A presença feminina no Programa Olímpico da Marinha (PROLIM) tem sido cada vez mais marcante, à medida em que as mulheres desafiam os estereótipos e alcançam resultados expressivos em competições nacionais e internacionais. Reflexo disso é, atualmente, o programa possuir, em suas equipes, a maioria dos atletas do sexo feminino, 117 mulheres de um total de 221 esportistas. Elas têm se destacado em diversos esportes, das 26 modalidades apoiadas pelo PROLIM, como natação, paraquedismo, remo, atletismo, boxe, levantamento de peso, entre outras, somente quatro ainda não possuem a presença feminina.

A participação das mulheres no PROLIM busca promover a igualdade e fortalecer a presença feminina no esporte de alto rendimento. Ao longo dos anos, elas têm se destacado e mostrado que não há barreiras quando se trata de superar limites e alcançar o sucesso, inspirando, assim, uma nova geração de mulheres que desejam ingressar no esporte. Como afirma o Presidente da Comissão de Desportos da Marinha (CDM) e Comandante do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN), Contra-Almirante (Fuzileiro Naval) Reinaldo Reis de Medeiros. “Ao incentivar e apoiar a participação das mulheres nesse programa, estamos proporcionando oportunidades para que elas desenvolvam suas habilidades atléticas e representem o País em competições internacionais. Além disso, a presença feminina no PROLIM contribui para a diversidade de perspectivas e talentos, enriquecendo o desempenho geral da equipe e fortalecendo a imagem da Marinha como uma instituição inclusiva. Ao reconhecer o valor das mulheres, estamos avançando em direção a uma sociedade mais igualitária, na qual homens e mulheres possam competir e se destacar, em igualdade de condições, para a transformação do Brasil em uma potência olímpica”, destaca.

Um exemplo desse sucesso é a Terceiro-Sargento Laura Nascimento Amaro, primeira medalhista feminina brasileira em um Mundial de Levantamento de Peso Olímpico. Suas últimas conquistas foram o vice-campeonato mundial em 2021, vice-campeã pan-americana em 2021, terceiro lugar no Pan-Americano em 2022 e o Prêmio Brasil Olímpico 2022. Ela iniciou no esporte em 2013, aos 13 anos, a partir do Programa Forças no Esporte (PROFESP) no CEFAN, destinado ao atendimento de crianças, jovens e adolescentes, preferencialmente em situação de vulnerabilidade social, regularmente matriculados na rede pública de ensino.

Hoje, preparando-se para ser classificada para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, ela afirma: “há alguns anos, quando eu era criança, inspirava-me nos meus ídolos no esporte e tenho orgulho de hoje estar sendo espelho para as crianças do meu centro de treinamento [CEFAN] e do meu País. Tenho certeza de que vou atingir e inspirar muito mais pessoas, à medida em que o trabalho for sendo feito. Estamos fazendo história e não vamos parar tão cedo”.

A Marinha do Brasil, por meio do PROLIM, atua no desenvolvimento do esporte nacional de alto rendimento, tendo se constituído em um fator importante para a evolução do esporte olímpico brasileiro. O apoio direto proporcionado pelos soldos (vencimentos do atleta militar) tem possibilitado que jovens atletas promissores continuem a se dedicar ao treinamento, evoluindo tecnicamente e se tornando muito competitivos internacionalmente.

A candidatura para fazer parte do PROLIM é feita de forma voluntária, por meio dos editais publicados pelo Comando do 1° Distrito Naval, com sede no Rio de Janeiro, e o processo de seleção leva em conta os resultados dos atletas em competições nacionais e internacionais. Se aprovados, passam por uma formação militar-naval, com duração média de 45 dias, com ênfase nas atividades desenvolvidas pelo Corpo de Fuzileiros Navais, visto que a preparação é realizada por eles.


 


 

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