17/10/2016 19h05 - Atualizado em 17/10/2016 20h23

Metalúrgicos de 3 empresas de Matão iniciam greve por reajuste de salário

Sindicato reivindica 13% de aumento, mas patrões oferecem 9,62%.
Cerca de 85% dos 3,5 mil trabalhadores aderiram à paralisação.

Do G1 São Carlos e Araraquara

Funcionários de três indústrias de equipamentos agrícolas de Matão (SP) entraram em greve nesta segunda-feira (17) por aumento salarial. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, cerca de 85% dos 3,5 mil trabalhadores estão parados. O sindicato pede reajuste de 13%, além de um abono de R$ 1,13 mil. As empresas oferecem 9,62%.

Representantes do sindicato foram nesta segunda-feira até a entrada principal de uma das empresas para saber se os empregados aceitavam ou não o reajuste. A maioria rejeitou a proposta.  A data base da categoria foi em setembro. As negociações começaram em julho, mesmo assim não houve nenhum acordo.

Sindicato pede 13% de aumento, mas empresas oferecem 9,62% (Foto: Reginaldo Santos/EPTV)Sindicato pede 13% de aumento, mas empresas
oferecem 9,62% (Foto: Reginaldo Santos/EPTV)

O sindicato patronal tinha pedido um prazo, que venceria na quarta feira (19), para que ninguém entrasse em greve. Mas em nova votação, os funcionários decidiram parar de trabalhar. Os empregados de outras duas grandes metalúrgicas da cidade também decidiram entrar em greve.

“Subiu energia, água, cesta básica e nós queremos buscar um aumento real para equiparar essas perdas que os trabalhadores tiveram nesse período”, disse o sindicalista Renato Novaes.

Inviável
A Marchesan informou que o valor oferecido, de 9,62%, é o que o sindicato patronal recomenda e o a empresa consegue honrar à vista e de maneira retroativa. O valor proposto pelo Sindicato dos Metalúrgicos, de 13%, é considerado inviável devido ao cenário econômico ruim.

De acordo com a empresa, cerca de 700 funcionários (80%) pararam nesta segunda-feira. A Marchesan ressaltou que ainda está aberta para negociação com a categoria.

Já as empresas Baldan e Antoniossi Tecnologia Agroindustrial foram procuradas, mas ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as paralisações.

 

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