A greve dos servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) em Mato Grosso completou 49 dias nesta terça-feira (25), sem previsão de término, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Seguridade, Trabalho e Previdência Social (Sindsprev-MT), Cleones Celestino Batista. Durante a greve as 37 agências do INSS no estado estão de portas fechadas.
Por determinação judicial, os servidores mantiveram em funcionamento a gerência do INSS e uma agência responsável pelos processos judiciais do órgão, em Cuiabá. “Estamos aguardando o governo federal apresentar uma proposta para então analisarmos e decidirmos sobre a greve”, afirmou o sindicalista.
Desde o início da greve, em 7 de julho, pelo menos 250 mil beneficiários do INSS ficaram sem atendimento. Conforme o sindicato, em todo o estado, 5 mil pessoas são atendidas diariamente. No início da paralisação, os médicos que fazem a perícia continuaram trabalhando, mas, como os processos dependem de outros setores, também pararam de realizar perícias.
Em Mato Grosso, o INSS conta com 800 servidores, que reivindicam aumento salarial, reajuste médio de 27,9%, e diminuição de carga horária de 40 para 30 horas semanais. O salário-base atual da categoria é de R$ 800.
Em sua página institucional, o Ministério da Previdência Social e o INSS alegaram que têm mantido uma relação de respeito, diálogo e compreensão com a categoria. Os atendimentos que estavam agendados devem ser remarcados por telefone da central do órgão, o 135. Se não for possível, o reagendamento deve ser feito nas próprias agências após o término da greve.
