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História do IFRJ

História do Instituto Federal do Rio de Janeiro - IFRJ

 

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) teve como origem o Curso Técnico de Química Industrial (CTQI), criada na década de 1940, em um momento no qual a área de química industrial era de interesse estratégico nacional. O curso era integrante da Rede Federal de Ensino Industrial e iniciou suas atividades com uma única turma de 24 alunos, nas dependências da antiga Escola Nacional de Química da Universidade do Brasil (atual UFRJ). Em 1946 foi transferido para as instalações da Escola Técnica Nacional (ETN), hoje CEFET/RJ, onde permaneceu por 39 anos.

Em 1959 o então Curso Técnico de Química Industrial (CTQI) foi transformado em Escola Técnica de Química (ETQ), passando a ser uma autarquia educacional.

Entre os anos1965 e 2008, a instituição teve várias denominações e institucionalidades (Escola Técnica Federal de Química da Guanabara – ETFQ-GB, Escola Técnica Federal de Química do Rio de Janeiro – ETFQ-RJ, Unidade de Ensino Descentralizada de Nilópolis- UnED e Centro Federal de Educação Profissional e Tecnológica de Química de Nilópolis – CEFETQ).

Em 29 de dezembro de 2008, através da Lei nº 11.892, o então CEFET Química de Nilópolis foi transformado em Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) e no mesmo ato foi integrado a instituição o então Colégio Agrícola Nilo Peçanha (à época vinculado à Universidade Federal Fluminense), criado em 1910.

Atualmente o IFRJ é constituído pela Reitoria (Rio de Janeiro) e por 15 campi: nos municípios de Arraial do Cabo, Belford Roxo, Duque de Caxias, Engenheiro Paulo de Frontin, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Paracambi, Pinheiral, Realengo, Resende, Rio de Janeiro, São Gonçalo, São João de Meriti e Volta Redonda.

O IFRJ atua nos diferentes níveis e modalidades de ensino, desde a Formação Inicial e Continuada, passando pelo ensino Técnico de Nível Médio e Graduação até a Pós-Graduação lato e stricto sensu, com cursos presenciais e a distância.

A instituição desenvolve pesquisa em vários campos do saber, visando à inovação tecnológica e a divulgação e popularização da Ciência; bem como, extensão, com significativas ações de inclusão social de jovens e adultos, de população em situação de vulnerabilidade social e de pessoas com deficiência.

1945 - Curso Técnico de Química Industrial (CTQI)

Com o Decreto-Lei nº. 4.127 de fevereiro de 1942 foi criada a Escola Técnica de Química, cujo funcionamento só se efetivou em seis de dezembro de 1945, com a instituição do Curso Técnico de Química Industrial (CTQI) pelo Decreto-Lei nº. 8.300. De 1945 a 1946, o CTQI funcionou nas dependências da Escola Nacional de Química da Universidade do Brasil, que hoje é denominada de Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Em 1946, houve a transferência dessa Escola para as dependências da Escola Técnica Nacio-nal (ETN), onde atualmente funciona o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ). Cabe ressaltar que, durante quatro décadas, a Instituição permaneceu funcionando nas dependências da ETN/ETF/CEFET-RJ, utilizando-se três salas de aula e um laboratório. Apesar de a Instituição possuir instalações acanhadas, o seu quadro de servidores de alta qualidade e comprometido com os desafios de um ensino de excelência conseguiu formar, em seu Curso Técnico de Química, profissionais que conquistaram cada vez mais espaço no mercado de trabalho.

Em 16 de fevereiro de 1956, foi promulgada a Lei nº. 3.552, segunda Lei Orgânica do Ensino Industrial. O CTQI adquiriu, então, condição de autarquia e passou a se chamar Escola Técnica de Química (ETQ) e, posteriormente, Escola Técnica Federal de Química (ETFQ).

1947 - Escola Agrícola Nilo Peçanha

Por meio do Decreto nº 7622 de 21/10/1909, foi criado pelo Ministério da Agricultura o Posto Zootécnico Federal na sede da fazenda de Pinheiro, para funcionar como instituição de ensino essencialmente prático, que recebia alunos para divulgação de conhecimentos zootécnicos – tal marco torna o campus centenário. O Decreto nº 8366, de 10/11/1910, estabeleceu as normas de funcionamento do Posto Zootécnico Federal de Pinheiro e da escola, a partir de então chamada Escola Média de Agricultura, com a função de ministrar cursos de zootecnia, veterinária e indústria de laticínios.

Com a fusão da Escola de Agricultura anexa ao Posto Zootécnico Federal, da Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária e Escola Média da Bahia em 1916, foi criada a Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, que formou a primeira turma de Médicos Veterinários e em 1918 foi transferida para Niterói.

Um Patronato Agrícola funcionou em anexo ao Posto Zootécnico, que oferecia aos “menores desvalidos” os cursos primário e profissional, de acordo com o Decreto nº 13.706 de julho de 1919. Este patronato funcionou até o início dos anos 1930.

