29/01/2015 17h22 - Atualizado em 29/01/2015 17h22

Liminar suspende fechamento de cursos da Faculdade Evangélica

Decisão da Justiça também revê demissão de 135 professores da Fepar.
Instituição havia anunciado o fechamento de sete cursos no fim de 2014.

Daiane BaúDo G1 PR

Professores e alunos se reuniram na frente da Faculdade Evangélica nesta quarta (21) (Foto: Divulgação/Sinpes)Professores e alunos protestaram contra o fim dos
cursos (Foto: Divulgação/Sinpes)

Uma liminar concedida na manhã desta quinta-feira (29) pelo desembargador Arion Mazurkevic, do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), reverteu o fechamento de sete cursos de graduação e a demissão de 135 professores da Faculdade Evangélica do Paraná (Fepar), anunciados pela instituição no fim do ano passado.

Em dezembro de 2014, a Fepar anunciou o fechamento de sete cursos, com exceção de Medicina, além da demissão de 135 docentes. Os alunos de Enfermagem, Medicina Veterinária, Nutrição, Psicologia, Tecnologia em Gestão Ambiental, Fisioterapia e Teologia não poderiam realizar a rematrícula no início de 2015.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana (Sinpes), Valdyr Perrini, parte dos docentes começam a trabalhar na sexta-feira (30). “Já orientamos os coordenadores dos cursos a fazerem expediente na faculdade a partir de amanhã, colocando-se à disposição do interventor para viabilizar o cumprimento da decisão”, disse Perrini ao G1.

A Fepar e o Hospital Evangélico de Curitiba estão sob intervenção judicial desde dezembro. O médico Fabrício Carcardo Hito foi indicado como interventor para gerir as contas das instituições, e decidiu pelo fechamento dos cursos. A liminar concedida pelo TRT nesta quinta determina ao interventor a checagem das reais condições financeiras da faculdade, bem como a sugestão de alternativas econômicas para a instituição, de forma que os alunos e professores não sejam prejudicados.

Preocupação
A liminar que abriu a possibilidade de voltar para a instituição não tranquilizou alunos da Fepar. “A gente está mais preocupado que ansioso na verdade, porque temos medo de começar o curso na Evangélica e depois ouvir que vai fechar de novo”, contou Lucas Cechetto, estudante de Psicologia.

Segundo o vice-presidente do Sinpes, houve um acordo com a Universidade Tuiuti do Paraná e a Universidade Positivo (UP) para que as transferências dos alunos pudessem ser realizadas até o dia 6 de fevereiro. Os estudantes de Medicina Veterinária seriam absorvidos pela Tuiuti, e os alunos dos demais cursos deveriam seguir para a UP. No entanto, segundo Perrini, a maior parte dos estudantes da Fepar concordou em esperar até o dia 31 de janeiro para saber o qual seria o parecer do TRT.

A direção da Fepar foi procurada pela reportagem do G1, mas não retornou as ligações até a publicação desta reportagem.

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