O tempo quente aliado à chuva faz com que a cidade de Araraquara (SP) intensifique as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Nesta época do ano, os casos de dengue, zika e chikungunya aumentam.
O município enfrentou uma epidemia de dengue no último verão. Foram 2.091 casos até junho, segundo a Vigilância Epidemiológica. Além disso, também foram registradas outras doenças transmitidas pelo mosquito: 143 pessoas tiveram zika e quatro chikungunya.
Casos
Desde julho, quando começa contagem dos novos casos, 12 pessoas já tiveram dengue em Araraquara. Outras cidades da região também registram casos da doença no novo ano dengue. Em Rio Claro, são nove confirmações e, em São Carlos, quatro ocorrências.
Aedes aegypti (Foto: Paulo Chiari/EPTV)
Para tentar evitar que mais pessoas fiquem doentes, equipes da Vigilância em Saúde intensificaram as ações de combate. No Jardim Brasil, em Araraquara, os agentes vão de porta em porta para fazer o trabalho de prevenção, que é recolher qualquer material que possa acumular água e servir de criadouro para o mosquito.
“Nós temos que prevenir para não deixar para dezembro quando realmente o verão inicia. Você pode trabalhar o ano inteiro, se você descuidar uma semana, você está com problema sério”, garantiu o coordenador da Vigilância, Feiz Mattar.
Segundo ele, a população tem que fazer a sua parte no trabalho de prevenção. “Porque o problema está dentro das casas das pessoas. Se cada uma perder 15, 20 minutos para fazer as verificações nos locais onde possa ter criadouros, vão evitar que não tenhamos dengue”, disse.
Prevenção
A dengue causa dor no corpo e muitas pessoas ficam dias na cama. “Senti muita dor nas pernas, nos olhos, dor de cabeça, febre e muita fadiga”, contou a assistente social Michele Rodrigues, que já pegou dengue duas vezes, uma no ano passado e a outra há 20 dias. A filha dela, que tem 6 anos, também teve dengue.
Por mais que tome todos os cuidados, Michele tenta evitar a proliferação do mosquito. “Eu fico morrendo de medo de pegar a terceira vez porque dizem que é a pior”, disse Michele.
Na residência da dona de casa Magali Rigueira estava tudo certo após a visita dos agentes. Para evitar problemas, ela toma todos os cuidados para não ficar doente. “O que eu não quero para mim, não quero para os outros. Porque de repente se você não cuida aqui, vai para o teu vizinho. Só espero que o meu vizinho cuide também”, disse.
Medo
Por mais que ela tome todos os cuidados para tentar evitar a proliferação do mosquito, vive com medo. “Eu fico morrendo de medo de pegar a terceira porque dizem que é a pior”, disse Michele.
Na residência da dona de casa Magali Rigueira estava tudo certo após a visita dos agentes. Para evitar problemas, ela toma todos os cuidados para não ficar doente. “Porque o que eu não quero para mim, eu não quero para os outros. Porque de repente se você não cuida aqui, vai para o teu vizinho e eu não quero nem para o meu vizinho nem para mim, só espero que o meu vizinho cuide também”, falou.
Já na casa do aposentado Yolando Rodrigues, de 89 anos, os vasos das plantas têm furos para evitar que a água acumule, mas no ralinho do chão, uma surpresa, muitas larvas de mosquitos. “Eu assustei porque eu tenho os cuidados necessários e agora me aparece essa surpresa aí, me assustou”, contou Rodrigues.
“Agora a gente vai fazer a coletagem e levar para o nosso laboratório para fazer a verificação de como que está a situação para poder ter o controle e fazer o mapeamento da área”, explicou a agente de combate de endemias, Thizar Endi do Nascimento.