Diadema

município brasileiro do estado de São Paulo, Região Sudeste do país
 Nota: Este artigo é sobre o município brasileiro. Para o adorno, veja Diadema (joia).

Diadema[7] é um município do estado de São Paulo, na Região Sudeste do Brasil. Ocupa uma área de 30,732 km² e sua população estimada pelo IBGE para 1.º de julho de 2021, era de 429,550 habitantes naquela data.[1] É o 14.º município mais populoso do estado e o 57.º do Brasil. Está localizado na Zona Sudeste da Grande São Paulo, na Região Metropolitana de São Paulo, em conformidade com a lei estadual nº 1.139, de 16 de junho de 2011,[8] e consequentemente com o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI).[9]

Diadema
  Município do Brasil  
Diadema
Diadema
Diadema
Símbolos
Bandeira de Diadema
Bandeira
Brasão de armas de Diadema
Brasão de armas
Hino
Lema Floreat Diadema
"Floresça, Diadema"
Gentílico diademense[1]
Localização
Localização de Diadema em São Paulo
Localização de Diadema em São Paulo
Localização de Diadema em São Paulo
Diadema está localizado em: Brasil
Diadema
Localização de Diadema no Brasil
Mapa
Mapa de Diadema
Coordenadas 23° 41′ 09″ S, 46° 37′ 22″ O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Região metropolitana São Paulo
Municípios limítrofes Norte, leste e sul: São Bernardo do Campo;
Oeste: São Paulo
Distância até a capital 17 km[2]
História
Fundação 8 de dezembro de 1959 (65 anos)
Administração
Prefeito(a) José de Filippi Júnior (PT, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 30,732 km²
População total (Censo de 2022) [1] 393 237 hab.
 • Posição SP: 16º
Densidade 12 795,7 hab./km²
Clima tropical de altitude (Cwa)
Altitude 780 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 09900-000 a 09999-999[3]
Indicadores
IDH (PNUD/2010[4]) 0,757 alto
 • Posição SP: 182º
PIB (IBGE/2016[5]) R$ 13 229 744,53 mil
PIB per capita (IBGE/2021[6]) R$ 43 031,91
Sítio www.diadema.sp.gov.br (Prefeitura)
www.cmdiadema.sp.gov.br (Câmara)

Diadema foi distrito de São Bernardo do Campo até a sua emancipação, no final da década de 1950.[10] Com 77 estabelecimentos de saúde, sua principal fonte de renda é o setor de prestação de serviços, tendo a indústria e o comércio como importantes atividades econômicas. O município conta ainda com uma importante tradição cultural, que vai desde o turismo até o esporte.[11] Diadema ainda é sede de diversos eventos anuais, além de possuir alguns pontos turísticos, como o Borboletário, o Jardim Botânico, a Fábrica de Cultura, o Museu de Arte Popular e o Observatório Astronômico.

História

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No século XVII, os portugueses saem de São Vicente com o objetivo de catequizar os indígenas, reunindo grandes lotes de terra na região que, hoje, corresponde ao Centro de Diadema. Nessa região, antiga Vila da Conceição, hoje Avenida Manuel de Nóbrega, foi construída uma casa feita de taipa conhecida como "Casa Grande", constituída de uma capela dedicada à Imaculada Conceição. Mais tarde, Diadema passou a ser um trajeto por onde passavam tropeiros em direção à mina do Embu, então recém-descoberta. Mais tarde, o tráfego dessa mesma passagem se tornou cada vez mais escasso, em uma rota no sentido Santo Amaro-Mogi das Cruzes, devido ao declínio da mineração.[12][13]

Após o abandono das terras pelos jesuítas, a posse dessas terras foi legalizada com 650 alqueires pelo Barão do Tietê, entre 1813 e 1815. Após sua morte, essas terras foram divididas entre seus herdeiros, que deram origem a duas glebas: uma na parte leste, denominada "Curral Grande"; e outra na parte oeste, localizada próxima à atual Igreja Matriz, com o nome de "Curral Pequeno". Mais tarde, os bandeirantes criaram, em suas rotas, a parada de Piraporinha, originada pela gleba do Curral Grande. Com o grande aumento populacional da região, um personagem chamado José Pedroso de Oliveira construiu uma capela, Bom Jesus da Pedra Fria, em 1830, que contou com um pequeno número de devotos. Trinta anos depois (1860), uma pequena capela localizada próxima à capela Bom Jesus da Pedra Fria (Senhor Bom Jesus de Pirapora) é arquitetada e construída.[12][13]

Com o vilarejo, veio também o progresso, ativado em 1900, com a construção de uma serraria a vapor, tendo Antônio Piranga como proprietário, filho de José Pedroso. No início do século XX, a antiga rota dos tropeiros (Estrada da Vila Conceição) começa a passar por um processo de industrialização e urbanização. A serraria a vapor funcionou durante vinte anos (até 1920), abastecendo uma indústria que produzia móveis em São Bernardo do Campo. Em 1926, a atual região correspondente ao bairro de "Eldorado" foi inundada, formando a "Baía do Eldorado". No mesmo terreno onde a serraria havia sido construída, ocorreu a criação de lotes de terra, originando a Vila Conceição, com uma área de 165 alqueires, que foram loteados por volta da década de 1940. As antigas vilas de Eldorado, Conceição e Piraporinha foram os três primeiros núcleos habitacionais. Dispersos, eles eram ligados apenas por caminhos precários. Cada um tinha sua vida própria. Piraporinha era próximo a São Bernardo. O Taboão era ligado pela proximidade a São Bernardo e a São Paulo pela Avenida Água Funda. Hoje, esses três vilarejos são representados por três torres na bandeira municipal.[12]

Em 1925, com a criação da Represa Billings, a região do Eldorado passou a despertar o interesse de moradores da capital que buscavam opções de lazer. Nos anos 1930, os irmãos Camargo, donos das terras, resolveram melhorar a ligação com a Vila Conceição (Centro) por meio da abertura da atual Avenida Alda até o Parque 7 de Setembro.

