Yeltsin Jacques quebra recorde mundial dos 1500m e assegura o ouro nos Jogos Paralímpicos
O brasileiro dividiu novamente o pódio com Júlio César Agripino, que faturou a medalha de bronze na prova
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Quatro anos depois, o brasileiro Yeltsin Jacques voltou ao lugar mais alto do pódio paralímpico nesta terça-feira. O atleta confirmou o favoritismo e conquistou a medalha de ouro nos 1500m na classe T11, para atletas com deficiência visual. O etíope Yitayal Silesh Yigzaw ficou com a prata (4m03s21) e o paulista Júlio César Agripino completou o pódio assegurando o bronze. O curioso é que nos 5000m, também na classe T11, Júlio quem foi campeão com recorde mundial, e Yeltsin bronze.
Yeltsin terminou a prova com o tempo de 3min55s82, quebrando os recordes mundial e paralímpico que eram dele mesmo, obtidos nos Jogos de Tóquio-2020 com 3min57s60. “Tive uma lesão, quando me recuperei sofri com uma virose, isso atrapalhou um pouco nos 5000m. Mas nos 1500m é mais força, já sou forte geneticamente e deu tudo certo. Eu até tinha apostado que viria o recorde com 3min53s, ou 3min54s, veio com 3min55s", afirmou Yeltsin. "Muito feliz por repetir o que fiz em Tóquio, fruto de muito trabalho. O Brasil se tornou uma força nas provas de meio fundo e de fundo, pesquiso bastante sobre fisiologia, somos muito fortes e só temos a crescer e conseguir ótimos resultados”, completou o campeão.
Nesta final, Júlio liderou na primeira volta. O equatoriano Jimmy Caicedo até tentou escapar na segunda volta, mas logo no início da terceira foi Yeltsin quem disparou e não largou mais a liderança, apenas ampliou a vantagem em busca do recorde mundial, deixando a briga pelo segundo lugar. Júlio ficou na segunda posição até a metade da última volta, quando foi ultrapassado pelo etíope, mas conseguiu segurar o ataque do japonês na reta final para assegurar o bronze.
Yeltsin conquistou sua quarta medalha paralímpica em Paris, somando aos dois ouros em Tóquio 2020, um nos 5.000m e outro nos 1.500m, ambos na classe T11. Depois de dividir o pódio novamente com Yeltsin, o brasileiro Júlio Agripino se mostrou orgulhoso de repetir o feito em outra prova. “Só tenho que parabenizar o Yeltsin, que fez grande prova. Fico muito feliz, saio com duas medalhas. Eu e Yeltsin saímos no 1 a 1 aqui, fico feliz por nosso desempenho”, disse Júlio.