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Virginia Brindis de Salas

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Virginia Brindis de Salas
Virginia Brindis de Salas
Imagen que acompaña la única edición del libro "Cien cárceles de amor" (1949), de Virginia Brindis de Salas.
Nascimento Iris Virginia Salas
18 de setembro de 1908
Montevidéu
Morte 6 de abril de 1958 (49 anos)
Montevidéu
Cidadania Uruguai
Etnia Afro-uruguaios
Ocupação escritora, poeta

Virginia Brindis de Salas (18 de setembro de 1908 – 6 de abril de 1958)[1] foi uma poetisa da comunidade negra uruguaia. A principal poetisa negra do país, ela é também considerada "a mais militante dentre os escritores afro-uruguaios".[2] Sua poesia aborda a realidade social dos uruguaios negros.[3] Pouco se sabe sobre a sua vida; de acordo com Joy Elizondo, ela teria dito que era sobrinha do violinista cubano Claudio Brindis de Salas,[3] embora isso não tenha sido comprovado.

Nascida em Montevidéu,[1] filha de José Salas e María Blanca Rodríguez,[4] Virginia Brindis de Salas foi uma contribuinte ativa para o jornal artístico negro Nuestra Raza.[3] Sua escrita fez dela, junto com Pilar Barrios, uma das poucas poetisas uruguaias que tiveram o seu trabalho publicado.[5]

Coleções de poesia

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Brindis de Salas publicou duas coleções de poemas. A primeira, Pregón de Marimorena, saiu em 1946,[6] dando a ela uma certa quantidade de reconhecimento. A chilena ganhadora do prêmio Nobel Gabriela Mistral escreveu sobre Brindis de Salas: "Cante, minha amada Virginia, você é a única de sua raça que representa o Uruguai. Sua poesia é conhecida em Los Angeles e no ocidente. Eu ouvi falar do seu trabalho através de amigos diplomatas e que Deus permita que este livro seja a chave que abrirá os cofres da sorte para a única mulher negra uruguaia corajosa que eu conheço."[7] Em 1949 Brindis de Salas publicou Cien Cárceles de Amor[8], que é dividido em quatro seções, cada uma dando destaque a um tipo diferente de música afro: "Baladas", "Chamadas", "Tangos" e "Canções".[3]

De acordo com Caroll Mills Young, em ambas as coleções, Brindis de Salas "evoca poeticamente a realidade social e cultural do Uruguai negro.... Os volumes têm a intenção de promover mudança social no Uruguai; eles exemplificam a cruzada da poetisa por solidariedade, igualdade e dignidade."[9]

No prólogo de Cien Cárceles de Amor Brindis de Salas mencionou um futuro terceiro volume intitulado Cantos de lejanía, mas esse livro nunca foi publicado.[3]

Referências

  1. a b "Brindis de Salas, Virginia", Autores.uy.
  2. Caroll Mills Young, "The Unmasking of Virginia Brindis de Salas: Minority Discourse of Afro-Uruguay", in Miriam DeCosta-Willis, Daughters of the Diaspora: Afra-Hispanic Writers, Ian Randle Publishers, 2003, pp. 11–24.
  3. a b c d e Joy Elizondo, "Brindis de Salas, Virginia" in Anthony Appiah and Henry Louis Gates, Jr. (eds), Africana: The Encyclopedia of the African and African American Experience, Oxford University Press, 2005, p. 626 –627.
  4. "BRINDIS DE SALAS 'The Black Paganini'. Parental Denial of a Genius", TheCubanHistory.com, 28 January 2016.
  5. Faculty Senate: Faculty Achievement Database - Marshall University
  6. Marvin A. Lewis, Afro-Uruguayan Literature: Post-colonial Perspectives, Bucknell University Press, 2003, p. 89.
  7. Quoted in Caroll Mills Young, "The Unmasking of Virginia Brindis de Salas: Minority Discourse of Afro-Uruguay", in Miriam DeCosta-Willis, Daughters of the Diaspora: Afra-Hispanic Writers (2003), pp. 18.
  8. Margaret Busby (ed.), "Virginia Brindis de Salas", Daughters of Africa, Jonathan Cape, 1992, p. 228.
  9. Caroll Mills Young, in Miriam DeCosta-Willis, Daughters of the Diaspora (2003), p. 22.

Leitura adicional

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