O trajeto até o Centro foi completado por Alberto Simões Moreira. Nessa estrada, passaram a transitar carros de boi, cavalos, automóveis e a primeira jardineira, que fazia o itinerário Eldorado - Vila Conceição - Praça da Árvore (SP).

Em 1936, os povoados de Vila Conceição e Piraporinha se uniram para formar a cidade de Diadema. O nome era uma referência à coroa da padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição.

Apesar da proximidade geográfica com a capital estadual, até os anos 1950 a cidade pouco sentiu os efeitos das transformações produzidas pela industrialização em São Paulo. Até então, Diadema não tinha nenhuma importância econômica regional. Foi nas cidades localizadas ao longo da ferrovia Santos-Jundiaí, principal via de circulação de mercadorias na época, que ocorreu a expansão industrial paulista até a década de 1940, especialmente em São Caetano do Sul, Santo André e Mauá.

Por meio da lei estadual n° 233, de 24 de dezembro de 1948, o distrito de Diadema, na época pertencente a São Bernardo do Campo, é criado. Em 18 de fevereiro de 1953, Diadema torna-se município de São Paulo, desmembrando-se de São Bernardo do Campo. Hoje, o município é formado pelo distrito sede, antigo distrito de Diadema.[12]

Após a década de 1950, o sistema de escoamento da produção, feito até então pelos eixos ferroviários, entra em declínio e o governo passa a optar pelos circuitos rodoviários. A Via Anchieta, inaugurada em 1947, representa uma nova fase da industrialização paulista e da implantação do capitalismo no Brasil.

Em São Bernardo, ao longo dessa estrada, instalaram-se grandes indústrias multinacionais; e em Diadema, principalmente pequenas e médias empresas nacionais que produziam, na sua maioria, objetos complementares para as multinacionais.

 
Estrada da Vila Conceição, por onde passavam os bandeirantes em direção à mina de ouro de Embu

A Vila Conceição liderou o movimento pela emancipação local. Além de contar com as lideranças políticas mais interessadas na questão, o vilarejo encontrava-se bastante isolado de São Bernardo, sentindo particularmente a falta de infraestrutura e serviços básicos. Os moradores de Piraporinha, Taboão e Eldorado eram, na sua maioria, desfavoráveis ao movimento.

Foi a conjugação de vários fatores que determinou a emancipação político-administrativa de Diadema, como a expansão urbana e industrial paulista em direção ao ABC, a articulação de políticos da localidade, como o professor Evandro Caiaffa Esquivel, Américo Maffia entre outros proprietários de chácaras na Vila Conceição, e com lideranças de influência no âmbito estadual, como o jurista Miguel Reale e a intensa participação dos moradores da Vila Conceição na Campanha da Emancipação.

Em 1959, realizaram-se as primeiras eleições para os poderes Executivo e Legislativo do município de Diadema. E, no dia 10 de janeiro de 1960, com a posse do primeiro prefeito, Evandro Caiaffa Esquivel e Américo Maffia como vice-prefeito e vereadores, instalou-se oficialmente o novo município.

Geografia

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Mapa de Diadema, em vermelho, e seus municípios limítrofes, em azul.

Diadema está localizado na mesorregião Metropolitana de São Paulo e microrregião de São Paulo, no estado de São Paulo, na Região Sudeste do Brasil,[14] estando distante dezessete quilômetros do marco zero da capital estadual.[2] A área territorial do município é 30,732 km²,[1] sendo o sétimo menor município paulista em extensão territorial. Integra a Região Metropolitana de São Paulo (sub-região sudeste)[15] e se limita com os municípios de São Paulo a oeste e São Bernardo do Campo nas demais direções.[13]

O relevo do município é pouco plano e muito acidentado, formado por colinas e morros. O ponto mais alto de Diadema está localizado a uma altitude de 865 metros acima do nível do mar, no Jardim Santa Cândida, e o mais baixo está situado na Vila Idialópolis, no bairro de Piraporinha. As altitudes médias variam entre 700 e 800 metros.[2]

A hidrografia é formada por córregos e ribeirões. O maior e principal curso de água do município é o Ribeirão dos Couros, com 7,5 quilômetros de extensão, seguido pelos córregos Mato Dentro (5,1 km), de Capela (4,695 km), do Floriano (4,395 km), Taboão (4 km) e Araújo (1,798 km). Outros córregos também localizados em Diadema são Campanário, Curral Grande e Grota Funda.[2] O município está localizado na Bacia Hidrográfica do Alto Tietê.[16]

A maior parte da cobertura vegetal de Diadema está localizada na Área de Proteção e Recuperação aos Mananciais, na região sul do município, e é formada pela Mata Atlântica, tendo, como exemplos de espécies, o angico, o jacarandá, o jatobá, a palmeira juçara, a paineira, o pau-brasil e o urucum. Diadema possui cinco parques municipais: do Paço (no Centro), Ecológico (bairro Eldorado), da Companhia de Saneamento de Diadema (na região norte do município), Antonio de Lucca Filho (também no norte de Diadema) e dos Jesuítas (Centro), que, juntos, totalizam 119 mil metros quadrados de área verde, e uma média de dez metros quadrados de área verde por habitante, sendo esse número inferior nos bairros, variando entre 1 m² no bairro Casa Grande e 6 m² na região central.[2][17][18][19]

