29/07/2016 06h57 - Atualizado em 29/07/2016 06h57

Campinas fecha 10.150 vagas de emprego no 1º semestre, diz Caged

Cidades da região fecharam, juntas, 13.751 postos de trabalho.
Na contramão, Vinhedo (SP) abriu 1.131 oportunidades no município.

Do G1 Campinas e Região

Campinas (SP) foi a cidade da região que mais fechou postos de trabalho no primeiro semestre deste ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados nesta quinta-feira (28). Foram 10.150 vagas fechadas.

Apesar disso, alguns municípios da região seguem na contramão do cenário. Vinhedo (SP) abriu 1.131 postos de trabalho entre janeiro e junho, o melhor índice já registrado na cidade desde 2013.

Ao total, foram 13.751 postos de emprego fechados no primeiro semestre nas 49 cidades da área de cobertura da EPTV, afiliada da TV Globo. Indaituba (SP) fechou 1.335 postos de trabalho. Logo depois está Americana (SP), com 1.096 vagas fechadas, seguida de Piracicaba (SP), com 1.057, e Limeira (SP), com 900.

Depois de Vinhedo está Espírito Santo do Pinhal (SP), que abriu 738 novas vagas. Logo após, Itapira (SP), com 715, São Pedro (SP), com 417, e Charqueada (SP), com 406 oportunidades.

Vinhedo segue na contramão e teve saldo positivo de vagas  (Foto: Reprodução/EPTV)Vinhedo segue na contramão e teve saldo positivo
de vagas (Foto: Reprodução/EPTV)

Particularidades
Segundo o economista Mário Guerreiro, as situações antagônicas podem ser explicadas pelas particularidades de cada uma das cidades, apesar de estarem próximas umas das outras.

"Todas têm as três áreas: serviço, indústria e agricultura. Mas uma tem um serviço mais forte, um foco maior na indústria e a outra em agricultura, então há essa heterogeneidade dentro da região. O caso de Campinas é particular por ter uma forte atuação na área industrial e de serviços", explica.

A diretora do PAT de Vinhedo, Suzel Von Zuben, comenta o resultado positivo e acredita em uma melhora ainda maior no próximo ano. "Acredito que seja na área de prestação de serviços, que tem aumentado com relação a restaurantes, serviços de portaria e de vigilância. A gente acredita que até o ano que vem a situação esteja mais normalizada", afirma.

Amigos encontraram alternativa em carros de churros em Campinas (SP)  (Foto: Reprodução/EPTV)Amigos encontraram alternativa em carros de churros
em Campinas (SP) (Foto: Reprodução/EPTV)

Para Neide Souza Coelho, a falta de vagas traz como consequência a depência dos filhos. "A sensação é de depender dos meus filhos de novo, é o que venho fazendo. Assim a gente vai levando e tem que olhar para trás, para eu ver que não sou só eu", desabafa.

Criatividade
O empreendedor Guilherme Servilha encontrou como alternativa se unir a um amigo para vender churros em potes. Em pouco tempo, o primeiro carrinho se transformou em três e o jovem afirma que o segredo para fugir da situação está na criatividade. "O negócio é a gente se reinventar, porque se ficarmos parados, você não consegue nada", afirma.

 

 

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