Memoria Globo

PRODUÇÃO

Mandala teve cenas gravadas em Brasília.Alguns takes exigiram uso de efeitos especiais, como quando Jocasta (Giulia Gam na 1ª fase e Vera Fischer na 2ª) e Édipo (Felipe Camargo) têm visões. As cenas de Argemiro (Marco Antônio Pâmio na 1ª fase e Carlos Augusto Strazzer na 2ª) também demandaram efeitos, já que, além de ter poderes paranormais, o guru ficava sob uma pirâmide iluminada para se energizar. A passagem de tempo foi feita com a ajuda de recursos especiais. Uma sequência, por exemplo, mostrou a orla de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, ganhando prédios e mais prédios até atingir a paisagem contemporânea. Para mostrar a mudança de época, utilizou-se uma maquete, de cinco metros quadrados, gravada quase quadro a quadro, com o acréscimo progressivo de pequenas reproduções em papelão.

FIGURINO E CARACTERIZAÇÃO

O ator Nuno Leal Maia deu palpites à equipe de figurino em relação à caracterização do seu personagem, o bicheiro Tony Carrado. Ele, que já tinha feito um papel semelhante no cinema, em O Rei do Rio (1985), de Fábio Barreto, acreditava ser interessante agregar colorido ao visual de Tony. A figurinista Sônia Soares se lembra de que o figurino do personagem fez tanto sucesso que ela recebia telefonemas de bicheiros e de pessoas ricas querendo saber como podiam conseguir aqueles ternos coloridos.

Felipe Camargo e Vera Fischer em Mandala, 1987. Bazilio Calazans/Globo — Foto: Globo

Felipe Camargo e Vera Fischer

CURIOSIDADES

Mandala foi escrita por Dias Gomes até o capítulo 35. O autor foi substituído por Marcílio Moraes, que contou com a colaboração de Lauro César Muniz para escrever os capítulos finais da novela.

Fabio Sabag integrou o núcleo de diretores quando a novela já estava no ar.

Mandala foi a primeira novela do ator Marcos Palmeira na Globo. Ele já havia feito participação no humorístico Chico Anysio Show.

A novela marcou a estreia, na Globo, de Chico Diaz, Giulia Gam, Jandir Ferrari e Marcos Breda.

Mandala foi exibida em países como Bolívia, Nicarágua, Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana e Venezuela.

Felipe Camargo e Lúcia Veríssimo em Mandala, 1987. Bazilio Calazans/Globo — Foto: Globo

Felipe Camargo e Lúcia Veríssimo na novela Mandala

Mandala enfrentou uma série de problemas com a Censura Federal, que chegou a vetar a sinopse da novela, alegando que a história tratava de temas impróprios para o horário das 20h30, como incesto, uso de drogas e bissexualismo. A emissora só conseguiu que a sinopse fosse liberada após ter se comprometido a fazer alterações no original. Já com a novela no ar, a Censura voltou a atuar, proibindo um beijo entre Jocasta (Vera Fischer) e Édipo (Felipe Camargo). A alegação era de que a cena seria muito agressiva para os telespectadores. Após negociações, a passagem, essencial para a trama, foi finalmente liberada: como os personagens desconheciam sua condição de mãe e filho, a Globo conseguiu que o beijo dos dois não fosse vetado. Os primeiros capítulos da novela tinham forte conotação política, o que também foi criticado pelos censores, e os autores foram obrigados a modificar o texto.

O personagem Tony Carrado (Nuno Leal Maia) fez grande sucesso entre o público, sobretudo pelas frases engraçadas que dizia, como: “Depois da tempestade vem a ambulância”, “Tu pensa que eu estava deslizando no macio?”, “Vê se tu vai decorar necrotério, que dá mais certo” e “Sou seu súbito”. O bordão “minha deusa”, repetido por Tony ao se referir à sua amada Jocasta (Vera Fischer), foi uma criação de Marcílio Moraes, um dos colaboradores da novela. Nuno Leal Maia conta que o ritmo de gravações, reflexo do sucesso do personagem, era intenso.

Mais do memoriaglobo
Projeto Resgate

Malhação reestreou em maio de 2001 com uma trama mais dramática que o habitual e investindo mais nas campanhas de responsabilidade social.

'Malhação Múltipla Escolha 2001' estreia no Globoplay  - Foto: (Memoria Globo)
Projeto Resgate do Globoplay

Adaptação de obra homônima de Antonio Callado, 'A Madona de Cedro' relata o drama de um homem religioso que contraria seus valores morais em nome do amor.

O roubo de uma obra de arte movimenta 'A Madona de Cedro' - Foto: (Jorge Baumann/Globo)
Dia de alegria!

A atriz Adriana Esteves nasceu no Rio de Janeiro. Estreou na Globo em um quadro do 'Domingão do Faustão', em 1989. No mesmo ano estreou em sua primeira novela, 'Top Model'.

Parabéns, Adriana Esteves! - Foto: (Ique Esteves/Globo)
O telejornal que acorda com o país

Com uma linguagem leve e informal, o telejornal informa as primeiras notícias do Brasil e do mundo para um público que acorda ainda de madrugada.

'Hora 1' completa 10 anos apostando no dinamismo e credibilidade  - Foto: (Arte/Memória Globo)
Fundador da TV Globo

O jornalista e empresário Roberto Marinho nasceu no Rio de Janeiro, em 3 de dezembro de 1904. Foi diretor-redator-chefe do jornal O Globo, aos 26 anos. Criou a TV Globo em 1965 e, em 1991, a Globosat, produtora de conteúdo para canais de TV por assinatura. Morreu em 2003, aos 98 anos.

Roberto Marinho nasceu há 120 anos: relembre a vida do jornalista e empresário - Foto: (Acervo Roberto Marinho)
"Quem cultiva a semente do amor..."

A novela exalta o poder feminino por meio da trajetória de Maria da Paz e traz uma história contemporânea de amor, coragem e esperança.

Relembre Maria da Paz, 'A Dona do Pedaço' - Foto: (João Miguel Júnior/Globo)
Projeto Fragmentos do Globoplay

A novela celebrava o centenário de morte de José de Alencar e se baseava em três obras do autor: A Viuvinha, Til e O Sertanejo.

'Sinhazinha Flô' teve Bete Mendes como protagonista  - Foto: (Nelson Di Rago/Globo)