Maiores acumulados de precipitação em 24 horas
registrados em Diadema por meses (1971-1996)
Mês Acumulado Data Ref Mês Acumulado Data Ref
Janeiro 127,1 mm 4 de janeiro de 1996 [20] Julho 62,9 mm 3 de julho de 1976 [21]
Fevereiro 150 mm 1 de fevereiro de 1983 [22] Agosto 43,4 mm 25 de agosto de 1993 [23]
Março 118,2 mm 20 de março de 1991 [24] Setembro 79 mm 17 de setembro de 1983 [25]
Abril 79 mm 25 de abril de 1991 [26] Outubro 102,1 mm 7 de outubro de 1994 [27]
Maio 85,3 mm 28 de maio de 1976 [28] Novembro 95,4 mm 17 de novembro de 1972 [29]
Junho 101,7 mm 15 de junho de 1987 [30] Dezembro 76,8 mm 21 de dezembro de 1988 [31]
Fonte: DAEE-SP/EMAE.[32][33]

O clima de Diadema é considerado subtropical mesotérmico, do tipo Cfb na classificação climática de Köppen-Geiger,[34][35] com temperatura média anual de 17,8 °C e índice pluviométrico de 1 500 mm/ano, concentrados nos meses de verão, sendo janeiro o mês de maior precipitação (235 mm).[35] As precipitações ocorrem principalmente sob a forma de chuva, e algumas vezes de granizo.[36] Em algumas ocasiões também são registrados episódios de forte ventania.[37][38]

Segundo dados da Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE-SP) e da Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A (EMAE), referentes ao período entre 1971 e 1996, o maior acumulado de precipitação registrado em Diadema foi de 150 mm em 1 de fevereiro de 1983.[22] Outros grandes acumulados foram 127,1 mm em 4 de janeiro de 1996,[20] 118,2 mm em 20 de março de 1991,[24] 110,4 mm em 17 de março de 1985,[39] 109,7 mm em 20 de fevereiro de 1980,[40] 102,1 mm em 27 de outubro de 1994[27] e 101,7 mm em 15 de junho de 1987.[30] Em um mês o maior volume observado foi de 506,1 mm em março de 1991.[41]

Dados climatológicos para Diadema
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima média (°C) 25,3 25,4 24,7 22,9 21 20,2 19,8 20,6 21,6 22,3 23,5 24,4 22,6
Temperatura média (°C) 20,7 21 20,2 18,2 16,2 15 14,5 15,3 16,6 17,6 18,9 19,8 17,8
Temperatura mínima média (°C) 16,2 16,6 15,8 13,6 11,4 9,9 9,2 10,1 11,6 13 14,4 15,3 13,1
Precipitação (mm) 235 218 176 86 63 52 42 49 83 150 139 203 1 496
Fonte: Climate Data.[35]

Demografia

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Crescimento populacional
Censo Pop.
197078 914
1980228 663189,8%
1991305 28733,5%
2000357 06417,0%
2010386 0898,1%
Est. 2021429 550[1]

A população de Diadema estimada pelo IBGE para 1.º de julho de 2021, era de 429,550 habitantes naquela data,[1] sendo o 14.º município mais populoso do estado e o 57.º do Brasil, com uma densidade populacional de 13 977 hab/km². Em um levantamento feito em 2011, Diadema tinha a maior densidade populacional do estado de São Paulo e a segunda do país, atrás apenas de São João de Meriti, no estado do Rio de Janeiro.[42] Segundo o censo de 2010, a população de Diadema naquele ano era de 386 089 habitantes. A taxa de urbanização era de 100%. Da população total, 186 803 eram homens (48,38%) e 199 286 mulheres (51,62%), tendo uma razão de sexo de 93,74. Quanto à faixa etária, 91 332 pessoas tinham menos de 15 anos (23,66%), 276 285 entre 15 e 64 anos (71,56%) e 18 472 65 anos ou mais (4,78%).[43][44] Ainda segundo o mesmo censo, a população étnica era formada por 188 345 brancos (48,78%), 162 628 pardos (42,12%), 30 630 pretos (7,93%), 4 244 amarelos (1,1%) e 242 indígenas (0,06%).[45]

Considerando-se a nacionalidade, 385 274 habitantes eram brasileiros natos (99,79%), 317 eram naturalizados brasileiros (0,08%) e 815 eram estrangeiros (0,21%).[46] Em relação à região de nascimento, 281 730 eram nascidos no Região Sudeste (72,97%), 90 411 no Nordeste (23,42%), 7 139 no Sul (1,85%), 1 311 no Centro-Oeste (0,34%) e 935 no Norte (0,24%). 256 896 habitantes eram naturais do estado de São Paulo (66,54%) e, desse total, 167 569 eram nascidos em Diadema (43,4%). Entre os naturais de outras unidades da federação (33,46%), a Bahia era o estado com maior presença, com 31 661 habitantes residentes (8,2%), seguido por Minas Gerais, com 22 755 habitantes (5,89%) e por Pernambuco, com 20 955 residentes (5,43%).[47][48] No mesmo ano, 533 pessoas emigraram para outros países, sendo 222 para a Europa (41,65%), 157 para a América do Norte (29,46%), 97 para a Ásia (18,2%), 24 para a Oceania (4,5%), 24 para outros países da América do Sul (4,5%) cinco para a África (0,94%) e quatro para a América Central (0,75%). Entre os principais países de destino, estavam os Estados Unidos, com 143 emigrantes (26,83%), o Japão, com 84 (15,76%), e Portugal, com 52 (9,76%).[49]