O Ensino Agrícola sofreu mudanças significativas após a revolução de 1930, dentre elas as relativas ao ensino primário. Uma das medidas foi a organização de apenas um modelo para o ensino primário agrícola, com a transformação dos patronatos em Aprendizados, chegando a dez o número total, distribuídos em vários estados, dentre eles o Rio de Janeiro. Em 1934 foi criado o Aprendizado Agrícola do Rio de Janeiro, no município de Campos, no Estado do Rio de Janeiro, transferido por meio do Decreto-lei nº 408, de 05/05/1938, para o município de Vassouras, no mesmo estado, e posteriormente pelo Decreto nº 8072, de 30/09/1940, para o quilômetro 47 da Rodovia Rio-São-Paulo.

Pelo Decreto-lei nº 1029 de 06/01/1939, passou a denominar-se Aprendizado Agrícola Nilo Peçanha. Pelo decreto nº 8072, de 09/04/1941, foi transferido para a Vila de Pinheiro, nas instalações da antiga Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, oferecendo cursos regulares e cursos supletivos de diferentes modalidades sobre Agricultura, Zootecnia e Indústrias Rurais e, como complemento à educação especializada, práticas de trabalho em madeira, ferro e couro.

Em 1947 teve seu nome transformado em Escola Agrícola Nilo Peçanha, oferecendo os cursos de Iniciação Agrícola e Mestria Agrícola.

​1956 - Escola Agrotécnica Nilo Peçanha (EANP)

Em 1956 seu nome foi alterado para Escola Agrotécnica Nilo Peçanha. Nos anos de 1958 a 1960 foi oferecido também o Curso de Extensão e Economia Doméstica Rural.

​1959 - Escola Técnica de Química (ETQ)

Em breve, contaremos um pouco mais de histórica aqui.

​1959 - Escola Técnica Federal de Química da Guanabara (ETFQ-GB)

Em breve, contaremos um pouco mais de histórica aqui.

​1959 - Escola Técnica Federal de Química do Rio de Janeiro (ETFQ-RJ)

Em 1981, a ETFQ, confirmando sua vocação de vanguarda e de acompanhamento permanente do processo de desenvolvimento industrial e tecnológico da nação, lançou-se na atualização e expan-são de seus cursos, criando o Curso Técnico de Alimentos. O ano de 1985 foi marcado pela conquista da sede própria, na Rua Senador Furtado 121/125, no bairro do Maracanã, Município do Rio de Janeiro.

Em 1988, o espírito vanguardista da Instituição novamente se revelou na criação do Curso Técnico em Biotecnologia, visando ao oferecimento de técnicos qualificados para o novo e crescente mercado nessa área.

Na década de 1990, a ETFQ-RJ foi novamente ampliada com a criação da Unidade de Ensino Descentralizada de Nilópolis (UNED), passando a oferecer os Cursos Técnicos de Química e o de Saneamento. Quando da criação do Sistema Nacional de Educação Tecnológica (Lei 8.948, de 8 de dezembro de 1994), previa-se que todas as escolas técnicas federais seriam alçadas à categoria de CEFET. A referida lei dispôs a transformação em CEFET das 19 escolas técnicas federais existentes e, ainda, após a avaliação de desempenho desenvolvido e coordenado pelo MEC, das demais 37 esco-las agrotécnicas federais distribuídas por todo o País.

1968 - Colégio Agrícola Nilo Peçanha (CANP)

O nome Colégio Agrícola Nilo Peçanha surgiu em 1964, mesmo ano em que o Posto Zootécnico foi transformado em Fazenda Regional de Criação, com a oferta dos cursos ginasial e colegial agrícola. Em 1965 e 1966 foi oferecido o curso técnico de Economia Doméstica Rural.

Em 1967 os órgãos de ensino do Ministério da Agricultura foram transferidos para o Ministério da Educação. Em 1968, o Colégio Agrícola Nilo Peçanha foi transferido para a Universidade Federal Fluminense, contribuindo para a política de interiorização dessa instituição. Em 1971 foi criado o curso Técnico em Agropecuária, que com o tempo passou a utilizar a maior parte da área ocupada pelo Posto Zootécnico de Pinheiro, desativado em 1975.

Originalmente com a missão de oferecer capacitação técnica na área de Agropecuária, em 2002 foi criado o primeiro curso em outra área profissional – o Curso Técnico em Meio Ambiente e, em 2007, foi criado o Curso Técnico em Agroindústria, na modalidade do PROEJA.

Como comentado anteriormente, em fins de 2008 o Colégio Agrícola Nilo Peçanha desvinculou-se da Universidade Federal Fluminense e passou a compor o Instituto Federal do Rio de Janeiro, já como campus. 

