France Presse

20/08/2015 10h53 - Atualizado em 20/08/2015 10h57

Vaticano minimiza gesto do Papa Francisco sobre Malvinas

Sorriso de pontífice ao receber cartaz sobre o tema repercutiu na Argentina.
Cartaz encorajava diálogo entre Argentina e Reino Unido pelas ilhas. Malvinas,

Da France Presse

Fiel entrega ao Papa Francisco um cartaz com a mensagem ‘É tempo de diálogo entre Argentina e Reino Unido pelas Malvinas’, durante audiência semanal na sala Paulo VI, no Vaticano, na quarta (19) (Foto: Claudio Peri/ANSA Via AP)Fiel entrega ao Papa Francisco um cartaz com a mensagem ‘É tempo de diálogo entre Argentina e Reino Unido pelas Malvinas’, durante audiência semanal na sala Paulo VI, no Vaticano, na quarta (19) (Foto: Claudio Peri/ANSA Via AP)

O Vaticano minimizou nesta quinta-feira (20) o gesto do papa Francisco de receber sorridente um cartaz que encorajava o diálogo entre Argentina e Reino Unido pelas Ilhas Malvinas, conflito que levou a uma guerra entre os dois países na década de 80.

"Trata-se de uma foto tirada no contexto da audiência geral (de quarta-feira), durante a qual muitos fiéis oferecem ao Papa vários objetos, frequentemente apenas com o objetivo de tirar uma fotografia", explicou Ciro Benedettini, porta-voz adjunto do Vaticano.

A fotografia do papa Francisco sorrindo quando entregaram o cartaz com a frase "É tempo de diálogo entre Argentina e Reino Unido pelas Malvinas" teve ampla repercussão na imprensa argentina, seu país de nascimento. Até a presidente argentina, Cristina Kirchner, divulgou a foto nas redes sociais.

Guerra
Argentina e Reino Unido disputam a soberania das ilhas desde 1833, quando tropas britânicas se apoderaram do arquipélago e expulsaram uma pequena população argentina.

Os dois países se enfrentaram em uma guerra por este arquipélago em 1982, que terminou com a rendição argentina e a morte de 649 argentinos e 255 britânicos.

O Vaticano explicou que o Papa sempre quis manter o contato físico com a multidão que acompanha as audiências e com frequência recebe presentes, objetos, abraça e beija pessoas e inclusive chega a beber mate, a bebida típica que seus compatriotas oferecem a ele.

O porta-voz do Vaticano sustenta que autorizar a foto não pode ser interpretado como uma tomada de posição específica.

 

 

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