02/01/2014 16h45 - Atualizado em 02/01/2014 17h31

CBM pede que MP apure abertura de festa de Réveillon que foi interditada

Festa particular na orla havia sido interditada horas antes da abertura.
Organização informou que conseguiu uma liminar na Justiça.

Carolina SanchesDo G1 AL

Queima de fogos na orla de Maceió durou cerca de 10 minutos (Foto: Jonathan Lins/G1)Queima de fogos na orla de Maceió durou cerca de
0 minutos (Foto: Jonathan Lins/G1)

O Corpo de Bombeiros Militar (CBM) de Alagoas entregou, nesta quinta-feira (2), um relatório ao Ministério Público Estadual (MP) sobre a interdição do 'Reveillon Celebration', evento privado realizado na orla de Maceió que segundo os militares funcionou sob interdição por não atender determinações de segurança. De acordo com o tenente-coronel do CBM Paulo Marques, o objetivo é pedir para que seja apurado o motivo do evento acontecer na virada do ano mesmo com o Auto de Interdição.

O espaço foi reprovado na vistoria do do Corpo de Bombeiros feita algumas horas antes do momento previsto para a abertura. Marques informou que o motivo foi o não cumprimento de algumas normas de segurança. “Os organizadores não seguiram as normas de segurança. O espaço, estava com três das seis obstruídas por geradores grandes. Também não havia placas de sinalização e luzes de emergência suficientes”, falou.

Apesar da interdição, os portões do evento foram abertos por volta de 22h e a festa transcorreu até a quarta-feira (1º). O tenente-coronel disse que os organizadores podem ter conseguido uma liminar para que o evento acontecesse, mas que em nenhum momento a corporação foi informada da abertura do espaço e realização da festa.

“Pelo Corpo de Bombeiros, sem segurança necessária, o evento não deveria acontecer. Mesmo com a liminar, o órgão deveria ter sido informado para que pudesse verificar se tudo havia sido corrigido”, disse o oficial.

Para pedir que o MP investigue a situação, Marques disse que foi enviado um relatório para o promotor Max Martins, da Defesa do Consumidor. “Encaminhamos a documentação com fotos do local do evento para mostrar que os organizadores não cumpriram o Termo de Ajuste e Conduta (TAC) que havia sido firmado em outubro deste ano”, expôs.

Marques explicou que o motivo da vistoria ter sido feita apenas no dia do evento foi porque o projeto só foi enviado ao órgão dia 20 de dezembro e a montagem concluída dia 31. "Durante a reunião onde foi firmado o TAC, alertamos que os pedidos deveriam ser feitos com antecedência. No caso em específico, até esperamos que eles fizessem os ajustes no momento da vistoria, mas o procedimento não foi feito. Por isso o local foi interditado", falou.

Liminar
A assessoria de imprensa do evento confirmou a interdição, mas disse que os portões só foram abertos depois que a organização conseguiu uma liminar na Justiça. A assessoria informou que todas as falhas que haviam sido apontadas pelos Bombeiros foram resolvidas antes do início da festa.

Ainda de acordo com a assessoria, antes do dia 31, os Bombeiros haviam acompanhado a montagem e nada tinha sido apontado como irregular. A assessoria informou que o evento contou com a presença de equipes de bombeiros civis e que não houve nenhum incidente.

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