A greve de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) completa 50 dias nesta terça-feira (25) em alguns estados, como São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Maranhão e Tocantins.
Os funcionários pedem reajuste salarial de 27,5%, a incorporação das gratificações, 30 horas de trabalho semanal para todos os funcionários, realização de concurso público e melhoria das condições de trabalho.
Nesta quarta (26), está prevista uma reunião entre os grevistas e o Ministério do Planejamento para apresentação de uma proposta sobre as reivindicações.
Uma decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deste mês determinou aos sindicatos a manutenção de 60% do efetivo trabalhando nas agências do INSS enquanto durar a greve. O quantitativo deve ser respeitado dentro de cada unidade do órgão, segundo nota do Ministério da Previdência Social. Números sobre a paralisação só são informados ao STJ.
Em alguns estados, os sindicatos dizem que há um percentual maior que 40% paralisado. Veja a situação de cada estado mais abaixo.
Como remarcar atendimentos
As unidades e a Central de teleatendimento 135 estão orientando quem não for atendido quanto às providências de reagendamento. A remarcação pode ser realizada diretamente pelo telefone 135.
A GREVE NOS ESTADOS
(Foto: Lucas Leite/G1)
ALAGOAS
Após 47 dias, ainda não há uma previsão para o fim da greve, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social e Trabalho no Estado de Alagoas (Sindprev-AL).
O Sindprev afirma ainda que, apesar da greve, os funcionários continuam realizando 30% dos serviços considerados de urgência e emergência, como a perícia médica e o desbloqueio de pagamento para o usuário.
“Estamos funcionando de acordo com as determinações judiciais. Esperamos que durante esta semana, o governo [federal] apresenta propostas por escrito. Até agora, só recebemos promessas e propostas verbalmente. Caso o governo se manifeste, realizaremos uma assembleia para decidir o rumo da greve”, explica o secretário de finanças do Sindprev, Cícero Lourenço.
Ele diz que em alguns municípios do estado, como Palmeira dos Índios, Arapiraca, Penedo, Porto Calvo, Delmiro Gouveia e Santana do Ipanema, as agências do INSS pararam completamente as atividades.
(Foto: Abinoan Santiago/G1)
AMAPÁ
Servidores do INSS completaram mais de 40 dias em greve no Amapá. O movimento iniciou no dia 14 de julho e pouco mais de 50% dos servidores estão sem trabalhar, segundo o sindicato da categoria. Apenas atendimentos agendados são realizados pelos funcionários nas agências distribuídas em Macapá e no interior do estado.
Segundo a Associação dos Servidores do INSS, todos os serviços estão sendo feitos, mas apenas com agendamento, a exemplo de auxílios-doença, pensão, perícia médica e pedidos de aposentadoria. As pessoas podem marcar o atendimento pelo número 135 ou no site da instituição.
(Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)
CEARÁ
Os funcionários no Ceará seguem com a paralisação, que já dura 50 dias no estado, e sem previsão para retomar as atividades. Das 133 agências no Ceará, 46 possuíam atendimento parcial e 17 estavam fechadas até esta terça-feira.
Segundo a diretora da secretária administrativa e finanças do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho Previdência Social no Estado do Ceará (Sinprece), Carmen Lúcia Marques, a paralisação da atividade ocorre por tempo indeterminado, até uma nova proposta que deve ser divulgada pelo ministro do Planejamento, Sérgio Mendonça.
"O governo ficou de fornecer uma nova proposta nesta terça-feira. Vamos esperar que a proposta fique próximo das nossas reivindicações", disse.
Cacilhas Comunicação)
ESPÍRITO SANTO
No estado, os servidores estão em greve há 42 dias. De acordo com o Sindprev-ES, 26 das 32 agências do estado, aderiram à paralisação.
Uma assembleia está marcada para a próxima quinta-feira (27), na agência da Avenida Beira-Mar, em Vitória, para que a categoria avalie o movimento.
Ainda segundo o sindicato, a adesão à greve não significa fechamento da agência, mas sim que o movimento no local está reduzido e os atendimentos estão afetados. No geral, o atendimento ao cidadão foi afetado, mas as perícias foram mantidas.
a licença-maternidade em Goiás
(Foto: Vanessa Martins/ G1)
GOIÁS
Das 50 unidades de atendimento, 34 funcionam de forma parcial desde 10 de julho, quando começou a paralisação em Goiás, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência (Sintfesp).
Em Goiânia, as seis agências operam parcialmente. Segundo a diretora do sindicato, Terezinha de Jesus Aguiar, são realizados apenas os atendimentos que estavam agendados, perícias para obtenção de auxílio-doença e por acidente.