O Índice de Desenvolvimento Humano do município é considerado alto, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Segundo dados do relatório de 2010, divulgados em 2013, seu valor era de 0,757, sendo o 182º maior de São Paulo e o 420 º do Brasil. Considerando-se apenas o índice de longevidade, seu valor é de 0,844, o valor do índice de renda é de 0,717 e o de educação é de 0,716.[4] Em 2003, o índice de pobreza era de 43,81% (o índice subjetivo era de 16,03%).[50] De 2000 a 2010, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até 140 reais reduziu em 32,3%. Em 2010, 92,8% da população vivia acima da linha de pobreza, 4,1% encontrava-se entre as linhas de indigência e de pobreza e 3,1% estava abaixo da linha de pobreza.[51] No mesmo ano, o índice de Gini era de 0,37 e os 20% mais ricos eram responsáveis por 48,57% no rendimento total municipal, valor quase 9,5 vezes superior à dos 20% mais pobres, que era de 5,16%.[43]

Religião

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Conforme dados do censo de 2010, a população de Diadema era formada por 218 645 católicos apostólicos romanos (56,63%), 104 588 evangélicos (27,09%), 7 225 espíritas (1,87%), 1 873 budistas (0,49%), 1 232 umbandistas (0,32%), 894 mórmons (0,23%), 753 católicos apostólicos brasileiros (0,2%), 514 candomblecistas (0,13%), 398 seguiam novas religiões orientais (0,1%), 299 católicos ortodoxos (0,08%), 178 islâmicos (0,05%), 42 esotéricos (0,01%), 41 espiritualistas (0,01%), 22 eram seguidores de religiões orientais (0,01%), dez eram hinduístas (0,00%) e dez pertenciam a tradições indígenas. Outros 1 422 não tinham religião determinada ou possuíam múltiplo pertencimento (0,37%), 306 não souberam (0,08%), trinta não declararam (0,01%) e onze pertenciam a outras religiões afro-brasileiras (0,00%).[52]

De acordo com a atual divisão feita pela Igreja Católica, o município está situado na Diocese de Santo André, localizada no município de mesmo nome. Essa diocese possui uma área de 878 km², abrange os sete municípios da Região do Grande ABC e foi criada em 18 de julho de 1954, desmembrada da Arquidiocese de São Paulo e sufragânea desta. Seu atual bispo é Dom Pedro Carlos Cipollini.[53] Das 106 paróquias que compõem a diocese,[54] dez delas se localizam em Diadema: Imaculada Conceição, Maria Mãe dos Pobres, Menino Jesus de Praga, Cristo Rei, Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora dos Navegantes, Santa Rita de Cássia, Santo Arnaldo Janssen, Bom Jesus de Piraporinha e Nossa Senhora Aparecida.[55]

Diadema possui os mais diversos credos protestantes ou reformados. Do total de evangélicos, 57 532 pertenciam às igrejas evangélicas de origem pentecostal (14,90%), 15 864 a religiões evangélicas não determinadas (9,95%) e 8 633 às evangélicas de missão (2,24%). Do total de seguidores das igrejas pentecostais, 25 971 pertenciam à Assembleia de Deus (6,73%), 5 718 à Congregação Cristã do Brasil (1,48%), 5 482 à Igreja Universal do Reino de Deus (1,42%), 2 738 a Igreja Deus é Amor (0,71%), 636 à do Evangelho Quadrangular (0,16%), 578 à Igreja O Brasil para Cristo (0,15%), 335 à comunidade evangélica (0,09%), 92 à Casa da Bênção (0,02%), 72 à Igreja Maranata (0,02%), trinta evangélicas renovadas não determinadas (0,01%), 17 à Nova Vida (0,00%), e outros 15 864 pertenciam a outras igrejas evangélicas pentecostais (4,11%). Entre o total de seguidores das evangélicas de missão, 3 996 pertenciam a igrejas batistas (1,03%), 2 119 à Igreja Adventista, 1 719 à Presbiteriana (0,45%), 518 à Metodista (0,13%), 236 à Luterana (0,06%) e 46 a outras evangélicas de missão (0,01%).[52]

Dentre os sem religião, 940 eram ateus (0,24%), 74 agnósticos (0,02%) e 37 498 não eram ateus nem agnósticos (9,71%). Em relação aos que possuíam religião não determinada ou múltiplo pertencimento, 1 413 possuíam religião mal definida ou indeterminada (0,37%) e outros nove declararam ter múltiplas religiosidades (0,00%). Existiam ainda 226 seguidores da Igreja Messiânica Mundial (0,06%), do total de novas religiões orientais.[52]

Política

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 Ver artigo principal: Lista de prefeitos de Diadema

O poder executivo do município de Diadema é representado pelo prefeito, auxiliado pelo seu gabinete de secretários.[56] O primeiro prefeito constitucional do município foi Evandro Caiaffa Esquível.[57] O atual representante e chefe do executivo municipal é José de Filippi Júnior,[58][59] do Partido dos Trabalhadores (PT),[60] eleito no segundo turno das eleições municipais de 2020 com 60,44% dos votos válidos.[61][62] Há também o cargo de vice-prefeito, que é o substituto do prefeito em caso de ausência por licença ou outro impedimento deste, podendo e devendo exercer função dentro da administração municipal. A atual vice-Prefeita diademense é Patrícia Ferreira.[61] O poder legislativo, por sua vez, é representado pela câmara municipal,[56] composta por 21 vereadores eleitos para mandatos de quatro anos.[63] Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao executivo, especialmente o orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias).[56]

