Acidente aéreo da Gol (2006)
Queda do avião Da tam (2007)
Caso Isabella Nardoni (2008)
Caso Eloá (2008)
Air France 447 (2009)
Caso Eliza Samúdio (2010)
Chuvas na Região Serrana do Rio (2011)
Massacre em Realengo (2011)
Incêndio na Boate Kiss (2013)
Manifestações (2013)
Lava Jato (2014)
Morte de Teori Zavascki (2017)
Caso Marielle (2018)
ACIDENTE AÉREO DA GOL (2006)
Uma semana após o lançamento do portal, no dia 29 de setembro de 2006, um jato Legacy chocou-se no ar com o boeing da Gol, a 692 km ao Norte de Cuiabá, provocando 154 mortes, em uma das maiores tragédias aéreas do Brasil. Foi a primeira grande cobertura feita pelo g1. Um dos controladores responsáveis pelo monitoramento do Legacy na hora do acidente deu uma entrevista exclusiva ao repórter do g1 Alessandro Greco, sob a condição de não ser identificado. O portal foi o primeiro veículo a dar as fotos da queda de um jato Legacy da Gol na Amazônia.
Jornal da Globo: acidente com o aviao da Gol (2006)
QUEDA DO AVIÃO DA TAM (2007)
Um Airbus A320 da TAM, que fazia o voo 3054 de Porto Alegre com destino a São Paulo, derrapou na pista do aeroporto de Congonhas, atravessou uma avenida e bateu em um prédio de carga e descarga da companhia, em 17 de julho de 2007, provocando um incêndio. Entre tripulantes e população de solo, foram 199 vítimas fatais. O g1 publicou informações sobre a tragédia em tempo real.
A editoria g1 São Paulo seguiu acompanhando as investigações sobre o caso, que se estenderam durante dois anos. O MPF chegou a acusar três pessoas, mas todas foram inocentadas. A conclusão é a de que o acidente teria sido causado unicamente por erro dos pilotos. A tragédia ocorreu menos de um ano depois do caso com o Boeing da Gol, e os dois desastres colocaram em xeque a eficiência do controle aéreo brasileiro. A cúpula do setor aéreo foi trocada, e duas CPIs foram criadas no Congresso para investigar a crise.
CASO ISABELLA NARDONI (2008)
A menina Isabella Nardoni morreu na noite de 29 de março de 2008, aos 5 anos de idade, após cair de um prédio na Zona Norte de São Paulo. A primeira matéria dada pelo g1 foi feita a partir de informações da GloboNews, mas logo a editoria g1 São Paulo mergulhou no caso. No dia 3 de abril, enquanto o pai da menina, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, eram investigados como responsáveis pelo crime, o g1 publicou uma cronologia do caso, que seria atualizada até o dia 18 de maio, com links para cada uma das matérias produzidas pelo portal. O casal terminou condenado à prisão em 2010.
Durante o julgamento, a mãe da menina, Ana Carolina Oliveira, falou com exclusividade ao g1, no dia 28 de março. A entrevista emocionada seria reproduzida pelo Fantástico. Dez anos depois, em 17 de março de 2018, ela contaria, com exclusividade, ao mesmo repórter, Kleber Tomaz, como reconstruiu sua vida após a perda da filha.
g1 entrevista com exclusividade a mãe de Isabella Nardoni, 10 anos após a morte da menina (2018)
CASO ELOÁ (2008)
A estudante Eloá Pimentel foi feita refém pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, por 100 horas, em um conjunto habitacional na periferia de Santo André, no ABC paulista, de 13 a 17 de outubro de 2008. No desfecho do sequestro, a jovem de 15 anos e a amiga Nayara, da mesma idade, foram baleadas. Eloá terminou morta.
O g1 acompanhou todo o caso e transmitiu o sinal da GloboNews durante o sequestro. No dia 19 de outubro, o portal publicou uma página reunindo a cobertura completa, com links para todas as matérias e infográficos.
AIR FRANCE 447 (2009)
Um Airbus A330 da Air France partiu do Rio de Janeiro rumo a Paris no dia 31 de maio de 2009 e caiu no Oceano Atlântico em meio a uma tempestade, no dia 1º de junho, deixando 228 vítimas. O modelo da aeronave era considerado um dos mais modernos e seguros até então. A causa do acidente foi atribuída ao congelamento dos tubos de pitot – sensores de medição de velocidade que ficam na parte de fora das aeronaves. Os pilotos perderam o controle da aeronave e precisaram executar uma manobra arriscada que levou à perda de sustentação do avião. Onze pilotos da Air France e 21 de outras empresas já tinham relatado o mesmo problema no pitot.
