Memoria Globo

Gerson

Gerson (Osmar Prado) e Mariana (Bia Seidl) foram namorados durante algum tempo, mas os dois terminam quando ele decide se dedicar à religião budista, voltando-se apenas à alma. Em determinado momento da história, para ajudar a irmã Jocasta (Vera Fischer), Gerson abandona a religião, mas volta ao budismo no último capítulo. Mariana termina ao lado de Hans (Marcos Breta).



Outros personagens importantes na trama são o anarquista Pepê (Paulo Gracindo), pai de Túlio (Gianfrancesco Guarnieri), com quem vive discutindo política; Ceres (Célia Helena), mãe de Jocasta; Lena (Lília Cabral na 1ª fase e Ilka Soares na 2ª), segunda mulher de Michel (Walmor Chagas), com quem Laio não se dá; e Vera (Deborah Evelyn na 1ª fase e Imara Reis na 2ª), melhor amiga de Jocasta e apaixonada por Creonte (Marcos Palmeira na 1ª fase e Gracindo Jr. na 2ª).

A segunda fase

Vinte e cinco anos depois, tem início a segunda fase da novela, e a narrativa ganha mais misticismo. Jocasta (agora, Vera Fischer) é uma bela mulher, frustrada e inquieta, que não desiste de encontrar o filho desaparecido. Ela está separada de Laio (nessa fase, vivido por Perry Salles), que nos últimos anos ligou-se ao jogo clandestino e triplicou a fortuna do pai. Logo no início da segunda fase, Laio, após escapar de uma emboscada planejada por seus concorrentes, encontra Édipo (Felipe Camargo) em uma estrada. Alterado, começa a agredir o rapaz, sem desconfiar de que aquele seja seu filho. Laio chega a ameaçá-lo com uma arma, e os dois começam a brigar fisicamente. Laio escorrega, despenca de uma ribanceira e morre.

Édipo foi criado por Américo (Oswaldo Loureiro) e Mercedes (Ângela Leal). No início da segunda fase, ele vive em Brasília com a família, trabalha em uma produtora de vídeo e namora Letícia (Lúcia Veríssimo), apaixonada por ele. Dono de uma sensibilidade exacerbada, sente vibrações e tem fortes pressentimentos, que muitas vezes o deixam amedrontado. Cansado das constantes brigas com os pais e perturbado com seus estranhos poderes, Édipo decide se mudar para o Rio de Janeiro e começar uma nova vida. Letícia consegue uma transferência para a sede da fábrica onde trabalha e o acompanha. Ao chegar ao Rio, a moça entrega sua carta de recomendação à diretoria da empresa, e Édipo vai com ela. É nesse momento que mãe e filho se encontram: Jocasta é a diretora que recebe Letícia.

Édipo e Jocasta sentem-se atraídos um pelo outro. Ela, então, tomada por um forte sentimento, oferece ao rapaz um emprego na agência de propaganda da fábrica, e ele aceita. Cada vez mais próximos, os dois não conseguem evitar a atração recíproca que sentem. Jocasta, no entanto, sempre foge das investidas de Édipo, pois acredita que não deva ceder a essa tentação. Depois de muita insistência, Édipo consegue vencer a barreira que Jocasta coloca entre os dois e a beija, apaixonado.

Jocasta nunca deixou de procurar o filho desaparecido, chegando a contratar os serviços de um detetive para investigar seu paradeiro. Após uma longa busca, ela chega a Américo e Mercedes e, rapidamente, conclui que Édipo é seu filho.

Desesperada, Jocasta decide fazer de tudo para que Édipo a esqueça. Além disso, teme que Argemiro (agora, Carlos Augusto Strazzer), de quem nunca gostou, e Creonte (Gracindo Jr.), seu irmão, façam mal a Édipo. Argemiro sempre deixou claro para Jocasta que o filho de Laio jamais poderia ser encontrado, pois é uma criança que nasceu sob maus agouros e que, caso fosse encontrado, teria de ser morto, como Laio gostaria que acontecesse. O mau-caráter Creonte sempre tentou impedir que a irmã encontrasse o filho, temendo que o rapaz atrapalhasse seus planos de assumir de vez o lugar de Laio nos negócios. Além do mais, alimenta um ciúme incestuoso por Jocasta. No fundo, tem por ela uma paixão recalcada, que o faz eliminar todos que dela se aproximam e por quem ela se sente atraída.

Jocasta se impressiona com o carinho que Édipo demonstra sentir pela mãe adotiva e sofre, temendo que ele nunca a aceite como mãe. Sozinha, ela decide dividir sua angústia com o irmão Gerson (Osmar Prado), um monge budista, em quem confia plenamente.

Para fugir do assédio de Édipo, Jocasta decide ceder às investidas de Pedro Bergman (Raul Cortez), para tristeza do jovem e de Tony Carrado (Nuno Leal Maia), um bicheiro grosseirão, grande admirador de Jocasta. Tony era rival de Laio (Perry Salles) nos negócios. Cafona e atrapalhado, ele passa a novela inteira fazendo as maiores declarações à Jocasta, a quem chama de “minha deusa”.

Nuno Leal Maia, Vera Fischer, Gracindo Jr. e Carlos Augusto Strazzer em Mandala, 1987. Bazilio Calazans/Globo — Foto: Globo

Nuno Leal Maia, Vera Fischer, Gracindo Junior e Carlos Augusto Strazzer na novela Mandala

No final da história, Pedro diz que não aceitará se casar com Jocasta, pois sente que ela não a ama. Ela, então, corre para os braços de Tony, para felicidade dele e do público, que torcia pelo sucesso do casal. É também nessa fase da novela que Édipo descobre que Jocasta é sua verdadeira mãe.

No final, Édipo e Argemiro se enfrentam. O rapaz consegue sair vitorioso, pois o guru sofre um enfarte do miocárdio durante a batalha mental travada entre os dois.

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