Em complementação ao processo legislativo e ao trabalho das secretarias, existem também conselhos municipais em atividade; são eles: Alimentação Escolar, Assistência Social, Defesa do Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Social, Direito da Mulher, Direitos da Criança e do Adolescente, Educação, Entorpecentes, FUNDEB, Fundo de Assistência ao Trânsito, Idoso, Pessoa com Deficiência, Saúde, Segurança, Segurança Alimentar e Nutricional e Tutelar (I e II), além do Conselho Popular de Saúde e dos Conselhos Gestores de Serviços de Saúde.[64] Diadema se rege pela sua lei orgânica, promulgada em 22 de novembro de 2005,[56] e é sede de uma comarca.[65]

Cidades irmãs

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Cidades-irmãs é uma iniciativa do Núcleo das Relações Internacionais, que busca a integração entre a cidade e demais municípios nacionais e estrangeiros. A integração entre os municípios é firmada por meio de convênios de cooperação, que têm o objetivo de assegurar a manutenção da paz entre os povos, baseada na fraternidade, felicidade, amizade e respeito recíproco entre as nações. Oficialmente, Diadema possui duas cidades-irmãs: Santiago de Cuba, em Cuba (lei municipal nº 2 582, de 26 de dezembro de 2006),[66] e Okinawa, no Japão (lei municipal nº 2 668, de 14 de setembro de 2007).[67]

Subdivisões

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Diadema é formado apenas pelo distrito-sede e, segundo divisão oficial estabelecida pelo Plano Diretor Municipal, reconhecida pelo IBGE, o município é dividido em onze bairros, sendo Taboão o mais populoso, com mais de 48 mil habitantes, e Eldorado o maior em área, com 6,69 km². Já o orçamento participativo divide Diadema em treze regiões, incluindo a região de Paineiras no bairro do Taboão, a região de Piraporinha no bairro Vila Nogueira, Promissão em parte dos bairros Casa Grande e Vila Nogueira e Inamar em Serraria.[2][68]

Os bairros de Diadema se dividem em sub-regiões, sendo algumas delas: Jardim Santa Rita; Jardim Remanso; Jardim Paineiras; Jardim Marilene; Jardim Elisa; Vila Conceição; Jardim Ana Sofia; Jardim Santa Dirce; Jardim Ruyce; Jardim das Paineiras; Vila Nogueira; Vila Alice; Jardim Rey; Jardim Donini; Jardim Maria Leonor; Jardim Nações; Vila Santa Maria; Jardim Maria Tereza; Jardim do Parque; Jardim Rosinha; Jardim Abc; Parque Reid; Vila Marques; Jardim Amália; Vila Santa Cecilia; Jardim União; Vila Santa Terezinha; Vila Nova Santa Luzia; Jardim Novo Lar; Jardim dos Navegantes; Jardim Bela Vista; Jardim dos Campeões; Vila Ida; Vila São Vicente; Vila Elida; Vila São José; Jardim Mombae; Jardim das Nações; Jardim Portinari; Sapopema; Parque Real; Jardim Conceição; Jardim São Judas Tadeu; Parque Sete de Setembro; Parque Jabuticabeiras; Jardim Tiradentes; Parque Mamede; Vila Poente; Jardim dos Eucaliptos; Jardim Arco-iris; Jardim Santa Elizabeth; Jardim Pitangueiras; Jardim Gabriel Correia; Jardim Santa Cândida; Vila Nova Conquista; Vila Goyotin; Vila Socialista; Jardim Diadema; Vila Mulford; Chácara Húngara; Vila Santa Antonia; Vila Lidia; Jardim Tijuco; Parque Galicia; Vila Paulina; Sitio Joaninha; Jardim Recanto; Jardim Iran; Jardim Alvorada; Jardim Padre Anchieta; Jardim Maravilha; Jardim Promissão; Jardim Paineiras; Jardim ABC.[carece de fontes?]

Bairros oficiais de Diadema (IBGE/2010)
Bairro Área (km²)[2] População[68] Bairro Área[2] População[68]
Campanário 1,959 32 275 Inamar 1,195 21 459
Canhema 2,050 23 686 Piraporinha 2,753 25 070
Casa Grande 2,738 38 218 Serraria 2,270 31 678
Centro 4,129 42 867 Taboão 2,305 48 640
Conceição 2,858 47 143 Vila Nogueira 1,762 31 141
Eldorado 6,690 42 637 - - -

Economia

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Vista parcial do centro de Diadema

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Produto Interno Bruto (PIB) de Diadema, em 2011, era de 11 786 624 mil reais (0,28% do PIB nacional), sendo o 71º maior do Brasil e o décimo terceiro maior do estado. Desse total, 1 866 358 mil são de impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O PIB per capita é de R$ 30 332,87. Por não possuir habitantes na zona rural, a economia de Diadema possui pouca relevância no setor primário e apenas R$ 355 mil do PIB total destinam-se a atividades primárias.[5][69]

No setor secundário, Diadema é um dos grandes e importantes centros industriais do estado de São Paulo. A industrialização começou na década de 1950, ainda quando distrito de São Bernardo do Campo, o que motivou o desejo de emancipação do distrito e a consequente criação do município. Nos dias atuais, Diadema integra a Região do Grande ABC, juntamente com os municípios de Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, e é um grande polo industrial de autopeças e cosméticos, além da grande expansão das indústrias de borracha, de material de transporte, metalúrgica e química.[19] De acordo com dados do IBGE, em 2011 o Produto Interno Bruto municipal do setor secundário era de R$ 4 554 841 mil reais.[69]

