Nicole Silveira conquistou o bronze na Copa do Mundo de skeleton, na cidade sul-coreana de PyeongChang, neste sábado. É a primeira medalha brasileira numa Copa do Mundo de inverno em esporte olímpicos. Nicole mira os Jogos Olímpicos de Turim-Cortina, em 2026. A meta é um inédito pódio. O Brasil já soma medalhas em esportes de inverno entre os paralímpicos.
Nicole Silveira termina em 13° e garante segundo melhor resultado da história do Brasil nos Jogos de Inverno
Na semana passada, também em PyeongChang, Nicole levou o ouro na segunda etapa da Copa da Ásia de skeleton, vencendo sua noiva, a belga Kim Meylemans. Um dia antes, Kim tinha vencido a primeira etapa da disputa asiática, com a brasileira em segundo lugar. As duas treinam juntas.
Como veio o bronze
A prova de skeleton tem duas descidas. Na primeira, Nicole chegou a liderar depois das oito primeiras curvas, mas perdeu tempo na parte final da descida, completando no tempo de 54s56, 13º lugar. A brasileira fez uma prova de recuperação na segunda descida para garantir a medalha inédita. Fez o percurso em 53s98, totalizando a disputa com 1min48s54. Logo depois de Nicole, as condições do gelo pioraram, o que fez adversárias terem tempos piores. Nicole ganhou 10 posições na soma geral dos tempos, assegurando o bronze.
Seu melhor resultado em Copas do Mundo era o sétimo lugar na etapa de Innsbruck (Áustria), em 2023.
Esta foi a primeira das oito etapas da Copa do Mundo de skeleton. Nicole, com o bronze, aparece em terceiro no ranking (200 pontos), atrás da britânica Amelia Coltman (225, ouro neste sábado), e da austríaca Janine Flock (210, e prata em PyeongChang).
A cidade sul-coreana recebe a segunda etapa neste domingo, a partir das 4h (de Brasília).
Quem é Nicole
Nascida no Rio Grande do Sul, Nicole mora no Canadá desde os 7 anos. Ela tem a melhor marca da história do Brasil em Mundiais de skeleton, ficando em 13º lugar no início de 2024. Mesma posição que a brasileira conquistou nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022. Hoje com 30 anos, Nicole começou a competir no skeleton em 2018. Na infância, praticou dança e ginástica artística. Pouco depois, morando no Canadá, migrou para o vôlei e também futebol, atuando na modalidade por 10 anos. A brasileira já foi fisiculturista e competiu na modalidade até 2017. Além de todos os esportes, a Nicole ainda é enfermeira e chegou a conciliar o esporte com a faculdade e o estágio.
Veja também