Jeh passa por cirurgia e vai desfalcar a Ponte Preta no início de 2025
Jeh encerrou 2024 no topo da lista de artilheiros da Ponte Preta. Esse foi o segundo ano consecutivo do camisa 9 como principal goleador da Macaca, feito que não acontecia desde 2002.
O último jogador a repetir a artilharia do clube por pelo menos duas temporadas seguidas foi Washington. O "Coração Valente" foi pontepretano com mais gols nos anos de 2000, 2001 e 2002.
Mas além dos gols, o ano de Jeh foi marcado por polêmicas e lesões que atrapalharam a busca por um desempenho ainda melhor.
Jeh encerrou 2024 com 30 jogos e 11 gols. Os números ficaram abaixo de 2023, seu primeiro ano no Moisés Lucarelli, quando foi artilheiro com 13 gols em 37 jogos.
Artilheiros da Ponte Preta por temporada
Temporada | Jogador | Gols |
2024 | Jeh | 11 |
2023 | Jeh | 13 |
2022 | Lucca | 21 |
2021 | Moisés | 16 |
2020 | João Paulo | 10 |
2019 | Roger | 14 |
2018 | André Luís | 11 |
2017 | Lucca | 24 |
2016 | William Pottker | 14 |
2015 | Biro Biro | 13 |
2014 | Alexandro | 13 |
2013 | William Batoré | 29 |
2012 | Roger | 16 |
2011 | Ricardo Jesus | 21 |
2010 | Reis | 11 |
2009 | Danilo Neco | 18 |
2008 | Renato Cajá | 14 |
2007 | Alex Terra | 19 |
2006 | Tuto | 11 |
2005 | Roger | 15 |
2004 | Weldon | 11 |
2003 | Fabrício Carvalho | 12 |
2002 | Washington | 14 |
2001 | Washington | 45 |
2000 | Washington | 16 |
1999 | Luís Fabiano | 11 |
1998 | Régis | 13 |
No Campeonato Paulista, Jeh perdeu apenas um dos 13 jogos da Macaca. Ele terminou o estadual com quatro gols e atraiu o interesse de outras equipes, como Santos e Vitória.
A negociação com o Peixe, porém, não avançou como esperava o jogador. Frustrado, o atacante pediu para não jogar na estreia da Série B contra o Coritiba e foi substituído de última hora por Gabriel Novaes após conversas com o presidente Marco Antonio Eberlin.
- Não tenha dúvidas que o Jeh estava envolvido em uma transação. A diretoria jamais escondeu isso de nós. Mas temos que valorizar a camisa da Ponte. Muitas vezes atleta e empresário ficam insatisfeitos, tristes, mas não é unilateral. Tem que ser bom para os dois lados. Emprestando para o Santos a gente ia fortalecer um adversário e enfraquecer o nosso lado. É um cara que faz falta para a gente, como fez hoje. Procuro não me envolver nessas questões, mas tem que saber que a Ponte não vai mais vender jogador de graça. Tem que ser bom para os dois lados - justificou João Brigatti, então técnico, na ocasião.
Jeh voltou aos relacionados na partida seguinte, diante do Goiás, fora de casa. Escolhido como titular, ficou apenas 27 minutos em campo e foi substituído por Brigatti após uma série de eventos.
O camisa 9 perdeu pênalti, deu um carrinho no goleiro e recebeu o cartão amarelo. Temendo uma expulsão do jogador, o comandante da Macaca optou por tirá-lo na metade da etapa inicial.
Jeh perde pênalti em derrota da Ponte Preta para o Goiás
Depois disso, Jeh ainda perdeu outros quatro jogos com dores no joelho e amigdalite. Ele voltou a figurar entre os titulares somente na oitava rodada, diante do CRB, após a mudança na comissão técnica e a chegada de Nelsinho Baptista.
O problema é que o atacante não conseguiu emplacar grande sequência dentro de campo. Ele participou de 18 dos 38 jogos da Ponte Preta na Série B. Uma lesão de grau 2 na coxa direita o deixou afastado por mais de um mês, retornando na derrota para o Guarani no dérbi 208 - quando foi expulso já quando a partida havia sido encerrada.
Jeh não estava 100% (deveria ter ficado mais tempo na transição e ir entrando aos poucos nas partidas), mas teve a volta acelerada diante da necessidade do time, que caiu de rendimento sem o atacante e estava pressionado pela luta contra o rebaixamento, que se concretizou posteriormente.
A volta acelerada tirou Jeh da reta final da Série B e ainda fez com que o jogador passasse por um procedimento cirúrgico no final de novembro para reinserção do músculo reto femoral da coxa direita.
O tempo estimado para retorno aos gramados é de três a quatro meses.
A lesão também atrapalha os planos da diretoria alvinegra de negociar Jeh, visto como um dos principais ativos do clube no mercado. A ideia era vendê-lo na virada do ano para gerar receita diante das limitações financeiras provocadas pela queda à Série C.
Agora, com Jeh sem atuar pelos próximos meses, a tendência é que as consultas por ele esfriem até o retorno. O contrato entre o atacante e a Ponte vai até 30 de janeiro de 2027.
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