Já o PIB do setor terciário era de R$ 5 365 070 mil.[69] Conforme um estudo publicado em 2010 pela revista Você S/A, Diadema encontra-se na 79ª posição dentre os cem melhores municípios brasileiros para se construir uma carreira profissional.[70] A taxa de atividade da população acima dos dezoito anos era de 71,53% e a de desocupação era de 8,96% (2010).[43] Existiam ainda 10 207 unidades de empresas locais, sendo 9 945 atuantes.[71]

Infraestrutura

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Diadema possuía, em 2010, 117 344 domicílios, todos situados na zona urbana.[72] Desse total, havia 103 404 casas (88,12%), 12 163 apartamentos (10,37%), 614 casas de vila ou em condomínio (0,52%) e 1 163 habitações em casa de cômodos e/ou cortiços (0,99%).[73] Em relação à condição de ocupação dos domicílios, existiam 75 656 domicílios próprios (64,47%), sendo 68 409 já quitados (58,3%) e 7 247 em processo de aquisição (6,18%); 30 502 alugados (25,99%); 10 064 cedidos (8,58%), sendo 566 por empregador (0,48%) e 9 498 de outra maneira (8,09%) e os 1 122 restantes eram ocupados sob outras condições (0,96%).[74]

No quesito de abastecimento de água, 116 672 domicílios eram abastecidos pela rede geral (99,43%); 209 através de poços ou nascentes (0,18%), sendo 182 na própria propriedade (0,16%) e 27 fora da propriedade (0,02%); doze por meio de rios, açudes, lagos e/ou igarapés (0,01%) e 451 de outras maneiras (0,38%).[75] Em relação à energia elétrica, 117 312 domicílios eram abastecidos (99,97%)[76] e, na questão de destino do lixo, 116 888 domicílios destinavam-o à coleta (99,61%), sendo 112 928 por meio de serviço de limpeza (96,24%) e 3 960 por meio de caçambas (3,37%).[77]

Saúde

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O governador Laudo Natel e o presidente da Samcil Luiz Roberto Silveira Pinto (de terno claro) inauguram o Hospital Popular Bom Jesus de Piraporinha (atual Hospital Municipal de Diadema) em julho de 1971 (Arquivo Público do Estado de São Paulo)

Segundo dados de 2001, Diadema possuía 77 estabelecimentos de saúde, sendo 49 privados e 28 públicos. 31 deles prestavam atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS). Existiam 562 leitos para internação, sendo 447 públicos e 115 particulares.[78] Em 2010, existiam 1 537 médicos, 829 auxiliares de enfermagem, 666 técnicos de enfermagem, 390 enfermeiros, 158 cirurgiões-dentistas, setenta fisioterapeutas, 66 psicólogos, 46 assistentes sociais, 21 nutricionistas, 21 fonoaudiólogos e dezesseis farmacêuticos, totalizando 3 154 profissionais de saúde.[79] No mesmo ano, a expectativa de vida ao nascer era de 75,7 anos, a taxa de mortalidade infantil era de 13,9 por mil nascimentos e a taxa de fecundidade era de 1,7 filhos por mulher.[43] Em 2012, 93,3% das crianças menores de 1 ano de idade estavam com a carteira de vacinação em dia e 62 353 crianças menores de dois anos foram pesadas pelo Programa Saúde da Família (PSF), sendo que 0,7% do total estava desnutrido.[51][80] Segundo dados do Ministério da Saúde, 1 603 casos de AIDS foram registrados em Diadema entre 1987 e 2012 e, entre 2001 e 2011, foram notificados 936 casos de doenças transmitidas por mosquitos, 906 de dengue, 21 de leishmaniose e nove de malária.[81]

Diadema pertence ao I Departamento Regional de Saúde do estado de São Paulo, que está sediado na capital paulista e reúne os 39 municípios da Grande São Paulo.[82] Um importante centro de saúde do município e da região do ABC é o Hospital Estadual de Diadema (HED) está situado no bairro Serraria, é administrado pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina e foi inaugurado em 2000, sendo uma referência em especialidades ambulatoriais e exames de apoio diagnóstico.[83][84][85] Há também o Hospital e Maternidade São Lucas, localizado no Centro, único hospital privado de Diadema, inaugurado em 1966, oferecendo tanto serviços de berçário, centro cirúrgico, centro obstétrico, clínica médica, maternidade, recuperação pós-anestésica, unidade pediátrica e Unidade de Terapia Intensiva (UTI),[86][87] além disso, temos também o Quarteirão da Saúde, inaugurado em maio de 2008, com serviços de atendimento ambulatorial e média complexidade.[88][89] Outros hospitais também localizados em Diadema são o Hospital Infantil (fechado e sem previsão de reabertura)[90] onde hoje é a UBS Nações, localizada no bairro do Taboão, e o Hospital Municipal de Diadema (HMD), localizada no bairro de Piraporinha.[91]

Educação

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No ano de 2009, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) das escolas estaduais era de 5,6, enquanto que o índice das escolas municipais era de 5,2.[92] O município contava, em 2009, com aproximadamente 93 753 matrículas, 4 041 docentes e 293 escolas nas redes públicas e particulares.[93] Há ainda três instituições de ensino superior; são elas a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP),[94] ao Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec)[95] e Faculdade Diadema (FAD),[96] além de instituições de ensino técnico, como a Fundação Florestan Fernandes,[97][98] o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai),[99][100] a Escola Técnica Estadual (ETEC),[101][102] Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e do Ministério da Educação (MEC), o índice de analfabetismo no ano de 2000 entre pessoas de 18 a 24 anos de idade era de 1,7%[103] e o de alfabetização era de 93,8%.[104] A taxa bruta de frequência à escola era de 83,90%, onde 127,330% era a média de pessoas frequentam o fundamental em relação à população de 7 a 14 anos; 105,840% era de pessoas frequentam o ensino médio em relação à população de 15 a 17 anos; e 11,690% de pessoas frequentam curso superior em relação à população de 18 a 22 anos. A taxa bruta de frequência à escola naquele ano era de 86,130%.[105] 8 430 habitantes possuíam menos de 1 ano de estudo ou não contava com instrução alguma.[106] CEFAM (centro específico de formação aperfeiçoamento do magistério).

