Representantes das redes públicas de saúde de Aracaju e do Governo de Sergipe participaram de uma reunião no Ministério Público Federal (MPF) na manhã desta quarta-feira (2) para discutir um plano para superar a situação de crise do serviço na capital.
Na terça-feira (1º), o Conselho Regional de Medicina do Estado de Sergipe (Cremese) decidiu pela interdição ética na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nestor Piva. O Cremese informou que a medida foi tomada após uma vistoria no local. A interdição ética vai continuar até o restabelecimento do serviço de limpeza e higienização. O conselho também tentou fazer uma vistoria na UPA Fernando Franco, mas as portas estavam fechadas.
Além do fechamento das UPAs Nestor Piva (Zona Norte) e Fernando Franco (Zona Sul), 44 Unidades de Saúde da Família (USF) estão com o atendimento suspenso desde segunda-feira (31). Isso porque os terceirizados responsáveis pela limpeza e recepção dos pacientes paralisaram as atividades.
Em nota, a empresa MultServ, responsável pelos terceirizados, explicou que a suspensão do serviço se deve à falta de pagamento do contrato em atraso há 11 meses. Com isso, a Prefeitura de Aracaju acumula uma dívida de R$ 8,4 milhões. Não há previsão para o repasse desses recursos.
A Prefeitura de Aracaju informou que foi feita a limpeza hospitalar nesta quarta-feira (2) nas duas UPAs da capital, mas que o atendimento ao público não foi retomado. Participaram da reunião no MPF, a secretária de Estado da Saúde, Conceição Mendonça, o secretário da Saúde de Aracaju, Antônio Almeida e o procurador federal, Ramiro Rockenbach.