03/05/2016 10h13 - Atualizado em 03/05/2016 10h48

Ministério Público denuncia mais 22 pessoas na Operação Publicano

Nesta ação, o alvo da promotoria são empresas de veículos e autopeças.
Esta é a oitava ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Paraná.

Do G1 PR

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Fraude na Receita do Paraná pode chegar a quase R$ 1 bilhão (Foto: Reprodução/RPC)Investigações do MP-PR descobriram um esquema
de corrupção na Receita Estadual (Foto:
Reprodução/RPC)

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou mais 22 pessoas na Operação Publicano, que investiga um esquema de corrupção na Receita Estadual do Paraná. Esta é a oitava ação civil pública proposta pela promotoria. Os alvos deste novo processo são empresas de veículos e autopeças.

Segundo o MP-PR, neste processo há o detalhamento de três fatos criminosos, mas a promotoria não deu detalhes sobre esses fatos. O processo foi remetido ao juiz Emil Tomás Gonçalves, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Londrina, no norte do estado. 

 Assim como nas outras sete ações cíveis, a promotoria pede a devolução do dinheiro de propina e condenação dos envolvidos por dano moral, indisponibilidade de bens, perda de função pública e improbidade administrativa.

Sétima ação
Em abril, a Justiça aceitou a sétima ação civil proposta pelo MP-PR. 
Foram denunciados 13 auditores e dois empresários. Enquanto o processo não é julgado, a Justiça determinou a indisponibilidade parcial de bens dos réus.

Na ação, o órgão pede a devolução de R$ 4,2 milhões. Deste total, R$ 360 mil são provenientes de propina paga por empresários e o restante é o que deixou de ser recolhido em impostos. O alvo da sétima ação são fábricas de móveis de Arapongas, no norte do Paraná.

Os fatos criminosos relatados pela promotoria revelam a cobrança de propina em duas ocasiões.

Em um dos casos, um auditor teria exigido R$ 300 mil de uma empresa de móveis em 2014, e o empresário aceitou pagar o valor em seis parcelas. Mas, com a realização da Operação Publicano, parte desse dinheiro não foi pago porque o auditor não voltou mais para cobrar o restante.

Já foram ajuizadas ações contra o setor de vestuário, calçadista e cafeeiro. Além disso, há cinco ações criminais oriundas da mesma operação.