Pedro Caixinha no Santos: veja a trajetória do técnico português
Depois de mais de um mês de procura no mercado, o Santos enfim tem um novo treinador. Trata-se do português Pedro Caixinha, ex-Red Bull Bragantino e seguidor de uma metodologia de jogo que muito agrada os torcedores do Peixe: o tal do DNA ofensivo.
A reportagem do ge conversou com pessoas que acompanharam de perto o trabalho de Pedro Caixinha em Bragança Paulista e todas são unânimes ao dizer que o português é um viciado em trabalho, sendo o primeiro a chegar no centro de treinamento e, quase sempre, o último a sair.
No dia a dia, os relatos são de que o agora novo técnico do Santos trabalha para integrar ao máximo todos os departamentos do clube, sendo uma pessoa aberta a ouvir opiniões contrárias e deixando o diálogo aberto, mesmo nos momentos de crise e de contestação.
Em campo, os treinos de Caixinha costumam ser de altíssima intensidade. A ideia é não ter um tempo tão longo de atividade, porém dentro das quatro linhas, os atletas devem dar o máximo de si.
Jogo ofensivo
Quem acompanha a carreira de Pedro Caixinha garante que o treinador tem o DNA ofensivo nas veias. No Bragantino, os atletas eram diariamente estimulados a marcarem sob pressão a saída de bola adversária. Em geral, o português tem preferência pelo esquema 4-3-3, mas utiliza também o 4-2-4, espetando o armador entre os atacantes.
A título de comparação, no Campeonato Brasileiro de 2023, o Bragantino teve o nono melhor ataque da competição com 49 gols marcados em 38 rodadas disputadas. A equipe terminou a competição na sexta colocação, sendo a dona da quarta melhor defesa, e garantindo vaga na Pré-Libertadores.
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A carreira de Caixinha
Nascido em Beja, Portugal, Caixinha tem 54 anos e depois de uma carreira pouco expressiva como jogador profissional decidiu pendurar as chuteiras e trabalhar com a prancheta em mãos.
O primeiro trabalho como treinador foi na temporada 1999/2000 nas categorias de base do time de sua terra, o Desportivo Beja. Em pouco anos, virou observador do Sporting, de Lisboa, ganhou uma oportunidade como auxiliar técnico e viajou o mundo, passando por Al-Hilal (ARS), Panathinaikos (GRE), Rapid Bucaresti (ROM) e seleção da Arábia Saudita.
Na temporada 2010/2011, Caixinha iniciou de fato sua carreira como treinador principal ao assumir o Leiria. De lá, passou por Nacional (POR), Santos Laguna (MEX), Al-Gharafa (CAT), Rangers (ESC), Cruz Azul (MEX), Al-Shabab (ARS) e Talleres (ARG) antes de desembarcar no Brasil para assumir o Bragantino.
Em solo verde e amarelo, o hoje comandante do Peixe montou uma equipe competitiva com um estilo agressivo e recheada de jovens jogadores.
Embora não tenha sido campeão com o time do interior, Caixinha chegou a duas semifinais do Paulistão e registrou a melhor participação do clube na história do Brasileirão de pontos corridos.
Ao todo, disputou 124 partidas pelo Red Bull Bragantino com 50 vitórias, 38 empates e 36 derrotas. Sua demissão se deu pela vertiginosa queda de rendimento durante o Brasileirão desta temporada.
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