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Por Bruno Gutierrez — Santos, SP


Pedro Caixinha é o novo técnico do Santos

Pedro Caixinha é o novo técnico do Santos

Pedro Martins é o novo CEO do Santos. Depois de deixar o Botafogo, o executivo foi anunciado pelo presidente Marcelo Teixeira e ficou responsável por comunicar a contratação do treinador português Pedro Caixinha, ex-Red Bull Bragantino. Apesar da definição do novo responsável pelos processos do clube, as situações de Alexandre Gallo e Paulo Bracks estão em aberto.

Isto porque, Pedro Martins assume o cargo que foi ocupado por Paulo Bracks durante a maior parte do ano de 2024. Ainda segundo Marcelo Teixeira, Martins também será o principal responsável pelas negociações no mercado - função exercida por Gallo desde 2023.

– O presidente conversou com os dois sobre a minha chegada. Minha prioridade foi a definição do treinador. Já tenho algumas opiniões sobre a estrutura do clube. Nos próximos dias vamos sentar e avaliar. Não só esses profissionais, como todos que estão no organograma.

Marcelo Teixeira e Pedro Martins durante coletiva de imprensa do Santos — Foto: Bruno Gutierrez

– Avaliaremos como posicionaremos cada profissional visando o que o clube quer para 2025. Com base nisso, nós apresentaremos como Santos funcionará pensando na temporada 2025. Hoje temos a definição do CEO, a partir daí tomaremos outras decisões – explicou Martins durante sua apresentação na Vila Belmiro, deixando claro as indefinições na diretoria do Peixe.

Ao longo da próxima temporada, Pedro Martins e Pedro Caixinha terão a missão de reformular o elenco, trazer novos jogadores e montar uma equipe competitiva para a disputa do Campeonato Paulista, Série A do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.

Esportivamente, a principal meta será a vaga na Conmebol Libertadores de 2026.

Bruno Gutierrez fala sobre os bastidores da negociação de Santos com Pedro Caixinha

Bruno Gutierrez fala sobre os bastidores da negociação de Santos com Pedro Caixinha

Veja outros trechos da entrevista de Pedro Martins:

Sobre planejamento
– Minha trajetória profissional eu me qualifiquei para ser um profissional de gestão. Sempre atuei no desenvolvimento de projetos desportivos. O Objetivo do presidente foi me trazer para uma função mais estratégica do que no Botafogo. Eu aceitei o convite porque acredito na visão de futuro do presidente e porque acredito que o Santos pode se posicionar bem no futebol e na maneira que atua hoje.

Sobre trabalho de scout e passagem pelo Botafogo
– O Santos tem profissionais nessa área. Vou sentar com eles e ver como podemos melhorar a área. Se você não tem identidade de jogo, perfil de treinador e de jogadores, o scout não faz nada. Temos que ver como clube nós vamos nos posicionar e tirar o melhor disso. Tenho certeza que podemos montar um Santos competitivo.

Sobre função de CEO no futebol profissional e conversas sobre reforços
– Venho para liderar o processo. Um clube bem gerido tem as pessoas nos lugares, gente para qualificar o processo de tomada de decisão. Um CEO que achar que faz isso sozinho está cometendo um erro. O CEO é um líder estratégico. Dá diretrizes para como a organização irá lidar em todas as áreas. Criar uma identidade de clube. Como ele irá operar respeitando valores do clube e como irá operar em todas as etapas. É tomar boas decisões cercado de gente muito boa. O Gallo e todo scout trabalhava com uma série de opções. A partir de agora eu sento na mesa e auxilio na decisão.

Negociação com Pedro Caixinha
– Existiam nomes na mesa. Situações já compreendidas em relação a valores pedidos, maneira de jogar. Já tinha um mapa. O que eu fiz com o presidente foi entender a visão e trazer para o operacional. O Pedro Caixinha faz sentido para a identidade do clube. Ele trabalha bem com jovens, sempre procura um jogo intenso e agressivo. É uma equipe que busca o gol, que tá com fome. E ele quer projeto. Quando sentamos para conversar, a primeira coisa que ele fala é não olhar só a camisa do clube, é o que o clube tem de pretensão e como ele avaliará o trabalho. Quando o clube liga, a maioria só fala sobre sucesso, mas não como vai avaliar o trabalho, os níveis de integração. Todos esses pilares são fundamentais. Conversei com ele sobre esses pilares e ele achou que o projeto do Santos era o melhor.

Pedro Caixinha em Bragantino x Vasco — Foto: Diogo Reis/Agif

Sobre planejamento para 2025
– Presidente me passou como estava o planejamento e fiquei confortável com o tempo para tomar decisões. A melhor decisão é a certa, não a rápida. Estamos aqui para tomar decisões certas. Estamos planejando com o treinador que queremos, com a estrutura adequada e tomaremos as melhores decisões para o Santos. Esse é o norte que será para o nosso trabalho.

Possibilidade de retorno de Neymar
– O primeiro ano após Série B é complicado. Você tem uma mudança de perfil e de planejamento como um todo. Vamos tentar acelerar para recolocar o Santos no patamar de Série A. A visão de futuro interessa porque dialoga com o plano para a base, profissional e feminino. Para começar a estruturar elenco pensando em dois, três e quatro anos. Começamos a olhar para frente. Não falamos sobre nomes de reforços. O que foi apresentando foi o plano e nomes monitorados. Agora vamos nos aprofundar para tomar a decisão. Não vamos antecipar porque atrapalha negociação e gera uma especulação desnecessária.

Ainda sobre Alexandre Gallo e Paulo Bracks Pedro Martins sobre mudanças bruscas no elenco e atuação do Bracks
–É imprudente falar em saídas ou chegadas. Treinador está fazendo a análise. Está claro que queremos uma nova identidade de jogo. A escolha dialoga com a vontade do clube. Isso vamos destrinchar nos próximos dias. Já tiveram algumas saídas. O planejamento nesse ponto faz sentido. Faremos ajustes nessa identidade.

Sobre novo organograma
– Não só sobre Bracks e Gallo, mas as funções de outros profissionais, vamos fazer os ajustes necessários para ter um Santos mais eficiente. Não sou centralizador. Gosto de trabalhar com gente boa.

Tamanho do novo elenco
– Número ideal são 28 atletas, mas estamos no futebol brasileiro, um calendário extenso. Mais importante é a composição. Quantos jovens estarão, quem pode integrar também elencos de base. A integração com a base dirá bastante sobre quantos jogadores vamos utilizar.

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