Jerusa Geber fatura sua primeira medalha de ouro nos 100m em Paris-2024
Lorena Spoladore assegurou o bronze e completou dobradinha brasileira no pódio paralímpico
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Mais uma dobradinha brasileira nas pistas do atletismo em Paris. Após bater o recorde mundial na semifinal, Jerusa Geber faturou a medalha de ouro nos 100m na classe T11, para atletas com deficiência visual, ao completar a prova no tempo de 11s83. A chinesa Cuiqing Liu ficou com a prata, com 12s04, e a paranaense Lorena Spoladore, assegurou o bronze com 12s14 e completou o pódio.
Foi a primeira vez que a velocista de 42 anos subiu no lugar mais alto do pódio paralímpico. Até então, Jerusa tinha duas pratas e dois bronzes na carreira conquistadas em Pequim-2008, Londres-2012 e Tóquio-2020. "É a minha quinta participação na Paralimpíada e a primeira medalha de ouro. Não tenho palavras para expressar minha felicidade porque foram muitas lutas para chegar até aqui", destacou Jerusa. Porém, em campeonatos mundiais, a brasileira já conta com três medalhas de ouros nos 100m.
Por sua vez, Lorena Spoladore conquistou sua terceira medalha paralímpica. Ela já tinha uma prata no revezamento 4x100m, e um bronze no salto em distância, ambos conquistados nos Jogos do Rio-2016. Na história paralímpica, apenas quatro velocistas cegas conseguiram realizar a prova dos 100m em menos de 12s, com exceção de Jerusa. Outras duas brasileiras chegaram perto, primeiro com Lorena Spoladore, que registrou o tempo de 12s02, em 2019, e a mineira Terezinha Guilhermina, com 12s10, no Rio-2016.
Foi apenas no último ciclo paralímpico que Jerusa se consolidou como uma das principais velocistas da classe T11. Após a medalha de bronze nos 200m na última edição dos Jogos, ela foi ouro nos 100m e nos 200m no Mundial de Paris no último ano, ouro nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago-2023, e ouro nos 100m e bronze nos 200m no Mundial de Kobe-2024.
“Os 100 metros é a prova mais emocionante que tem na competição. É a mais rápida do mundo. A minha largada não é das melhores, mas durante a corrida a gente conseguiu recuperar. Minha mãe e meu esposo estão na arquibancada. Isso me motivou ainda mais. É a minha 10ª medalha em Mundiais e meu tricampeonato. Mais uma medalha para a nossa coleção. Não tenho palavras para explicar a emoção. Obrigada pela torcida de todos”, comemorou Jerusa.