Legislação
Group CopyGroup 5 CopyGroup 13 CopyGroup 5 Copy 2Group 6 Copy
PUBLICIDADE

Por Bárbara Pombo — Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisará ter papel central nas negociações da reforma tributária se o Executivo quiser realmente implementar novas regras de pagamento de tributos sobre o consumo no Brasil, de modo a destravar a economia. Quem afirma é a pesquisadora Melina Rocha, a partir do estudo que fez sobre os entraves identificados em três grandes tentativas de mudar o sistema tributário desde a Assembleia Nacional Constituinte do final dos anos 1980.

LEIA MAIS:

Melina é autora do livro “Reforma Tributária no Brasil – Ideias, Interesses e Instituições”, em que conclui que a tributação no Brasil ainda não entrou em um período de normalidade. Ao contrário. Está em crise permanente, diz, ao menos desde 1988, quando promulgada a Constituição Federal, que estabelece os tributos que União, Estados e municípios podem exigir.

“Uma lição do passado é que é preciso ter muito forte a presença do Executivo, na figura do Presidente da República, em prol da aprovação da reforma. Ele precisa colocar seu capital político para aprovação”, afirma a pesquisadora, que é diretora de cursos da York University e coordenadora executiva do projeto IVA do Núcleo de Estudos Fiscais da Fundação Getulio Vargas (NEF/FGV).

Ela lembra que há historicamente no Brasil um conflito de interesses entre os entes da federação – União, Estados e municípios – para manter ou aumentar o poder de tributar e as receitas com recolhimento de impostos. Afirma que o sistema de arrecadação do ICMS está no centro do conflito e que o modelo do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) – previsto na tentativa de reforma tributária de 2023 com as PECs 45 e 110 e adotado em mais de 170 países - tenta resolver.

“Pela primeira vez na história foi atingido no ano passado consenso entre os Estados para a tributação do imposto no destino [das mercadorias e serviços], inclusive por Estados mais desenvolvidos, como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro”, destaca. Um ponto de atenção, no entanto, é que os governadores mudaram em nove Estado, inclusive em São Paulo com Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Diante dos conflitos de interesse identificados no passado, a pesquisadora aponta ainda ser necessário desatar nós. O principal deles é mostrar especialmente aos grandes municípios que não terão perda de arrecadação.

“Existem vários mecanismos de compensação que precisam ser melhor explorados em termos de debate público”, diz Melina.

Melina Rocha, Diretora de cursos na York University-Canada — Foto: Silvia Zamboni/Valor
Melina Rocha, Diretora de cursos na York University-Canada — Foto: Silvia Zamboni/Valor
Mais recente Próxima TST admite reabertura de caso de condenação por terceirização

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!

Mais do Valor Econômico

Paralelo a isso, a Câmara pedirá também nesta sexta-feira que Dino libere o pagamento dos recursos

Todos os trabalhadores ficarão hospedados em hotéis da região de Camaçari até que sejam finalizadas as negociações para a rescisão dos contratos de trabalho

Em pronunciamento, alagoano lembrou de uma reunião que contou com a presença de representantes dos Três Poderes, quando o compromisso foi acordado

Lira diz que decisões sobre emendas respeitaram acordos entre os três poderes

Companhia diz que decisão se deve ao não alcance do valor mínimo de subscrição e à deterioração do cenário macroeconômico

Hidrovias do Brasil cancela aumento de capital de até R$ 1,5 bilhão aprovado por acionistas em outubro

Medida é gratuita e poderá ser feita pelos tutores ou ONGs

Pets terão direito a RG com cadastro nacional

Situação gerou diversas reações nas redes sociais

ChatGPT apresenta instabilidade e fica fora do ar nesta quinta-feira

Ministro esclareceu que os equipamentos devem ser obrigatórias em alguns tipos de operações que envolvam maior risco e propensão ao uso da força

STF: Barroso atende pedido do governo de SP e estabelece regras para uso de câmeras por PMs

Prefeitura da capital paulista anunciou nesta quinta-feira que a passagem passará de R$ 4,40 para R$ 5,00 a partir de 6 de janeiro

Ministro afirmou que Silveira, além de outros endereços, "passou mais de uma hora no shopping" no domingo "reforçando a inexistência de qualquer problema sério de saúde, como alegado falsamente por sua defesa"

Moraes intima defesa de Silveira a informar motivos de descumprimento de medidas