Educação de Diadema em números[93]
Nível Matrículas Docentes Escolas (total)
Ensino pré-escolar 9 833 464 90
Ensino fundamental 66 117 2 627 156
Ensino médio 1 476 950 47

Criminalidade e segurança pública

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Brasão da PMSP.

Como na maioria dos municípios médios e grandes brasileiros, a criminalidade ainda é um problema em Diadema. Em 2008, a taxa de homicídios no município foi de 36,3 para cada 100 mil habitantes, ficando na 5ª posição a nível estadual e no 332° lugar a nível nacional.[107] A taxa de homicidios foi 16.8 em 2019.[108] O índice de suicídios naquele ano para cada 100 mil habitantes foi de 3,6, sendo o 183° a nível estadual e o 1571° a nível nacional.[109]

De acordo com dados do "Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008", também publicado pelo Instituto Sangari, Diadema ocupava a sétima posição entre os dez municípios paulistas com maiores taxas para grupos com cem mil habitantes, com uma taxa de 45,8, sendo menor apenas que Caraguatatuba (70,4), São Sebastião (60,6), Itapecerica da Serra (56,8), Ibiúna (49), Pedro de Toledo (48,4), Juquitiba (46,9) e superando Itaquaquecetuba (45,1), Francisco Morato (45,1) e Embu-Guaçu (43,3).[110]

A queda de homicídios por causas relacionadas à violência urbana se deve a diversas medidas tomadas pela Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP), Prefeitura de Diadema (lei seca) e da Polícia Civil do Estado de São Paulo a qual implantou em todas as Delegacias o Registro Digital de Ocorrência (RDO), adotado em mais 46 municípios do estado de São Paulo, além da criação de uma Delegacia especializada em crimes de homicídio. O RDO permite que os boletins de ocorrência (BOs) feitos nas unidades policiais civis sejam padronizados via intranet, armazenados em bancos de dados e consultados por outros órgãos policiais.[111]

Serviços, transportes e comunicação

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Terminal de trólebus e ônibus no centro de Diadema
 
Antigo ônibus da extinta Empresa de Transporte Coletivo de Diadema (ETCD)

O serviço de abastecimento de água de todo o município foi realizado pela Companhia de Saneamento de Diadema (Saned) a partir de 1995.[112] No final de 2008, a Companhia de Saneamento de Diadema e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) e o governo do estado assinaram um protocolo permitindo que as instituições estadual e municipal concedam os serviços de água e esgoto na Região Metropolitana de São Paulo,[113] mas ambas as empresas não finalizaram o processo para levantamento de dados e não se sabe ainda a dívida exata entre as empresas.[114] Houve uma proposta de junção entre Saned-Sabesp,[114] que preocupava funcionários,[115] mas a Câmara Municipal pretendeu corrigir essa fusão,[116] pois essa situação só foi resolvida em 31 de março de 2014, quando a SABESP reassumiu após 18 anos, o sistema de abastecimento de água e esgoto da cidade. Já o abastecimento de energia elétrica é feito pela Enel Distribuição São Paulo, antiga Eletropaulo, que atende a 24 dos 39 municípios da região metropolitana.[117]

Ainda há serviços de internet discada e banda larga (ADSL) sendo oferecidos por diversos provedores de acesso gratuitos e pagos. Na telefonia fixa a cidade era atendida pela Companhia Telefônica da Borda do Campo (CTBC)[118] até 1998, quando esta empresa foi privatizada e vendida juntamente com a Telecomunicações de São Paulo (TELESP) para a Telefônica,[119] sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[120] para suas operações. O serviço telefônico móvel, por telefone celular, é oferecido por diversas operadoras.

O transporte municipal por ônibus é atendido pela empresa Suzantur Diadema e o intermunicipal pela Next Mobilidade. O sistema de transporte público em Diadema é feito por dois terminais metropolitanos: o Terminal Metropolitano Diadema,[121] e o Terminal Metropolitano Piraporinha.[122] A frota municipal no ano de 2009 era de 121 393 veículos, sendo 82 242 automóveis, 3 563 caminhões, 461 caminhões tratores, 5 795 caminhonetes, 591 micro-ônibus, 25 479 motocicletas, 2 717 motonetas, 516 ônibus e apenas 29 trator de roda.[123] Nas proximidades do município passam a BR-101, que liga Touros, no estado do Rio Grande do Norte, a Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul, atravessando doze estados brasileiros, a Via Anchieta (SP-150), que liga São Paulo ao Porto de Santos, em Santos[124] e o trecho sul do Rodoanel Mario Covas (SP-21). Outra rodovia que passa por Diadema é a Rodovia dos Imigrantes (SP-160), que inclusive, corta o município, ligando São Paulo a Praia Grande. Ao todo, essa rodovia tem 58,5 quilômetros de extensão,[124][125] e a Estrada Pedreira Alvarenga (SP-176) que liga São Paulo, Diadema e São Bernardo do Campo, Possui 19,5 quilômetros de extensão.[126][127]

