Vale a pena comprar uma panela elétrica para fazer arroz?

Esse tipo de aparelho costuma ter apenas as funções de cozinhar e de aquecer, o que deixa seu uso intuitivo mesmo para quem não tem facilidade com o uso de eletrônicos.

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Os modelos encontrados nas lojas não têm grande diferenciação entre si. A maioria tem um painel com dois botões, tigela interna com revestimento antiaderente e vem com colher, copo dosador e bandeja perfurada para preparos no vapor.

A variedade fica mais por conta do tamanho. As menores têm volume de 5 xícaras (cerca de 1 litro) e as maiores, de 10 xícaras (entre 1,8 litro e 2 litros, a depender do modelo).

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Veja abaixo a seleção do Guia feita com seis produtos, cujos preços variavam de R$ 120 a R$ 230 quando consultados, em setembro, nas principais lojas on-line.

No fim da reportagem, leia mais sobre quais fatores levar em conta na hora de escolher o melhor modelo – e se esse produto é mesmo para você.

A Britânia BPA10BI é uma panela com 700 W de potência e capacidade de até 10 xícaras de arroz.

As dimensões do produto são de 28 cm x 27,5 cm x 27,5 cm (altura x largura x profundidade). Seu peso é de 2,1 kg.

Com garantia de 1 ano, o modelo custava R$ 210, quando pesquisado, no fim de setembro, nas principais lojas on-line.

A panela elétrica de arroz da Elgin comporta volume máximo de 5 xícaras e tem potência de 400 W.

O produto pesa 1,4 kg e tem dimensões de 25 cm x 21 cm x 21 cm (altura x largura x profundidade).

A garantia do produto é de 1 ano. Em setembro, o preço era R$ 130 nas lojas on-line.

A EPA05BI, da EOS, é um modelo com volume máximo de 5 xícaras e potência de 500 W.

É a panela mais barata da lista, sendo encontrada por R$ 120, em setembro, nas grandes lojas on-line.

Ela mede 24 cm x 22 cm x 22 cm (altura x largura x profundidade) e pesa 1,7 kg.

A tampa tem duas "janelas" de vidro, para observar o interior durante o cozimento.

A garantia do produto é de 1 ano.

A panela Bianca Rice NPE-05, da Mondial, tem capacidade para 5 xícaras de arroz e potência de 400 W. Acompanha ainda livro de receitas.

Suas dimensões são de 24 cm x 22,5 cm x 21,5 cm (altura x largura x profundidade) e seu peso é de 1,4 kg.

Com garantia de 1 ano, o produto era encontrado por R$ 160, em setembro, nas principais lojas da internet.

A CE03 é a panela de arroz da Multi, com capacidade para até 5 xícaras e potência de 400 W.

É a mais alta da lista, com ‎dimensões de 30 cm x 25 cm x 24,1 cm (altura x largura x profundidade). Ela pesa 1,4 kg.

Em setembro, o produto era encontrado por R$ 150 nas lojas on-line consultadas. A garantia é de 1 ano.

A PH10P, da Philco, é um modelo com potência de 700 W e capacidade para até 10 xícaras de arroz.

A panela tem dimensões de 27,5 cm x 27,5 cm x 27 cm (altura x largura x profundidade). Ela é a mais pesada da lista, com 2,7 kg.

A tampa é feita, em parte, de vidro, o que permite visualizar e acompanhar o cozimento no interior.

O produto custava, no final de setembro, R$ 230, nas grandes lojas da internet. A garantia é de 360 dias.

É REALMENTE MELHOR QUE A PANELA COMUM? A grande vantagem da panela de arroz é facilitar e agilizar o preparo das refeições em comparação com a panela convencional.

Basta apertar um botão para fazer o aparelho funcionar e o recurso de temporizador significa não ter que se preocupar com a comida queimar.

“Fazer arroz nela é muito melhor. Enquanto você deixa ela fazendo o arroz, pode focar nas outras partes da refeição, sem ter que ficar dividindo a atenção”, conta Lucas Paludo, estudante.

"Como não tinha ninguém em casa pra fazer almoço, nós deixávamos tudo nas panelas, cozinhando sozinho, para no almoço estar tudo quentinho", relata o estudante, que também tem uma panela elétrica de pressão, para fazer feijão.

A panela elétrica também é mais segura que a convencional, pois não envolve o uso de fogo durante o preparo da comida. Os aparelhos desligam automaticamente ao aquecer demais e possuem uma trava de segurança que impede o funcionamento da panela se a tampa não for fechada corretamente.

Só não se pode deixar a panela muito tempo no modo "manter aquecido". "O alimento vai perdendo a umidade e, no fim, corre o risco de queimar o fundo da panela", explica Margot Lambert, gastrônoma. "Respeite o tempo máximo indicado no manual do produto".

Além disso, a panela pode ser usada para fazer mais preparos do que só arroz, embora esses usos não sejam tão conhecidos. “Dá para fazer legumes, peixe no vapor, sopa. Além de todos os tipos diferentes de arroz, como agulhina, gohan, polido”, exemplifica Lambert.

Lambert acredita que muita gente deixa de usufruir do potencial completo da panela por não saber que ela pode ser utilizada para outros pratos. “Se você usa a panela só para arroz mesmo, não tem tanta vantagem assim”, opina a gastrônoma.

A grande desvantagem em relação à panela comum é que, como todo equipamento elétrico, esse aparelho também está sujeito a falhas de sistema. “Se tiver algum problema no painel, nos fios, você já não vai mais conseguir utilizar. A panela convencional não tem isso”, afirma Lambert.

E a panela de pressão, qual é a diferença? A panela de pressão elétrica funciona de forma similar, com o temporizador e o desligamento automático ao terminar o cozimento. Mas tem mais funções, é maior e mais cara (custam uma média de R$ 450).

Elas podem ser usadas para fazer os mesmos preparos da panela de arroz e alguns a mais, como feijão, lentilhas e outros pratos que requerem o uso da pressão.

A quantidade de programações da panela de pressão elétrica também pode ser um pouco intimidadora para quem tem dificuldade com tecnologia.

“Minha mãe é aposentada e não usa mais a de pressão, por não ser intuitiva para gente da idade dela. Na de arroz é só apertar um botãozinho, ela consegue usar sem problemas”, diz Lucas Paludo.

PARA QUEM É A PANELA DE ARROZ? “Para quem se vê em cenários em que usa bastante, acho que vale a pena”, indica Margot Lambert. “Ela ocupa um bom espaço ali na bancada, por isso, se não usa sempre, vai acabar deixando ela de lado”.

Lambert conta que já teve uma panela de arroz, mas se desfez dela quando percebeu que o aparelho passava mais tempo dentro do que fora do armário.

Para Bruno Oliveira, designer gráfico, a panela o ajudou a ter mais independência ao sair da casa dos pais, onde não tinha costume de cozinhar. “Salvou a minha vida. Comprei porque achei que seria bem prático e não precisaria ter medo de queimar e é fácil de limpar também”, conta.

"Fiz arroz japonês – gohan – pela primeira vez na minha panela e achei muito fácil", completa Oliveira.

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