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Comandos é a designação dada a uma tropa de elite pertencente a uma das forças armadas, que é altamente treinada e qualificada a operar em missões especiais rápidas sob circunstâncias e ambientes impróprios ou contraindicados ao emprego de outros elementos das forças regulares, sendo apta a cumprir uma ampla variedade de missões e tarefas, táticas ou estratégicas.[1] Dentre as missões executadas por uma tropa de comandos, estão as operações de contraguerrilha, além das ações diretas que necessitem de alto poder de choque.
O termo nasceu a partir da designação de Kommando que os bôeres da África do Sul davam às suas tropas de operações especiais na guerra contra os britânicos, no princípio do século XX. A palavra Kommando por sua vez teria tido origem no termo português "Comando", utilizado na Índia no sentido de um grupo de tropas sob um comando autônomo que desempenhava missões especiais durante uma batalha ou cerco. Na África do Sul tropas similares actuavam em pequenos destacamentos, que se deslocavam normalmente a cavalo, e lançavam ataques rápidos contra as tropas britânicas. Durante a 2.ª Guerra Mundial tanto os britânicos como os alemães decidiram reutilizar este termo para designar as novas tropas de operações especiais que tinham formado (as britânicas designadas Commandos e as alemãs Kommandos). Posteriormente o termo foi utilizado por outros países para designar algumas das suas forças de elite.
Ações de Comandos podem ser realizadas em proveito da campanha terrestre, da campanha naval e da campanha aérea. Por isso as três Forças Armadas possuem unidades de Comandos com mobilidade estratégica, especialmente treinadas e equipadas para cumprir variadas missões:
O Exército Brasileiro possui o 1.º Batalhão de Ações de Comandos e o 1.º Batalhão de Forças Especiais, subordinados ao Comando de Operações Especiais, ambos estão aptos a cumprir missões de comandos.
A Marinha do Brasil possui o Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais e o Grupamento de Mergulhadores de Combate, o (GruMeC).
A Força Aérea Brasileira possui o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR).
O termo Comando, no sentido de soldado de elite treinado para realizar operações especiais, apareceu primeiro no Reino Unido, posteriormente foi utilizado em diversos países do mundo, e um dos primeiros a adotar o termo foi Portugal, durante a década de 1950. No entanto, só a partir de 1962 (29 de Junho), durante a Guerra do Ultramar é que o termo começa a ser utilizado para designar unidades especialmente constituídas. Nascem as tropas Comandos do Exército Português, constituídas como forças de intervenção, especializadas na luta antiguerrilha, atuando primeiro em Angola e depois também na Guiné e Moçambique. Os comandos foram criados em Angola, vindos de companhias de caçadores especiais do exército, na altura da guerra colonial entre os anos 60 a 65.
Como grito de guerra, a unidade militar adotou a expressão "Mama Sumae", que significa "aqui estamos, prontos para o sacrifício", retirada do grito de uma tribo banta do Sul de Angola, aquando a cerimónia de passagem à vida adulta de um jovem guerreiro, seguida de uma caça ao leão.
O Exército Angolano mantém uma força de Comandos, treinada e assessorada por militares Comando Portugueses e modelada na tropa deste tipo do Exército Português. Até há pouco os Comandos angolanos estavam integrados na Brigada de Comandos, a principal tropa especial das Forças Armadas de Angola. Com a integração de outro tipo de forças especiais, nomeadamente Operações Especiais e Paraquedistas, mergulhadores anfíbios, grupo de ações especiais, Força de Operação de Apoio à Paz (FOAP), aquela brigada deu origem à nova Brigada de Forças Especiais. Os Comandos angolanos destacaram-se em combate nas operações internas contra a UNITA (as forças anti-MPLA) e a FLEC, bem como em operações externas, nomeadamente na República Democrática do Congo.
Os Forças Especiais normalmente são militares que já detêm treinamento de Comandos, assumindo missões contra forças irregulares, também atuando como guerrilha contra forças regulares, operações de reconhecimento especial, contraterrorismo, sabotagem, subversão, auxílio à fuga e evasão de território inimigo, operações em que exige-se uma ação mais cirúrgica e uma autonomia maior. Já as ações de comandos são operações onde tropa habilitada, de valor e constituição variáveis, mas geralmente em menor número, ataca nas retaguardas profundas do inimigo por intermédio de uma infiltração terrestre, aquática ou aérea, contra alvos de valor estratégico, operacionais ou críticos sob o ponto de vista tático, localizados em áreas hostis ou sob controle do inimigo. Suas incursões são conhecidas pela agressividade, onde poucos homens causam tantos danos, que os inimigos acreditam ter sido em número muito maior que o real. As missões de Comandos e Forças Especiais diferem-se, ainda mais, no quesito duração. Comandos normalmente têm uma missão de assalto que deve ser cumprida o mais rápido possível, normalmente podem se manter operando durante algumas semanas sem apoio. Forças Especiais podem passar meses em operações, para cumprir indeterminado número de objetivos e variadas missões sem esperar apoio de outras unidades, recebendo suprimentos pelo céu.
As principais unidades de forças especiais são: 1.º Batalhão de Forças Especiais, GRUMEC, Navy SEALs, DEVGRU, Boinas Verdes, Delta Force, Spetsnaz, Grupo Alpha, Vympel, GIGN, SAS, SBS, Sayeret Matkal, Shayetet 13, SASR, Força de Operações Especiais (FOE), DAE e KSK.
Algumas das principais unidades de Comandos são: 1.º Batalhão de Ações de Comandos, Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais, Rangers, Royal Marines Commandos, Buzo Tático, Comandos do Exército Português.
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