Há transmissão de canais nas faixas Very High Frequency (VHF) e Ultra High Frequency (UHF). O município conta com algumas rádios, sendo algumas delas com transmissão modulação em amplitude (AM) e outras em modulação em frequência (FM), como a Rádio Imprensa S/A e a Rádio Novo Mundo Ltda.[128] Existem ainda alguns jornais em circulação, como o Diário Regional,[129][130] o Diário do Grande ABC,[131] o Jornal Folha do Dia[132] e o Jornal de Diadema.[133]

Cultura

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Apresentação da Companhia de Danças de Diadema em Votuporanga, noroeste paulista[134]
 
Centro Cultural Eldorado em 2014
 
Bloco da Moça no carnaval de 2020

A Secretaria de Cultura é um órgão responsável por estabelecer e atuar na área cultural de Diadema, com o objetivo de promover o estímulo e acesso aos bens culturais, respeitando a diversidade e incluindo a inclusão etária e social. Essa instituição engloba, ao todo, nove bibliotecas, dez centros de memória, em um total de vinte e cinco equipamentos, que são promovidos em todo o município.[135] Em Diadema há os seguintes feriados municipais: 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e 8 de dezembro, Aniversário da Cidade.

O artesanato é uma das formas mais espontâneas da expressão cultural diademense. Em várias partes do município é possível encontrar uma produção artesanal diferenciada, criada de acordo com a cultura e o modo de vida local e feita com matérias-primas, como principalmente o bordado e a madeira, além de materiais recicláveis.[136] Alguns grupos regionais, como a Associação dos Artesãos e Artistas Plásticos de Diadema, reúnem diversos artesãos, disponibilizando espaço para confecção, exposição e venda dos produtos artesanais. Normalmente essas peças são vendidas em lojas de artesanato, exposições ou feiras, como a Feira de Artesanato de Diadema, realizada semanalmente aos sábados, no Centro, desde 2006, contando com barracas de vendas de comidas caseiras, utensílios domésticos, sabonetes, bonecas de biscuit, objetos para decorações, camisetas, bijuterias, ervas medicinais e flores feitas de garrafas pet.[137]

Além da feira de artesanato, o município conta com inúmeros eventos,[138] como o Carnaval, realizado antes do início da Quaresma,[139] e a Festa da Imaculada Conceição, padroeira do município, no dia 8 de dezembro.[140]

Pontos turísticos

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Diadema conta com quatro importantes pontos turísticos:

  • Borboletário: primeiro borboletário da Região Metropolitana de São Paulo, criado em 2005 e com 190 metros quadrados de área. Foi construído com o objetivo é contribuir com um projeto de educação ambiental, desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente. No local, são liberados entre cinquenta e 250 borboletas semanalmente, além viverem duas espécies adultas de insetos e cerca de trinta espécies de plantas;[141]
  • Jardim Botânico: principal cartão-postal de Diadema. Possui mais de duzentas espécies nativas diferentes de plantas, principalmente de Mata Atlântica, desde as de porte pequeno (como as forrações) às de grande porte (arbóreas). É também utilizado em atividades de educação ambiental de escolas municipais e/ou de outras localidades;[18]
  • Museu de Arte Popular (MAP): foi inaugurado em 2007. Nele, estão, reunidas, centenas de obras de importantes artistas populares nacionais, como Aécio de Andrade e João Cândido da Silva. Está localizado no localizado no Centro Cultural de Diadema, sendo considerado o primeiro museu de gênero do ABC paulista;[142]
  • Observatório Astronômico: foi inaugurado em 1992, no Bairro Inamar, e é onde ocorre a observação de astros, planetas, estrelas e outros corpos do Sistema Solar. Conta com um telescópio do modelo MEADE, que está instalado em uma torre com nove metros de altura, três andares, numa altitude em 830 metros;[143]
  • Fábrica de Cultura: é a primeira unidade fora da cidade de São Paulo. Inaugurada em 2018, a unidade oferece à população centenas de atividades gratuitas como circo, música, teatro, fotografia, vídeo e muito mais, sendo que a rede é um dos principais programas do Governo do Estado de São Paulo. A unidade também oferece cursos de diversas linguagens artísticas, oficinas, biblioteca e workshops, entre outras atividades.[144][145]

Esporte

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A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer é a instituição responsável por controlar, supervisionar, coordenar e orientar as atividades esportivas em Diadema,[146] tendo como principal objetivo é estabelecer as estratégias de desenvolvimento, execução de programas, atividades e projetos, onde o principal objetivo é o asseguramento, otimização e maximização dos recursos.[146]

Assim como em grande parte do país, em Diadema o esporte mais popular é o futebol. O clube de futebol profissional da cidade é o Esporte Clube Água Santa, fundado em 1981 como um clube de futebol amador, que veio a aderir o profissionalismo em 8 de dezembro de 2011. O clube disputou pela primeira vez em 2016, o Campeonato Paulista de Futebol - Série A1, sendo que no dia 27 de março de 2016, feriado de Páscoa, o clube conseguiu uma vitória histórica sobre o Palmeiras, goleando o clube por 4 a 1.[147][148] O clube chegou à final do Campeonato Paulista em 2023,[149] e no ano seguinte, disputou pela primeira vez a Copa do Brasil e a Série D do Campeonato Brasileiro.[150][151] A cidade conta com o Estádio Municipal José Batista Pereira Fernandes, o Distrital do Inamar, com capacidade atual para 10 mil pessoas.[152]

Referências

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