​1999 - Centro Federal de Educação tecnológica de Química de Nilópolis (CEFET Química)

Em 1999, já transformada em Centro Federal de Educação Tecnológica de Química, nos ter-mos da lei nº 8948 de 8 de dezembro de 1994, a ETFQ-RJ mudou sua sede administrativa para o mu-nicípio de Nilópolis-RJ. Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n° 9394 de 1996 (Brasil, 1996), e as edições do Decreto nº 2208 de 1997 (Brasil, 1997) e da Portaria MEC 646/97, as Instituições Federais de Educação Tecnológica, ficaram autorizadas a manter ensino médio desde que suas matrículas fossem independentes da Educação Profissional. Era o fim do Ensino Integrado. A partir de 2001, foram criados os Cursos Técnicos de Meio Ambiente e de Laboratório de Farmácia na Unidade Maracanã (UMar), e o Curso Técnico de Metrologia na Unidade Nilópolis (UNil). Além disso, houve a criação dos Cursos Superiores de Tec-nologia e os cursos de Licenciatura.
Em 2002, foi criado, na Unidade de Nilópolis, o Centro de Ciência e Cultura do CEFET Quí-mica/RJ, um espaço destinado à formação e treinamento de professores, divulgação e popularização da ciência e suas interações com as mais diversas atividades humanas.

O CEFET Química/RJ, em 2003, passou a oferecer a sua comunidade mais dois cursos de ní-vel superior: Curso Superior de Tecnologia (CST) em Produção Cultural (UNil) e CST em Processos Químicos Industriais (UMar).
Foram criados em 2004, o Curso Superior de Tecnologia (CST) em Química de Produtos Na-turais, o Curso de Licenciatura em Química e o Curso de Licenciatura em Física, todos na Unidade Nilópolis. Esse ano (2014), a Graduação em Química no atual campus Nilópolis faz dez anos de cria-ção e terá um evento educativo, científico, artístico e cultural nas suas comemorações.

Logo depois, em outubro de 2004, a publicação dos Decretos nº 5.225 e nº 5.224, que organi-zaram os CEFET definindo-os como Instituições Federais de Ensino Superior, passou a autorizar a oferta de cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, educação de jovens e adultos, ensino médio, educação profissional técnica de nível médio, ensino superior de graduação e de pós-graduação lato sensu e stricto sensu, educação continuada e licenciatura, além de estimular uma par-ticipação mais ativa no cenário da pesquisa e da pós-graduação do país. Vários projetos de pesquisa, que antes aconteciam na informalidade, passaram a ser consagrados pela Instituição, o que propiciou a formação de alguns grupos de pesquisa, o cadastramento no CNPq e a busca de financiamentos em órgãos de fomento.

Neste mesmo ano, se deu o início do primeiro Curso de Pós-Graduação Lato Sensu da Insti-tuição, na Unidade Maracanã, chamado de Especialização em Segurança Alimentar e Qualidade Nu-tricional. Ainda nesse ano, houve a aprovação de um projeto FINEP que possibilitou a criação e im-plantação do Curso de Especialização em Ensino de Ciências em agosto de 2005.

Em 2005, o CEFET Química de Nilópolis/RJ voltou a oferecer o Ensino Médio integrado ao Técnico, respaldado pelo Decreto nº. 5.154 de 2004 (BRASIL, 2004). Neste mesmo ano, com o De-creto 5.478, de 24 de junho de 2005, o Ministério da Educação criou o Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA),

2008 - Instituto Federal do Rio de Janeiro - IFRJ

Em 29 de dezembro de 2008, o CEFET Química foi transformado em Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, conforme a Lei nº 11.892. Esta transformação permitiu que todas as Unidades passassem a Campi, conforme a Portaria nº 04, de 6 de janeiro de 2009, bem como incorporou o antigo Colégio Agrícola Nilo Peçanha, pertencente na época à Univer-sidade Federal Fluminense, que passou a ser o Campus Nilo Peçanha – Pinheiral.

Ainda em 2009, foi criado o Campus Realengo, que também faz parte do Plano Nacional de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, iniciado no Governo do Presi-dente Luiz Inácio Lula da Silva. Situado na zona oeste do município do Rio de Janeiro, onde se con-centram os menores IDH’s2 do município, o Campus Realengo está voltado, prioritariamente, para a área da Saúde.

Ainda em 2009, dando prosseguimento à expansão dos cursos superiores na instituição, co-meçaram a ser ministrados, no campus Rio de Janeiro, o CST em Gestão Ambiental e o Bacharelado em Ciências Biológicas com Habilitação em Biotecnologia. Houve, também, a ampliação da oferta de cursos de pós-graduação, com o início do Curso de Especialização em Gestão Ambiental, no Campus Nilópolis. Em 2010 foi criado o Campus Avançado Engenheiro Paulo de Frontin e o Cam-pus Avançado Mesquita, dando continuidade ao plano de expansão da rede federal.

Em 2011, teve início o Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Alimentos no Campus Rio de Janeiro, consolidando a atuação da Instituição vários níveis do ensino tecnológico.

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