05/09/2016 17h10 - Atualizado em 05/09/2016 17h13

Ministério da Transparência declara inidônea a empresa Iesa Óleo e Gás

Sanção proíbe empresa de celebrar contratos com a administração pública.
Iesa alega que provas obtidas em processo de investigação são insuficientes.

Do G1, em Brasília

O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle declarou inidônea nesta segunda-feira (5) a empresa Iesa Óleo e Gás, investigada por participação no esquema de fraudes em licitações que atuava na Petrobras e que é alvo da Operação Lava Jato.

A declaração de inidoneidade, publicada na edição desta segunda do "Diário Oficial da União", proíbe a empresa de participar de novas licitações e celebrar novos contratos com a administração pública – federal, estadual e municipal – por, pelo menos, dois anos.

 

A Iesa afirmou, durante as investigações, que as provas obtidas nas investigações são "insuficientes" para a punição.

Durante o processo no ministério, que durou um ano, foram ouvidos delatores da Lava Jato, como o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o ex-gerente da estatal Pedro Barusco.

Além disso, foram utilizadas informações compartilhadas pela Justiça Federal, pela Petrobras e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O Ministério da Transparência concluiu que a Iesa praticou atos lesivos visando a frustrar licitações em "conluio" com outras empresas que também prestavam serviços à estatal.

"A Iesa coordenava suas ações junto às concorrentes para reduzir a competitividade nos processos licitatórios. A construtora combinava previamente com os concorrentes os certames que cada qual deveria vencer e quem faria propostas de cobertura para gerar aparente legitimidade", afirmou a pasta nesta segunda.

Além disso, o ministério afirma que houve pagamento de propina a Paulo Roberto Costa, por meio de contratos fictícios, e, por isso, não possui idoneidade para firmar novos contratos.

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