A Prefeitura de Itapetininga (SP) afirmou por meio de nota oficial que está tomando providências para dar continuidade ao atendimento no Hospital Regional de Itapetininga (SP). O hospital foi alvo de operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo Antissequestro de Sorocaba (SP).
Denominada "Atenas", a operação teve início na manhã desta terça-feira (11). Foram cumpridos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em Itapetininga e em outros sete municípios. A ação investiga um grupo criminoso que usava duas associações civis de fachada como forma de desviar recursos públicos destinados à área da saúde.
Dez pessoas foram detidas. Os policiais levaram documentos e computadores do Hospital Regional e na Prefeitura de Itapetininga. Na casa de um dos investigados foram apreendidos mais de R$ 1,5 milhão em dinheiro.
Segundo a polícia, a quadrilha agiria dentro do hospital e envolveria funcionários públicos.
Na nota divulgada à imprensa, a prefeitura afirmou que "até o momento não há nenhuma citação de envolvimento ilícito de agentes públicos municipais". Ainda segundo a prefeitura, toda documentação sobre o caso já havia sido encaminhada ao Ministério Público local e à Câmara de Vereadores "a partir de procedimento administrativo instaurado muito antes das denúncias".
A Prefeitura de Itapetininga afirmou ainda que "não há motivos para a população se preocupar e informou que está tomando todas as providências para dar continuidade no atendimento do Hospital Regional de Itapetininga".
As investigações começaram depois que o vice-prefeito e então Secretário de Saúde de Itapetininga, Geraldo Miguel de Macedo, declarou a existência de inúmeras irregularidades na execução do Termo de Parceria celebrado entre o Sistema de Assistência Social e Saúde (SAS) e a prefeitura para a administração do Hospital Regional de Itapetininga.
A apuração revelou que, embora constituídos na forma de Organizações Não Governamentais independentes uma da outra, o Instituto SAS e o Sistema de Assistência Social e Saúde (SAS) se confundem em uma única organização criminosa, administrada e comandada pelo mesmo líder.
Além de Itapetininga, também foram identificados contratos com indícios de irregularidades em hospitais de São Miguel Arcanjo, São Paulo, Americana, Araçariguama, Vargem Grande Paulista - todos no estado de São Paulo -, além do Rio de Janeiro (RJ) e Araranguá (SC).
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