A MotoGP, principal categoria da motovelocidade, se vê num conflito para encerrar sua temporada 2024. A próxima e última etapa está marcada para acontecer entre 15 e 17 de novembro, com o GP da Comunidade Valenciana. Mas Valência foi uma das cidades atingida na terça-feira com uma tempestade que já resultou em 158 mortes no país, além de mais desaparecidos. A chuva estimada para um ano caiu num intervalo de cerca de 8h.
Apesar de as autoridades locais terem garantido que a pista do circuito Ricardo Tormo não foi afetada, as vias de acesso e estacionamento precisarão de reparos. Em meio as atividades da penúltima etapa, neste próximo fim de semana, na Malásia, os pilotos têm se dividido nas opiniões.
Enchentes devastam cidade de Valencia
Vice-líder do campeonato com a Ducati, Francesco Bagnaia já avisou que não correria em Valência se o local da prova for mantido.
- Depende de onde for feito, porque não creio que seja certo correr em Valência, de qualquer forma. Espero sinceramente que tenham em conta que eticamente, com o que está acontecendo, não é a situação correta. Mesmo que custe não ganhar o título, não estou disposto a correr em Valência - disse o piloto italiano em Sepang. Ele está 17 pontos atrás do líder do campeonato Jorge Martín.
A Dorna, empresa detentora dos direitos da modalidade, e a Federação Internacional de Motociclismo (FIM) ainda procuram a solução para o fim da temporada. O fato é que não querem que o campeonato termine na Malásia neste fim de semana. A primeira opção, porém, ainda é o circuito Ricardo Tormo. Presidente da FIM, Jorge Viegas explicou a posição.
- Há uma coisa que devo dizer: se não fizermos em Valência, será pior para toda a Comunidade Valenciana. Estamos trabalhando numa solução que agrade a todos e que seja justa e honre tudo o que aconteceu. Devemos apoiar o povo, mas se não o fizermos em Valência é pior, a economia vai sofrer - afirmou o dirigente a Sky Italia.
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