Imediatamente, o g1 publicou uma página com a cobertura completa, alimentada com novas informações durante os meses em que se estenderam as investigações. Além do factual, o portal investiu na produção de conteúdo que visasse esclarecer detalhes e informações técnicas sobre o caso, como um glossário e uma página de perguntas e respostas.
Por determinação da Organização de Aviação Civil Internacional, o governo francês ficou responsável pelas investigações, e o brasileiro, pela busca dos corpos e resgate das vítimas. Marinha e Aeronáutica resgataram 51 corpos e suspenderam as buscas 26 dias depois do início da operação. Em maio de 2011, o governo francês fez uma última missão de resgate com um robô submarino que içou os corpos de 103 passageiros e tripulantes e resgatou as duas caixas-pretas a quase 4 mil metros de profundidade. Os corpos das outras 74 vítimas, sendo 23 brasileiras, continuaram no fundo do mar.
CASO ELIZA SAMÚDIO (2010)
A modelo Eliza Samúdio desapareceu no início de junho de 2010, e seu ex-namorado, o goleiro Bruno Pinheiro, titular do Flamengo, logo foi apontado como suspeito. A jovem tinha 25 anos na época e era mãe de filho recém-nascido do jogador, de quem fora amante. Ela foi dada como morta em julho e, no fim do mês, Bruno foi preso com outros sete suspeitos de participação. A página g1 MG foi lançada poucos dias depois, e os repórteres locais foram fundamentais para o acompanhamento do caso.
Depois de anos de investigações, Bruno finalmente foi a júri popular no final de 2012. O g1 Minas produziu uma página especial para a cobertura, com detalhes da cronologia, provas, vídeos, ilustrações e fotos. A partir do dia 4 de março de 2013, uma equipe de jornalistas passou a fornecer informações em tempo real, de dentro e de fora do Fórum de Contagem, onde acontecia o julgamento.
Segundo a Justiça, Eliza foi mantida em cárcere privado em um sítio de Bruno em Esmeraldas (MG), após ser levada à força do Rio de Janeiro por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo do goleiro. Macarrão foi condenado em novembro de 2012 a 15 anos de prisão em regime fechado por homicídio triplamente qualificado e mais três anos em regime aberto por sequestro e cárcere privado. Em 2013, foi declarada a sentença de Bruno: 22 anos e três meses de prisão pelo assassinato e ocultação do cadáver, e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. O corpo de Eliza Samúdio nunca foi encontrado, e as buscas foram encerradas em 2014.
CHUVAS NA REGIÃO SERRANA DO RIO (2011)
Em janeiro de 2011, uma série de chuvas na região Serrana do Rio de Janeiro provocou uma tragédia que deixou pelo menos 918 mortos e 99 desaparecidos. O município mais afetado pelas enchentes e deslizamentos de terra foi Friburgo, mas as chuvas também causaram estragos em São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim, Sumidouro e Areal.
Mobilizados pela enorme demanda de informações sobre vítimas feitas aos repórteres do g1 Rio deslocados para fazer a cobertura, o g1 publicou uma página reunindo os nomes e as fotos de desaparecidos. A página foi chamada nos telejornais locais e no Jornal Hoje e funcionou como uma importante prestação de serviços em tempo real.
A cobertura rendeu ao portal uma indicação ao Emmy Internacional, na categoria Notícia.
Jornal Hoje: Sobreviventes de tragédia no Rio tentam mandar mensagens para parentes (2011)
MASSACRE EM REALENGO (2011)
Na manhã do dia 7 de abril de 2011, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, entrou armado na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, matou 12 estudantes e feriu outros 13, com idades entre 12 e 14 anos. Wellington foi atingido por um policial e se suicidou.
Com enorme agilidade, o g1 passou a noticiar, em tempo real, os acontecimentos e a repercussão do crime bárbaro, que chocou o país. Durante nove dias foram produzidas matérias diárias sobre o assunto. As editorias do Rio e de São Paulo trabalharam em conjunto para fazer uma página especial. Além do factual, reportagens com especialistas e infográficos ajudaram a esclarecer e compreender o caso.
INCÊNDIO NA BOATE KISS (2013)
Na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, um incêndio durante uma festa para estudantes universitários na boate Kiss, em Santa Maria (RS), deixou 242 mortos e 636 feridos. A maioria das vítimas morreu asfixiada.
A Globo mobilizou uma enorme estrutura para a cobertura, in loco, da repercussão da tragédia, ao lado da afiliada RBS. No dia seguinte ao incêndio, todos os telejornais de rede foram ancorados do local. O g1 também mandou uma equipe para acompanhar de perto os acontecimentos e reforçar o trabalho de sua afiliada. Como resultado, foi publicada uma página especial com fotos, vídeos, imagens de antes e depois da destruição, perfis das vítimas, relatos de testemunhas e infográficos sobre o local no momento do incêndio.
