Rayssa Leal arranca um 9.1 em manobra e consegue a maior nota da carreira competindo no Brasil
Rayssa Leal escreveu seu nome na história do skate mais uma vez. Neste domingo (15), com 16 mil ingressos vendidos e capacidade máxima no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, a brasileira se tornou a primeira tricampeã (2022, 2023 e 2024) ao vencer a final da Liga Mundial de Skate Street (SLS). A conquista veio em uma virada incrível na última manobra, com direito a duas notas 9.1. No somatório final, 35.4 pontos, à frente das japonesas Coco Yoshizawa, com 35.2, e Yemeka Oda, com 33.7.
- Eu não tenho palavras o suficiente. Tudo isso que aconteceu hoje vale mais do que esse troféu. Reviravolta, errei as duas primeiras tentativas. Estava nervosa, não vou mentir. Minha família acompanhou tudo isso. Esse troféu vai para o pessoal que está em casa. Vocês viram a realidade do skate, a amizade, a família e vão ver isso aumentando. O nível estava alto, várias notas 9. Foi bem Corinthians. Estou realizada. Estou com todo mundo time, completo, minha psicóloga saiu da Itália pra vir pra cá.
Rayssa faz a festa em SP com tri mundial da liga de skate — Foto: Marcel Merguizo
- Foi um ano muito bom, de muito aprendizado, física e mentalmente. Foi um ano difícil, driblamos as dificuldades e deu tudo certo. É tudo ou nada. Na última manobra é bem isso, precisava de 9. Essa e algumas dariam 9, mas essa é a que fico mais confiante. Felipe fez uma estratégia sensacional, sabe todos os meus pontos.
Rayssa Leal: "Tudo que aconteceu hoje vale bem mais que esse troféu"
A competição
A final foi realizada com duas chances de linhas com 45 segundos cada. Além disso, cinco tentativas de manobras individuais. A pontuação total é computada pela melhor pontuação da volta e as três melhores notas das manobras.
Rayssa Leal festeja após volta — Foto: Reprodução
Rayssa, Chloe e as japonesas na final
A grande final feminina aconteceu entre a brasileira Rayssa Leal, a australiana Chloe Covell e quatro japonesas: Momiji Nishiya, Yumeka Oda, Coco Yoshizawa e Liz Akama.
Rayssa Leal consegue 8.5 na segunda volta final do SLS Super Crown
Rayssa fez duas linhas muito boas, mas terminou a primeira parte da competição 0.1 atrás de Chloe. E precisou das manobras para tirar a diferença entre elas. Com a torcida indo à loucura a cada vez que a brasileira entrava na pista, ela reassumiu o lugar mais alto do pódio em uma virada espetacular, com muita emoção na última manobra ao assinalar 9.1.
Rayssa Leal e o seu treinador Felipe Gustavo aguardando a nota da segunda volta — Foto: Giovana Pinheiro
Show de nine club
A brasileira fez 8.2 na primeira volta, depois 8.5 na segunda. Entre as manobras foram 0.0, 0.0, 9.1, 8.7 e 9.1. Tendo como soma: 35.4. Durante as manobras, foi show de nine club. Além de Rayssa, a campeã olímpica Coco Yoshizawa e Yumeka Oda também tiraram notas na casa dos nove fazendo a maior disputa final de SLS.
Yumeka Oda crava a maior nota da história do SLS com manobra 9.4
Pódio composto entre Rayssa Leal com o primeiro lugar, seguida por Coco Yoshizawa com 35.2 pontos e a terceira colocada foi Yemeka Oda com 33.7.
Rayssa Leal crava 9.1 na última manobra e é tricampeã mundial
A história da SLS
No feminino, a história da competição começa em 2015 com a brasileira Letícia Bufoni levando o título. Depois disso, Pamela Rosa fez o Brasil voltar a vencer em 2019 e 2020. Depois, Rayssa Leal começou a dominar a etapa final da grande final da Liga Mundial de Skate Street (SLS) vencendo 2022, 2023 e, agora, 2024.
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