mil. Jornal Nacional, 17/12/2020
PANDEMIA DE COVID-19
Quando o Brasil foi surpreendido pela chegada da pandemia de Covid-19 em seu território – que rapidamente se espalhou pelo país, provocando centenas de milhares de mortes -, as empresas tiveram que reinventar sua forma de trabalho. No dia 16 de março de 2020, foram decretadas as primeiras medidas restritivas à circulação de pessoas e ao funcionamento de estabelecimentos comerciais e públicos. O jornalismo foi considerado um serviço essencial, e os veículos do Grupo Globo adotaram protocolos altamente rígidos para seguir trabalhando com a mesma agilidade e qualidade, mantendo a segurança de seus funcionários. Entrevistas e reuniões passaram a ser realizadas de forma online e, enquanto funcionários considerados grupo de risco aderiram ao trabalho remoto, foram oferecidos todos os recursos para garantir segurança ao trabalho presencial, quando imprescindível.
A redação do g1 rapidamente se adaptou ao trabalho remoto. Como todas as ferramentas e os sistemas necessários ao trabalho dos jornalistas já eram projetados para permitir publicar matérias de qualquer lugar, a presença na redação não era premissa para a realização do trabalho. A principais lideranças se dividiram em escalas presenciais, deixando as equipes em casa.
A crise sanitária e seu impacto sobre todas as áreas do país fizeram com que a demanda por informação de qualidade aumentasse sensivelmente, e o volume de trabalho do jornalismo só aumentou. No g1, foi criada uma seção especial dedicada às informações sobre a pandemia, ligada à editoria de Saúde, mas grande parte da equipe foi mobilizada para fortalecer a cobertura, que seguiu em diversas frentes. O portal não apenas manteve a qualidade e a agilidade pelas quais é reconhecido, mas respondeu ao crescente interesse do público com a criação de conteúdo especializado, sem perder a continuidade de seus projetos especiais e a atenção ao jornalismo local. Veja aqui mortes e casos de coronavírus nos estados.
O primeiro caso de Covid-19 registrado no Brasil foi em 26 de fevereiro, em São Paulo. No dia 17 de março, a primeira morte foi confirmada na mesma cidade. Daí em diante, o número de casos, internações e óbitos só cresceu. Ainda em março, o g1 transmitiu pelo Facebook um programa de perguntas e respostas sobre o vírus – posteriormente transformado em podcast. Durante todo o período, o portal acompanhou os reflexos e os números da doença, com a ajuda de sua rede de afiliadas. Em 9 de maio, o país atingiu a marca de 10 mil vidas perdidas; em 8 de agosto, o número já era de 100 mil. Nesta data, a editoria de Dados produziu um especial com o retrato das mortes por Covid no Brasil. Também foi publicado um memorial com as histórias das vítimas – que seria atualizado conforme o avanço da doença.
Quando a pandemia completou um ano, com mais de 300 mil mortes, o g1 fez mais dois especiais. No dia 24 de março de 2021, foi publicado um gráfico interativo com a linha do tempo dos óbitos no Brasil, com os principais marcos da crise política que a acompanhou. Também entrou no ar uma página dedicada a casos de pessoas que fizeram diferença ao longo do ano, com ações concretas de melhoria de vidas e comunidades. Veja aqui.
Consórcio de Imprensa
Desde março de 2020, quando entraram em vigor as primeiras medidas restritivas, o Ministério da Saúde, à época comandado por Luiz Henrique Mandetta, passou a fazer coletivas de imprensa diárias para apresentar os números da pandemia no Brasil. No dia 16 de abril, o ministro foi demitido, assumindo, em seu lugar, Nelson Teich, que permaneceu menos de um mês na pasta. Mesmo com a escalada de mortes, o cargo ficou vago, sob o comando do então secretário-executivo Eduardo Pazuello, um general da ativa, sem experiência na área da saúde, que foi oficializado ministro interino apenas em 3 de junho. Neste mesmo dia, o Ministério atrasou a divulgação dos dados relativos à doença, o que se repetiu nos dois dias seguintes. No dia 6, o governo lançou um novo site, em que suprimia o número total de óbitos e mudava a metodologia de contagem.
Frente à insegurança provocada pela falta de transparência do governo no tratamento dos dados da pandemia, seis veículos de imprensa, o g1, O Globo, Folha, Estadão, Uol e Extra, se uniram para fazer uma contagem paralela, com base em dados oficiais divulgados pelas secretarias de saúde dos estados. Quando começou a vacinação no país, o consórcio se mobilizou para acompanhar também o número de vacinados.
Em julho de 2021, o consórcio de imprensa ganhou o Prêmio Faz a Diferença, de O Globo.
Veículos de comunicação formam parceria para dar transparência a dados da Covid-19. Jornal Nacional, 08/06/2020.
Jornalistas de g1, O Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL vão coletar nas secretarias de Saúde, e divulgar em conjunto, números sobre mortes e contaminados, em razão das limitações impostas pelo Ministério da Saúde.
Memórias da pandemia
Durante a pandemia de Covid-19, o Memória Globo colheu depoimentos dos profissionais que estavam na linha de frente da cobertura da pandemia, entre eles, alguns jornalistas do g1. Os testemunhos refletem o momento em que foram gravados e contam os bastidores da cobertura e os impactos no trabalho dos profissionais envolvidos.
Depoimento - Renato Franzini: "bastidores da pandemia"
Em depoimento exclusivo ao Memória Globo, em 22/06/2020, o diretor do g1 Renato Franzini fala sobre os bastidores da pandemia.
Memórias da Pandemia: Athos Sampaio
Athos Sampaio, Gerente de Produção do g1, comenta sobre os bastidores da cobertura da pandemia de Covid-19.
Depoimento - Ardilhes Moreira: "bastidores da pandemia"
Em depoimento exclusivo ao Memória Globo, em 09/07/2020, o editor de Ciências e Saúde do g1 Ardilhes Moreira fala sobre os bastidores da pandemia.
Memórias da Pandemia: Thiago Reis
Thiago Reis, Coordenador de Dados do g1, comenta sobre os bastidores da cobertura da pandemia de Covid-19.
Memórias da Pandemia: Clara Velasco
Clara Velasco, repórter do g1 em São Paulo, comenta sobre os bastidores da cobertura da pandemia de Covid-19.