Nessa terça-feira (24), o Navio Doca Multipropósito (NDM) “Bahia”, atracado no Complexo Naval da Ilha das Cobras, foi palco da tradicional Parada Após o Pôr do Sol, realizada em virtude da 31ª Conferência Naval Interamericana (CNI), que acontece até sexta-feira (27), no Rio de Janeiro. Protagonizado pelas bandas Marcial e Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), o espetáculo cultural contou com a participação de representantes de 17 marinhas amigas: Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, El Salvador, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, além da anfitriã brasileira.
Presidido pelo Comandante da Marinha do Brasil (MB), Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, a apresentação trouxe ao público elementos que remontam a história, cultura, tradições e os valores da Força, reverenciando, particularmente, a solidariedade hemisférica, como destacaram os regentes, Comandante Nerias Morel e Capitão-Tenente Alexsandro de Souza. “Preparamos um pot-pourri para homenagear as nações amigas que participam da CNI. Após pesquisa, fizemos uma adaptação e compilamos um pequeno trecho das músicas mais conhecidas de cada país. Adaptamos, também, músicas de caráter erudito e popular”, afirmaram.
Conforme o repertório, que incluiu sucessos como “The Final Countdown”, “We Are The Champions” e “O que é o que é?”, ia se desenrolando, projeções no hangar do navio e em um dos armazéns do Complexo Naval contavam a história do País, desde a chegada da Família Real ao Brasil escoltada pelos Fuzileiros Navais, até a recente assistência ao Rio Grande do Sul em virtude das enchentes que assolaram a região, passando pela construção das Fragatas Classe Tamandaré e pelo Programa de Submarinos da Marinha (PROSUB).
Ao som do dobrado “Heróis de Guerra”, a Banda Marcial formou a silhueta de um “veleiro”, embarcação à vela amplamente utilizada durante a época das Grandes Navegações. Em uma homenagem a todas as comitivas presentes, ao som de “Maresia”, de Adriana Calcanhotto, os militares formaram ainda a sigla “CNI”, reforçando a importância da cooperação entre as Marinhas na XXXI Conferência Naval Interamericana.
Como marca a tradição, o evento contou com um Cerimonial à Bandeira Nacional comentado. No gran finale, foi disparada uma salva de fogos de um minuto da Fortaleza de São José, ao fundo do Complexo Naval da Ilha das Cobras.
Conheça a Conferência Naval Interamericana
Formada em 1959, a Conferência Naval Interamericana proporciona uma oportunidade para o intercâmbio de ideias, conhecimentos e entendimento mútuo dos problemas marítimos que afetam o continente, estimulando contatos profissionais permanentes entre as Marinhas dos países participantes, com o fim de promover a solidariedade hemisférica. A aproximação crescente entre as Marinhas do continente tem incentivado operações combinadas e parcerias, aumentando a presença e esforços por mares seguros e soberanos.
Saiba mais sobre o NDM “Bahia”
O NDM “Bahia”, cujo nome inicial foi Siroco na Marinha Nacional Francesa, iniciou suas operações em dezembro de 1998, sendo utilizado no cenário internacional em variadas missões, incluindo a humanitária no Haiti, por ocasião do terremoto que assolou aquele país, em 2010, e de combate à pirataria na costa da Somália, em 2013, vindo a encerrar suas atividades operacionais, naquela Marinha, em julho de 2015.
Empregado no transporte de tropas, veículos, helicópteros, equipamentos, munições e provisões diretamente à área de operações. Embora planejado para operações de alta intensidade, é também indicado para as de baixa intensidade, como missões de caráter humanitário e auxílio a desastres. Possui capacidade para carregar e descarregar, pelo mar ou pelo ar, e para operar com embarcações de desembarque em mar aberto.
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