19/04/2016 12h47 - Atualizado em 19/04/2016 12h59

Matão confirma mais 739 casos de dengue e número sobe para 1.189

Também foram confirmados 67 casos de vírus da zika, chegando a 177.
Prefeitura recebeu resultados de exames do Adolfo Lutz nesta 3ª feira.

Do G1 São Carlos e Araraquara

Unidades de saúde de Matão estão recebendo pacientes com suspeita de zika (Foto: Marlon Tavoni/EPTV)Unidades de saúde de Matão recebem pacientes com suspeita de zika e dengue (Foto: Marlon Tavoni/EPTV)

A Prefeitura de Matão (SP) confirmou nesta terça-feira (19) mais 739 casos de dengue. Com isso, o número de pessoas que contraiu a doença subiu para 1.189. Também foram confirmados mais 67 casos de vírus da zika, totalizando agora 177 registros. O município ainda não registrou nenhuma ocorrência de chykungunya.

Segundo a assessoria de imprensa, o número elevado de casos divulgados nesta terça-feira foi devido a cidade ter recebido com atraso alguns resultados de exames feitos no Instituto Adolfo Lutz, em Ribeirão Preto.

Região
No município vizinho Araraquara, foram registrados em uma semana 246 casos de dengue, com uma média de 35 pessoas contaminadas por dia. No total, a cidade já tem 922 confirmações da doença. Também foram registrados 33 novos casos de vírus da zika, elevando o total para 48. A cidade ainda tem sete casos de chikungunya.

Outra cidade que teve aumento de casos de dengue foi São João da Boa Vista, com mais sete confirmados, totalizando 78 ocorrências. A cidade não tem casos de vírus da zika nem chikungunya.

Em Vargem Grande do Sul, foram mais 10 casos de dengue confirmados, totalizando 107. A cidade não tem casos de zika nem chikungunya.

 

Epidemia em Matão
Pelos cálculos da Organização Mundial de Saúde (OMS), o município já estaria com epidemia da doença, mas durante entrevista coletiva na última semana o prefeito Chico Dumont (PT) declarou que não é preciso decretar essa situação.

"Não se fala mais epidemia, mas se fala em estado de emergência conforme o controle de Vigilância Epidemiológica. A partir da morte de uma pessoa com suspeita de dengue, foi o que aconteceu no hospital no dia 13 de março, a partir daí automaticamente já estava o estado de emergência, estado de epidemia", disse o prefeito.

Parâmetro
O parâmetro de epidemia é de 300 casos para cada 100 mil habitantes, segundo a OMS. Como Matão tem aproximadamente 80 mil moradores, com 240 confirmações já poderia ter publicado o decreto.

A prefeitura também informou que continua com as atividades de nebulização e bloqueio de casa em casa para combater o mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença, o vírus da zika, a chykungunya e a febre amarela.

 

Vírus da zika
Na última terça-feira (12), os casos de vírus da zika subiram de 96 para 110. Com as 67 confirmações divulgadas nesta terça-feira, os casos subiram para 177. Essas ocorrências já incluem outros três, sendo duas grávidas e uma professora de inglês, que foram confirmados através de exames.

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, os bebês das grávidas de 6 e 7 meses, respectivamente, passam bem. Em fevereiro, uma professora de inglês de 48 anos foi confirmada com a doença.

A doença
Identificado pela primeira vez no país em abril de 2015, o vírus da zika tem provocado intensa mobilização das autoridades de saúde no país. Enquanto a doença costuma evoluir de forma benigna – com sintomas como febre, coceira e dores musculares – o que mais preocupa é a associação do vírus com outras doenças. O Ministério da Saúde já confirmou a relação do vírus da zika com a microcefalia e investiga uma possível relação com a síndrome de Guillain-Barré.

  Aedes aegypti, mosquito transmissor de zika, dengue, chikungunya e febre amarela, é visto sobre pele  humana em laboratório  (Foto: Luis Robayo/AFP) Aedes aegypti, transmissor da chicungunya,  zika,
dengue e febre amarela (Foto: Luis Robayo/AFP)

Os principais sintomas da doença provocada pelo vírus da zika são febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor muscular. A evolução da doença costuma ser benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em um período de 3 até 7 dias. O quadro de zika é muito menos agressivo que o da dengue, por exemplo.

Não há vacina nem tratamento específico para a doença. Segundo informações do Ministério da Saúde, os casos devem ser tratados com o uso de paracetamol ou dipirona para controle da febre e da dor. Assim como na dengue, o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina) deve ser evitado por causa do risco aumentado de hemorragias.

 

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