23/10/2016 13h08 - Atualizado em 23/10/2016 13h12

Estudantes de Matão criam aplicativo para auxiliar deficientes visuais

'Blinden' descreve características de produto a partir da leitura do QRCode.
Alunas apresentaram o projeto na Feteps na última semana na capital.

Carol Malandrino*Do G1 São Carlos e Araquarara

Meninas e professor de Matão apresentando projeto em feira em São Paulo (Foto: Analder Magalhães /Arquivo Pessoal)Meninas e professor de Matão apresentam projeto na Feteps (Foto: Analder Magalhães /Arquivo Pessoal)

Três estudantes do ensino médio de Matão (SP) criaram um aplicativo que pode ajudar muitos deficientes visuais. O Blinden tem como objetivo descrever as características de um produto a partir da leitura do QRCode e poderá ser executado em smartphones com Google Now, permitindo a execução apenas com comando de voz. Ele ainda não está disponível para ser baixado.

Alunas da Etec Sylvio de Mattos Carvalho, Fernanda Leticia Latti, Larisa dos Santos e Luana Regina de Toledo, as três com 17 anos, contaram com a ajuda dos professores de informática Analder Magalhães Honório e Eberson Silva de Oliveira para desenvolver o sistema, apresentado na 10ª Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps) em São Paulo na última semana.

Estudantes explicam como utilizar aplicativo para deficientes (Foto: Analder Magalhães/Arquivo Pessoal)Estudantes explicam como utilizar aplicativo
(Foto: Analder Magalhães/Arquivo Pessoal)

Ajuda
O professor Honório explicou que o aplicativo, desenvolvido em parceria com a Associação dos Deficientes Visuais de Matão (Adevima), deve facilitar o acesso aos portadores de deficiência, por exemplo, nos supermercados. “É só colocar o celular próximo ao produto que o sistema vai ler o código com as informações sobre a marca, o preço”, disse.

Fernanda contou que o grupo realizou várias pesquisas sobre deficiência visual e que colheu informações importantes junto à Adevima. “O aplicativo ainda não pode ser baixado, desenvolvemos para o trabalho de conclusão de curso (TCC), mas pensamos em disponibilizar porque é algo novo”, disse.

Segundo ela, o próximo passo é fazer alguns testes com as pessoas que são atendidas pela associação. “Todos os estabelecimentos podem utilizar e ajudar muito as pessoas”, ressaltou.

 

 

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