Sem saber da greve, a manicure Patrícia Teixeira, de 23 anos, foi à agência do INSS no Centro da capital em busca de atendimento, na manhã desta terça-feira (25). Para receber a licença-maternidade, ela precisa fazer perícia e apresentar documentos. “Geralmente resolvem isso na hora, mas estão em greve”, disse ao G1. Os funcionários pediram para que a manicure retorne em 22 de outubro.
em São Luís (Foto: Robert Oliveira/ G1)
MARANHÃO
Sem previsão de acordo com o governo federal, os servidores no Maranhão seguem em greve. A paralisação, que completa 50 dias, atinge 85% do total de 944 servidores no estado, segundo o Sintsprev-MA. Das 43 agências em todo o Maranhão, servidores de 40 aderiram à greve.
“A esperança é que ela [a presidente Dilma Rousseff] possa compreender as necessidades da categoria”, diz a diretora da Secretaria da Seguridade Social do Sintsprev-MA, Dulcimar Soares da Mata, ao G1. Nesta terça-feira, a categoria realiza novo ato público, desta vez na agência da Cohab, em São Luís.
No último dia 18, os grevistas do INSS fizeram um ato contra os possíveis descontos nos salários dos servidores que aderiram à greve em frente à Gerência Executiva do INSS em São Luís, no bairro do Calhau. O corte do ponto, segundo o Sintsprev-MA, "tem sido uma ameaça recorrente do órgão federal para tentar intimidar os grevistas".
MATO GROSSO
A greve dos servidores do INSS completou 49 dias nesta terça-feira no estado e não tem previsão de término, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Seguridade, Trabalho e Previdência Social (Sindsprev-MT), Cleones Celestino Batista.
Durante a paralisação, as 37 agências do INSS no estado estão de portas fechadas. Por determinação judicial, os servidores mantiveram em funcionamento a gerência do INSS e uma agência responsável pelos processos judiciais do órgão, em Cuiabá.
(Foto: Reprodução TV Morena)
MATO GROSSO DO SUL
Os grevistas em Mato Grosso do Sul esperam receber até quarta-feira a contraproposta do governo federal. Caso seja recebido dentro do novo prazo, a categoria planeja avaliar os termos na quinta-feira (27) em assembleia a ser realizada em Campo Grande. A greve completa 46 dias nesta terça.
De acordo com a comissão de greve, 90% das agências do INSS estão paralisadas em Mato Grosso do Sul. Apenas alguns serviços, como perícia médica, funcionam normalmente, desde que o atendimento seja agendado previamente pela internet ou pelo telefone 135.
Mato Grosso do Sul possui 37 agências do INSS e 1,5 mil pessoas estão sem atendimento por dia. Em Campo Grande, duas agências estão fechadas parcialmente, segundo a comissão de greve.
Varginha (Foto: Reprodução EPTV)
MINAS GERAIS
A paralisação completa 50 dias em Minas e atrasa o atendimento à população, segundo o Sintsprev-MG. A entidade não divulga um percentual de agências fechadas e trabalhadores parados no estado, mas afirma que a greve tem "grande adesão".
No Sul de Minas, a adesão chegou a 80% da categoria, segundo levantamento feito pelo Sintsprev na região. O número de agências que mantêm apenas a perícia médica subiu para 22 com o apoio de funcionários da unidade de Ouro Fino, até então fora do movimento.
"O movimento continua ainda. Nós estamos esperando o atendimento por escrito das reivindicações feitas ao governo federal", disse a diretora do Sintsprev Sul de Minas, Vitória Izabel da Costa Marcacini.
PARAÍBA
A greve do INSS completa 44 dias na Paraíba. De acordo com o Sindsprev-PB, a paralisação afetou o atendimento das 39 agências do INSS no estado, sendo que 10 estão totalmente fechadas e 29 estão parcialmente paralisadas.
Aproximadamente 70% dos cerca de 1.100 servidores do órgão na Paraíba paralisaram as atividades. Não há estimativa de quantos atendimentos estão deixando de ser realizados.
(Foto: Gisele Pimenta/Frame/Estadão Conteúdo)
PARANÁ
Aproximadamente 30 das 74 agências de atendimento do INSS no Paraná devem suspender também o serviço de perícia médica na quarta-feira (26).
De acordo com o Sindprevs-PR algumas unidades já não realizaram perícia nesta terça, quando a greve dos servidores completou 50 dias.
O estado tem seis mil servidores do INSS. Apenas na Gerência de Curitiba (são cinco em todo o estado), são realizados mais de três mil atendimentos por dia.
