0 minutos (Foto: Jonathan Lins/G1)
O Corpo de Bombeiros Militar (CBM) de Alagoas entregou, nesta quinta-feira (2), um relatório ao Ministério Público Estadual (MP) sobre a interdição do 'Reveillon Celebration', evento privado realizado na orla de Maceió que segundo os militares funcionou sob interdição por não atender determinações de segurança. De acordo com o tenente-coronel do CBM Paulo Marques, o objetivo é pedir para que seja apurado o motivo do evento acontecer na virada do ano mesmo com o Auto de Interdição.
O espaço foi reprovado na vistoria do do Corpo de Bombeiros feita algumas horas antes do momento previsto para a abertura. Marques informou que o motivo foi o não cumprimento de algumas normas de segurança. “Os organizadores não seguiram as normas de segurança. O espaço, estava com três das seis obstruídas por geradores grandes. Também não havia placas de sinalização e luzes de emergência suficientes”, falou.
Apesar da interdição, os portões do evento foram abertos por volta de 22h e a festa transcorreu até a quarta-feira (1º). O tenente-coronel disse que os organizadores podem ter conseguido uma liminar para que o evento acontecesse, mas que em nenhum momento a corporação foi informada da abertura do espaço e realização da festa.
“Pelo Corpo de Bombeiros, sem segurança necessária, o evento não deveria acontecer. Mesmo com a liminar, o órgão deveria ter sido informado para que pudesse verificar se tudo havia sido corrigido”, disse o oficial.
Para pedir que o MP investigue a situação, Marques disse que foi enviado um relatório para o promotor Max Martins, da Defesa do Consumidor. “Encaminhamos a documentação com fotos do local do evento para mostrar que os organizadores não cumpriram o Termo de Ajuste e Conduta (TAC) que havia sido firmado em outubro deste ano”, expôs.
Marques explicou que o motivo da vistoria ter sido feita apenas no dia do evento foi porque o projeto só foi enviado ao órgão dia 20 de dezembro e a montagem concluída dia 31. "Durante a reunião onde foi firmado o TAC, alertamos que os pedidos deveriam ser feitos com antecedência. No caso em específico, até esperamos que eles fizessem os ajustes no momento da vistoria, mas o procedimento não foi feito. Por isso o local foi interditado", falou.
Liminar
A assessoria de imprensa do evento confirmou a interdição, mas disse que os portões só foram abertos depois que a organização conseguiu uma liminar na Justiça. A assessoria informou que todas as falhas que haviam sido apontadas pelos Bombeiros foram resolvidas antes do início da festa.
Ainda de acordo com a assessoria, antes do dia 31, os Bombeiros haviam acompanhado a montagem e nada tinha sido apontado como irregular. A assessoria informou que o evento contou com a presença de equipes de bombeiros civis e que não houve nenhum incidente.