MANIFESTAÇÕES (2013)
Quando o Brasil foi tomado por uma onda de protestos em junho de 2013, o g1 já tinha sua rede de afiliadas quase completa. As manifestações – inicialmente contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo – começaram no dia 3, pacíficas. Três dias depois, no entanto, atos de violência começaram a chamar atenção da imprensa e das autoridades. No dia 13, o quarto protesto em São Paulo foi violentamente reprimido pela polícia. De 17 a 20 de junho, quase 2 milhões de pessoas protestaram em mais de 140 cidades. A redução da passagem de ônibus deu lugar a bandeiras e cartazes fazendo críticas a partidos, pregando o fim da corrupção, entre outras demandas. Muitos jornalistas foram vítimas de violência, e um cinegrafista da Band morreu após ser atingido por um rojão.
Com enorme capilaridade, graças à sua rede de afiliadas, o g1 fez a cobertura em tempo real dos protestos em todo o país. Enquanto os repórteres da televisão precisaram se distanciar para noticiar os acontecimentos em segurança, devido à ameaça de ataques, os jornalistas do digital, em grande parte desconhecidos do público e acostumados a usar equipamentos mais leves e discretos, puderam acompanhar de perto as manifestações. Algumas das muitas imagens registradas com câmeras de celular pelos repórteres do portal ganharam destaque nos telejornais de rede.
Repórter do g1 é atingido em confronto entre manifestante e PM (2013)
LAVA JATO (2014)
Deflagrada em 17 de março de 2014 pela Polícia Federal, a Operação Lava Jato foi uma das maiores iniciativas de combate à corrupção do país, com mais de 70 fases e cerca de 150 condenados. Foram investigados empresários e políticos de várias instâncias, como o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht; o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; e o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Envolvendo uma força-tarefa de representantes do Ministério Público e da Justiça Federal de vários estados, em especial Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo, a operação acabou sendo dissolvida no início de 2021.
Com a Lava Jato, os bastidores da política e da Justiça entraram no dia a dia da população. A cobertura do factual se impôs a todos os veículos de notícias do país. De forma integrada às equipes do Jornalismo da TV Globo, o g1 Brasília acompanhou todos os detalhes de todas as operações policiais e seus reflexos nos três poderes. O período foi de extrema intensidade para o g1 Paraná, que criou um núcleo inteiramente dedicado à apuração. O portal se destacou pela produção de conteúdos voltados a esclarecer e traduzir o enorme volume de informações jurídicas e correlações entre os vários envolvidos. Foram publicados glossários, infográficos, páginas especiais e vídeos explicativos. “Foi um desafio decodificar aquela linguagem do Judiciário e conseguir explicar para as pessoas o que que cada uma daquelas decisões, daqueles recursos significavam. Você tem que lançar mão de vários recursos no sentido de tentar fazer algo inteligível e compreensível para o leigo e para nós mesmos, que éramos relativamente leigos, de certa forma também, em relação a várias questões, várias expressões e conceitos”, conta Fausto Siqueira, editor de Política do g1.
Jornal Nacional: g1 tem página especial sobre as delações da Odebrecht (2017)
Operação Lava Jato: o esquema (2015)
MORTE DE TEORI ZAVASCKI (2017)
O ministro Teori Zavascki, relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, morreu no dia 19 de janeiro de 2017, após a queda de um avião no litoral sul do Rio de Janeiro, a dois quilômetros de distância da cabeceira da pista do aeroporto de Paraty. A morte foi confirmada pelo filho do ministro, Francisco Zavascki, em uma rede social, e gerou grande repercussão entre autoridades e entidades nos meios jurídico, político e empresarial. Para apuração do caso, foi fundamental o papel da afiliada do g1 na região sul do Rio e Costa Verde. As equipes locais foram mobilizadas desde as primeiras informações sobre o acidente.
CASO MARIELLE (2018)
A vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos a tiros na noite de 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro. O g1 foi o primeiro veículo do Grupo Globo a dar a notícia. A informação foi divulgada às 22h06 do dia 14 de março, cerca de meia hora depois do crime.
O jornalismo da Globo atuou de forma integrada no acompanhamento do caso, amplamente divulgado mundo afora. As condições do crime sugeriam motivações políticas e envolvimento de autoridades policiais. O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou pessoas que teriam participado do crime, porém, mesmo três anos depois, a polícia não encontrou seu mandante, nem a arma que efetivou os disparos. Durante todo esse período, entidades do terceiro setor no Brasil e no mundo se mobilizaram para pedir atenção das autoridades para o caso. Além da cobertura do factual e das repercussões, o g1 produziu reportagens especiais em cada ano que o caso completava sem esclarecimento.
g1 reúne 12 declarações marcantes do caso Marielle e Anderson