O Ministério Público do Paraná (MP-PR) apresentou, nesta segunda-feira (26), denúncia contra 18 pessoas investigadas na Operação Publicano, deflagrada em Londrina, para apurar fraudes na Receita Estadual.
Segundo o MP, a denúncia faz parte da terceira fase da operação e envolve contadores, empresários e auditores. Seis já estão presos, por outras denúncias: José Luiz Favoreto, Antônio Pereira Junior, Leila Maria Raimundo Pereira, Luiz Antônio de Souza, André Luiz Aquino de Arruda e Sarquis José Samara. A defesa de todos eles nega participação nos crimes, com exceção de Luiz Antônio de Souza, que se tornou delator.
Entre os crimes denunciados, estão organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Primeira fase
A primeira fase da Publicano foi deflagrada em 20 de março. A Justiça aceitou as denúncias feitas pelo MP-PR contra 62 pessoas.
Foram denunciados 15 auditores fiscais da Receita Estadual, 15 empresários, 14 pessoas consideradas pelo MP como “laranjas” no esquema, 11 contadores, três auxiliares administrativos, dois funcionários públicos, um policial civil e um administrador de empresas.
O MP-PR denunciou o grupo por corrupção passiva, formação de organização criminosa, falso testemunho, falsidade ideológica e outros fatos criminosos.
Segunda fase
A segunda fase da operação foi deflagrada no dia 10 de junho, em dez cidades do Paraná. Mais de 50 pessoas foram presas, e 63 mandados de prisão foram expedidos. Segundo o MP-PR, pessoas ligadas à cúpula da Receita Estadual foram presas durante esta etapa da operação.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao MP-PR, indiciou, no dia 19 de junho, 112 pessoas no inquérito policial da operação.