O presidente Michel Temer fez um pronunciamento nesta quinta-feira (29), em Brasília. Ele começou falando sobre a importância da liberdade de imprensa para a democracia.
“Quando cumprimento vocês estou precisamente ressaltando a importância da imprensa livre no nosso país e tem feito um trabalho extraordinário para revelar a democracia no Brasil e naturalmente a força das nossas instituições. Eu falo em nome do governo brasileiro, para fazer essa saliência, esse ressalte, para dizer quão importante é a liberdade de imprensa no nosso país”, diz Temer.
Num balanço dos primeiros meses de governo, Temer não falou sobre crise política, nem as investigações da Lava Jato. O presidente disse que esse vai ser um governo reformista e destacou a boa relação com o Congresso.
“As reformas fundamentais que nós havíamos anunciado, a primeira delas, o teto dos gastos, já está definitivamente aprovada. A segunda, a reforma da Previdência, em pouquíssimos dias, assim que mandada ao Congresso, ganhou admissibilidade na Comissão de Constituição e Justiça. E a terceira reforma, que é a modernização trabalhista, como acabei de ressaltar, já está anunciada e remetida ao Congresso Nacional, sendo certo que tenho em vista o diálogo que houve entre centrais sindicais e empresários. Penso que será de fácil tramitação no Congresso Nacional. Então, essas três reformas foram muito rapidamente, nesses seis e poucos meses, levadas adiante. Nós não vamos parar. Esse governo há de ser um governo reformista, um governo das reformas”, diz o presidente.
No balanço, Temer também falou sobre as ações sociais do governo. Lembrou que os benefícios do Bolsa Família tiveram reajuste 12,5% e anunciou a construção de 500 mil casas no ano que vem, no programa Minha Casa Minha Vida.
O presidente falou sobre o veto parcial ao projeto de socorro aos estados. Para os estados receberem ajuda, o projeto impunha exigências, que o congresso eliminou. Michel Temer disse que o veto dele não significa que os estados vão ficar abandonados.
“Da forma como veio ao executivo, tornou-se mais ou menos inútil, porque se não houver contrapartida, quando você entrega um dinheiro para o estado, aquilo serve para uma emergência, mas não serve para preparar o futuro. Ora, isto por acaso quer significar que nós vamos abandonar os estados federados? Não. Nós vamos agora negociar com cada estado que esteja em dificuldades para verificar quais sejam as dificuldades, quais as contrapartidas que podem ser oferecidas e o que poderá a União Federal fazer para socorrer esses estados”, diz Temer.
Sobre desemprego, Temer disse que o Brasil vai vencer a crise e sair da recessão no ano que vem.
“Este tema do desemprego, que é um tema angustiante, penso eu, e não quero também nem me iludir, nem iludir ninguém, será um tema que começará a ser, digamos assim, efetivado, consolidado. Pensamos nós, pelas projeções que têm sido feitas pela área econômica, que, a partir do segundo semestre do ano que vem, é muito provável que o desemprego venha a cair em função das medidas que nós estamos tomando”, diz o presidente.