Por Memória Globo

Alex Carvalho/Globo

A região da Toscana também serviu de referência para a composição do visual dos personagens italianos da novela, que as figurinistas definiram como pessoas modernas e de alma elegante, vestidas com estilo, mesmo quando não estivessem trabalhando no campo.

No núcleo do “Rei do Lixo”, o destaque foi o figurino de Clô (Irene Ravache). A personagem, fã de roupas de marca, não sabia adequá-las às ocasiões e exagerava nos acessórios, usando uma maquiagem cuja paleta de cores ia do laranja ao dourado. Já Olavo (Francisco Cuoco), um homem elegante, usava roupas de boa qualidade, com tecidos nobres e bons cortes. O figurino de Jéssica (Gabriela Duarte), por sua vez, era composto por muitos laços e babados: a personagem estava sempre muito arrumada, tendo como referência as celebridades das revistas. Sua maquiagem era marcada por tons de rosa, prata e muito brilho.

Diferentemente de Clô, Bete Gouveia (Fernanda Montenegro) era uma mulher tradicional e prática, que usava muitas cores escuras para expressar em seu vestuário sua tristeza pela viuvez. Para viver a matriarca da família Gouveia, a atriz ganhou um corte chanel simétrico nos cabelos e uma maquiagem que tinha por base a cor marrom. A filha Melina (Mayana Moura), requintada, era uma lançadora de tendências. Estilista recém-chegada de Paris, tinha um estilo cosmopolita, inspirado nas últimas tendências do mundo da moda. No caso da personagem, o blog 'The Sartorialist', com fotos de fashionistas achados nas ruas das principais capitais do mundo, serviu de referência para a equipe de caracterização, assim como as últimas coleções das semanas de moda internacionais. A personagem usou bastante contorno preto nos olhos (delineador e cílios postiços) e esmaltes em diferentes tons escuros.

Fernanda Montenegro em Passione, 2010 — Foto: Paulo Belote/Globo

A sofisticada Stela (Maitê Proença) usava vestidos e calças de alfaiataria, escondendo seu lado sexy sob capas. O clássico 'A Bela da Tarde' (1967), de Luis Buñuel, foi a referência para a caracterização da personagem. De sua paleta de cores constavam o verde e o grafite, que realçavam a cor natural dos olhos da atriz. O cabelo louro em diferentes tons ganhou um corte na altura dos ombros. Os filhos, Danilo (Cauã Reymond) e Sinval (Kaiky Brito), traduziam o estilo de vida esportivo nas roupas que usavam no dia a dia.

Maitê Proença em Passione, 2010 — Foto: João Miguel Júnior/Globo

Diana (Carolina Dieckmann) tinha um guarda-roupa básico, composto por jeans, camisetas e vestidos leves. Maquiagem suave e realce nos olhos eram as características do make up da jornalista. A atriz teve seus cabelos alongados – pintados de castanho e cortados em camadas – e ganhou uma franja.

Carolina Dieckmann em Passione, 2010 — Foto: Zé Paulo Cardeal/Globo

Fred (Reynaldo Gianecchini) e Clara (Mariana Ximenes), como bons camaleões, mudavam o visual de acordo com as situações e as pessoas com quem se envolviam, tendo peças variadas para se adaptar às necessidades momentâneas. O visual de Clara foi inspirado na personagem de Liv Tyler no filme 'Beleza Roubada' (1996), de Bernardo Bertolucci, sendo composto por uma maquiagem leve e neutra. Os cabelos da atriz foram repicados e tingidos em diferentes tons de louro. Os fios foram alongados para marcar a dualidade da personagem: quando estivesse trabalhando como enfermeira, prenderia as mechas em um rabo de cavalo; fora do trabalho, os cabelos estariam soltos, adquirindo movimento.

Do núcleo do Tatuapé, destaque para o figurino de Felícia (Larissa Maciel), que começou a novela com um guarda-roupa tímido e delicado, características da personagem. No figurino, havia a predominância de cores claras e florais miúdos, além de batons opacos e sombras que davam efeito de olhos tristes. Sua transformação visual se traduziu em vestidos longos e decotados, de estamparia alegre. Sua mãe Candê, interpretada por Vera Holtz, tinha os cabelos brancos em corte chanel, num estilo simples e discreto. E a jovem Fátima (Bianca Bin) abusava dos esmaltes em cores vibrantes, como verde, amarelo e azul.

Vera Holtz em Passione, 2010 — Foto: Rafael França/Globo

A sórdida Valentina (Daisy Lúcidi) era o retrato do desleixo, com roupas desajustadas que não vestiam bem e deixavam as alças do sutiã à mostra, além de sobrancelha mal feita, batom borrado, unhas descascadas e cabelo em desalinho. Tudo para evidenciar a falta de vaidade da personagem.

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