A estimativa dos servidores é que, quando a greve terminar, sejam necessários seis meses para colocar em dia pauta de atendimento do INSS.
(Foto: Amanda Franco/ G1)
PERNAMBUCO
Em Petrolina, no Sertão pernambucano, os servidores estão em greve há 46 dias e começam a pontuar avanços nas negociações com o governo federal. Um deles é a sinalização de incorporação da Gratificação de Desempenho de Atividade do Seguro Social (GDASS) de forma integral aos servidores aposentados.
De acordo com o delegado de base do Sindsprev, Antenor Vieira dos Martyres, o GDASS corresponde a cerca de 80% do salário dos servidores, mas com a aposentadoria, apenas 50% é pago. No último dia 20 de agosto, o governo apresentou verbalmente uma proposta de incorporação, porém a partir de janeiro de 2017.
“Nós temos aqui funcionários com 41 anos de serviço que ainda não se aposentaram devido a esta gratificação, porque se a pessoa se aposentar hoje e perder 50% desta gratificação não é real”, explicou o delegado sindical.
PIAUÍ
Ao todo, 32 agências do estado pararam de funcionar desde o dia 7 de julho - apenas os atendimentos como perícias iniciais e entrega de documentos comprovatórios para trabalhadores, além dos pagamentos, estão sendo realizados. Os profissionais cobram melhores salários, reposição salarial de acordo com a inflação, incorporação de gratificações, contratação de mais profissionais e outros reivindicações.
O presidente do Sindicato dos Servidores da Previdência Social, Antônio Machado, contou ao G1 que o comando nacional do movimento grevista se reuniu nesta terça-feira (25) para tomar rumos para a greve. Segundo ele, a paralisação das atividades segue firme e os servidores vão passar mais uma semana com os braços cruzados.
RIO DE JANEIRO
No Norte e no Noroeste Fluminense, a greve completa 50 dias nesta terça-feira. Em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, as três agências do INSS realizam cerca de 100 atendimentos diários. A unidade da Rua Treze de Maio está totalmente paralisada e as agências do Centro e de Guarus funcionam parcialmente, com número de funcionários reduzido.
Na Região dos Lagos, apenas a agência de Araruama funciona integralmente, de acordo com o Sindsprev (Sindicato dos trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdencia Social). As agências de Arraial do Cabo, Bacaxá – distrito de Saquarema –, São Pedro da Aldeia e Maricá estão completamente paralisadas. Já as unidades de Cabo Frio e Macaé seguem funcionando parcialmente.
Na Região Serrana, as agências do INSS de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo que aderiram à greve nacional da categoria estão realizando apenas atendimentos agendados.
Já no Rio de Janeiro, o posto da Praça da Bandeira, na Zona Norte, realiza apenas os serviços de perícia e agendamento; os da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, e da Tijuca, na Zona Norte, realizam só atendimentos parciais e as unidades do Centro da cidade e de Laranjeiras, na Zona Sul, encontram-se completamente fechadas.
RIO GRANDE DO NORTE
A greve do INSS completa 50 dias no estado. De acordo com o Sindprevs-RN, a paralisação tem 90% de adesão. Durante o período de greve só estão sendo feitos atendimentos de serviços emergenciais. Das 38 agências do Rio Grande do Norte, 30 estão fechadas e oito funcionam parcialmente.
Ainda de acordo com Sindprevs-RN, as negociações avançaram e há a expectativa de que a greve seja encerrada na próxima semana. O único ponto que não foi acordado entre a categoria e o governo federal é o reajuste salarial de 27,5%, segundo o sindicato.
RONDÔNIA
Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Rondônia entram na sexta semana de greve no estado. O grupo começou a greve no dia 20 de julho. As reinvindicações da categoria são reposição salarial de 27,3%, com base na inflação dos últimos quatro anos, data-base para 1º de maio e melhores condições de trabalho.
Das 19 agências do estado, 17 estão fechadas, além da Previdência Social de atendimentos jurídicos. Cerca de 100 servidores paralisaram as atividades. Segundo o Sindsprev, apenas 200 pessoas estão sendo atendidas e a prioridade é para as perícias médicas agendadas. Outros serviços podem ser atendidos conforme a demanda de funcionários na agência.
negociação com o governo (Foto: Arquivo pessoal)
RORAIMA
Em greve há quase um mês, funcionários em Roraima aguardam solução para o impasse após reunião com o governo nesta quarta-feira (26), de acordo com Luis Felippe Souza, um dos integrantes do comando de greve.
