Uma nova esperança para a Região Metropolitana
Por Stela Farias, deputada estadual PT/RS
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Os últimos anos foram de intensa mobilização da sociedade, organizada pelo Movimento RS-118 Sem Pedágio, para evitar a instalação de uma praça de pedágio na rodovia estadual que corta municípios da região metropolitana. O motivo sustentado pelo governador Eduardo Leite para implantar a cobrança sempre foi a necessidade de duplicação do último trecho da RS-118, entre Gravataí e Viamão, e a falta de recursos para financiar a obra.
Com a tragédia ambiental que assolou o Rio Grande do Sul em maio, a RS-118 se tornou símbolo da resistência do povo gaúcho, servindo como um corredor humanitário, que manteve viva a conexão entre Porto Alegre, o Estado e o país. E é neste contexto que nosso mandato passou a articular a inclusão da duplicação da RS-118 como uma obra de resiliência para o nosso Estado nos investimentos do Fundo do Plano de Reconstrução do Rio Grande do Sul (Funrigs).
O governo Eduardo Leite terá ao todo mais de R$ 4,3 bilhões disponíveis para medidas de reconstrução, enquanto a obra de duplicação está estimada em R$ 140 milhões. É realmente uma grande oportunidade de garantirmos a necessária duplicação da rodovia sem a injusta cobrança de pedágio, assegurando o necessário desenvolvimento econômico e social desta que é a região mais empobrecida do Rio Grande e, ao mesmo tempo, preparar nosso Estado para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas.
Para reforçar essa demanda, apresentamos uma emenda da bancada do Partido dos Trabalhadores ao orçamento do Estado, em debate na Assembleia Legislativa, para incluir a RS-118 no plano de obras a serem financiadas com recursos do Funrigs. A iniciativa ganhou apoio inclusive do governo federal já publicamente manifestado pelo então ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta.
Não restam mais dúvidas da importância desta obra para o Estado e, especialmente, para as comunidades de Alvorada e Viamão. Mais do que qualificar a mobilidade urbana da região metropolitana, a duplicação da rodovia garantirá um futuro de mais investimentos e empregos na região, como já ocorreu no trecho duplicado – entre Gravataí e Sapucaia do Sul, onde a arrecadação de ICMS triplicou após a obra.
A duplicação da RS-118, sem pedágio é, ao mesmo tempo, uma importante obra de infraestrutura que se impõe e uma questão de justiça com as nossas cidades, que merecem um futuro com mais oportunidades, direitos e qualidade de vida. Vamos seguir mobilizando a sociedade gaúcha e, em especial, as lideranças políticas, empresariais e comunitárias da nossa região para reforçar esta importante luta. O futuro está agora nas mãos do governo gaúcho.