A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, declarou nesta quinta-feira (21) que, durante seu encontro privado com o Papa Francisco no Vaticano, foi tocada por uma "tranquilidade perfeita" e se sentiu "mais argentina do que nunca".
Através de sua conta no Twitter, Cristina descreveu como foi o almoço que manteve com ele na Casa Santa Marta, no Vaticano.
"Ao ingressar no local, fui tocada por uma tranquilidade perfeita e me senti, pela primeira vez nesse lugar, mais argentina do que nunca", disse.
"Antes de seguir ao refeitório, o papa volta e me diz: 'Tenho algo especial para a senhora e quero que guarde'. Ele me entregou uma rosa branca. 'É o símbolo de Santa Teresinha, para quem sempre rezo'', lembrou a governante.
Cristina também relatou que convidou o pontífice para visitar a Argentina, "seu país", e continuou explicando que, após duas horas de almoço e mate - "os que eu lhe levei", especificou a presidente -, o Papa Francisco lhe acompanhou até a porta para se despedir.
Em relação às conversas que mantiveram durante o almoço, a presidente da argentina afirmou que abordaram diversos temas, como o tráfico humano e o trabalho escravo, sendo que ela chegou a comentar alguns avanços conseguidos nesses campos, embora tenha reconhecido que "ainda falta muito".
"Também conversamos sobre os jovens, e ele disse que alcançamos algo que não se via há tempos: que a juventude se interesse pela política. Tocou-me o coração", afirmou Cristina.
"Me falou de Malvinas, da Pátria Grande, de San Martín e de Bolívar. O Papa, entendem?", declarou a governante mostrando sua perplexidade com o conhecimento de Jorge Mario Bergoglio, qualificado como um Papa bom leitor, "como todo jesuíta".
"Eles leem clássicos universais e clássicos argentinos, já que, além de jesuíta, é argentino", apontou Cristina.
Além de falar sobre sua experiência com o Papa Francisco, a presidente argentina também ressaltou a intensidade de sua agenda nas duas últimas semanas.
"Quantos sentimentos vivenciados nos últimos 15 dias. Na terça-feira (5), estava em Caracas, acompanhando o povo venezuelano e meu companheiro e amigo Hugo Chávez. Depois, um argentino na cadeira de São Pedro", finalizou a governante.