Segundo ele, a liminar do STJ está sendo cumprida, o que garante a manutenção de 60% das atividades nas agências de Boa Vista, Caracaraí, Rorainópolis e Alto Alegre. A greve foi deflagrada no estado no dia 31 de julho, em apoio à paralisação nacional.
alguns servidores (Foto: Sindprevs/SC/Divulgação)
SANTA CATARINA
De acordo com o coordenador estadual do Sindprevs-SC, Luciano Veras, mais 90% dos servidores aderiram à greve no estado, que completa 50 dias. "Mais de 90% aderiram aqui em Santa Catarina. Houve adesão também dos gestores e de pessoas com cargos de confiança devido ao corte do ponto", detalha Veras.
Na segunda-feira (24), servidores realizaram uma manifestação em Florianópolis tapando os próprios lábios, em protesto contra o corte de ponto e de salários de alguns servidores, sem que houvesse decisão judicial.
Todas as agências estão com atendimento afetado, mas muitos usuários estão agendando as visitas, conforme o comando de greve. Ainda não há informações sobre quantas agências estão totalmente fechadas nesta terça. O estado possui 63 agências e cerca de 3 mil funcionários do INSS.
(Foto: Priscilla Geremias/ G1)
SÃO PAULO
A greve afeta agências do interior de São Paulo. Em Piracicaba, a paralisação chegou ao 43º dia e deixa duas mil pessoas por semana sem atendimento, segundo o Sinsprev. A categoria ainda informou que a única agência da cidade para atendimento ao público está aberta apenas para a realização de perícias.
De acordo com o diretor do sindicato, Eduardo Rúbio, a unidade de Piracicaba tem 36 servidores e opera com quatro profissionais, que realizam os serviços de urgência (perícia). Além disso, os funcionários do administrativo não estão parados.
A greve nacional afetava dez cidades da região de Campinas nesta segunda. As cidades que tiveram atendimentos prejudicados são Valinhos, Pedreira, Sumaré, Mogi Mirim, Itapira, Mogi Guaçu, Campinas, Indaiatuba, Americana e Amparo. Algumas estão totalmente paralisadas e outras estão realizando apenas perícias médicas agendadas.
A direção do Sindicato da Saúde e Previdência de São Paulo (Sinsprev) informou na tarde desta segunda-feira (24) que a greve dos funcionários do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) atinge as agências de Itaquaquecetuba e Mogi das Cruzes. Em Suzano, segundo o sindicato, o atendimento segue de forma normalizada.
A paralisação afeta a região do Alto Tietê nesta terça. "A agência de Itaquaquecetuba está parada [agência], Mogi das Cruzes funciona parcialmente e em Suzano o atendimento está normalizado", explicou o diretor do Sinsprev, Fábio Antonio Arruda.
Na região de Ribeirão Preto, a greve nacional afeta pelo menos quatro cidades: os atendimentos são parciais nas duas agências de Ribeirão, na sede de Franca e também em Cravinhos e em Batatais.
No Oeste Paulista, a greve em agências completa 30 dias. As unidades paradas são de Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Presidente Epitácio, Rancharia, Álvares Machado, Rosana, Dracena, Santo Anastácio, Martinópolis e Adamantina.
em ambulância não apropriada na esperaça da
liberação do benefício do INSS
(Foto: Tássio Andrade/G1)
SERGIPE
Com greve do INSS, duas irmãs com esclerose não conseguiram benefícios em Aracaju. Nesta segunda, a dona de casa Edenilde Silva Pequeno, de 60 anos, viajou de Salgado, no Sul de Sergipe, à capital (percorrendo uma distância de 67 km) com uma das filhas em uma ambulância, na tentativa de receber os benefícios dela, mas voltou para casa sem nada.
"Carine perdeu completamente os movimentos do corpo há dois anos, quando ela tinha 23 anos. Há dois meses, a minha filha mais nova, a Greice Kelly, de 19 anos, também está na cama e perdeu todos os movimentos. Eu sou uma mulher sozinha, não tenho marido, nem irmãos, absolutamente ninguém", desabafa desesperada a mãe.
Os servidores do INSS estão em greve desde o dia 9 de julho no estado. 19 unidades estão paralisadas e cerca de 2,5 mil pessoas estão sem atendimento. Nesta manhã, servidores fizeram um ato unificado em todas as agências.
TOCANTINS
Há 50 dias em greve, as agências do INSS no Tocantins ainda não têm previsão de retorno às atividades. Das 12 unidades no estado, apenas a de Porto Nacional não aderiu à paralisação – que é nacional e começou em 7 de julho. Continuam funcionando também a Central de Atendimento e a Agência de Demandas Judiciais, em Palmas.
Segundo o representante dos grevistas no Tocantins, Raliel de Oliveira, do total de 189 funcionários no estado, 56 estão em greve.