Soeiro Mendes da Maia
Soeiro Mendes da Maia | |
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Rico-homem de Henrique de Borgonha | |
Morte | 1108 |
Condado Portucalense | |
Cônjuge | Gontrodo Moniz |
Descendência | Ver descendência |
Pai | Mendo Gonçalves da Maia |
Mãe | Leodegúndia Soares Tainha |
Soeiro Mendes da Maia o Bom (morto entre 1103 e 1108), filho de Mendo Gonçalves da Maia, 3º senhor da Maia, e de Leodegúndia Soares Tainha,[1][2][3] filha de Soeiro Guedes e de Leodegúndia Tainha, foi um rico-homem[4] e membro da linhagem dos Maia, um dos mais importantes do Condado Portucalense na Idade Média. "O mais poderoso e mais nobre de todos os portugueses" (Prepotens et nobilissimus omnium Portugalensium), como se refere um documento do Mosteiro de Santo Tirso,[5][2] foi o protector de Teresa de Leão e o mais categorizado auxiliar de Henrique de Borgonha.
Em reconhecimento pelos seus bons serviços, em 23 de novembro de 1097 o conde Henrique doou-lhe o couto de Santo Tirso que em 23 de março de 1098 Soeiro doou, com seus porções da igreja e do mosteiro de Lavra, a terça parte do seu gado, e outras propriedades ao abade Gaudimiro do Mosteiro de Santo Tirso pela salvação de sua alma.[6], Acompanhou o conde Henrique a Sahagún e em 1103 governou o Condado durante a ausência do conde [7][8] assim como várias terras.[5]
Soeiro morreu emtre 1103 e 1108, "provavelemente fora do pais".[5]
Matrimónio e descendência
[editar | editar código-fonte]Casou com Gontrode Moniz,[9][10] de quem teve quatro filhos:[11]
- Paio Soares da Maia ([m. 1129), mordomo do conde Henrique,[12] casou com Chamoa Gomes, filha de Gomes Nunes de Pombeiro e de Elvira Perez de Trava;[13]
- Godo Soares da Maia (m. 1133) a esposa de Paio Peres "Romeu", filho de Pedro Trutesendes;[14][15]
- Mendo Soares da Maia (fl. 1045-1065), que não é mencionado pelos livros de linhagens,[14] pai de outro Soeiro Mendes, de Gonçalo Mendes da Maia, o "Lidador", Paio Mendes da Maia, arcebispo de Braga, Goina e Elvira.[16]
- Aurovelido, falecida antes de 1098.[17][18]
Referências
- ↑ Carvalho Correia 2008, p. 142.
- ↑ a b Mattoso 1982, p. 51.
- ↑ Mattoso 1981, p. 211.
- ↑ Mattoso 1982, p. 131.
- ↑ a b c Mattoso 1981, p. 212.
- ↑ Carvalho Correia 2008, pp. 23, 205, 222 e 297.
- ↑ Carvalho Correia 2008, pp. 202-203.
- ↑ Mattoso 1982, p. 52.
- ↑ Mattoso 1982, pp. 51–52.
- ↑ Mattoso 1981, p. 213.
- ↑ Carvalho Correia 2008, p. 203.
- ↑ Mattoso 1982, p. 117.
- ↑ Mattoso 1981, pp. 214–216.
- ↑ a b Mattoso 1981, p. 214.
- ↑ Mattoso 1982, p. 62.
- ↑ Mattoso 1981, pp. 214-215.
- ↑ Carvalho Correia 2008, p. 203 e 208, n. 762.
- ↑ Mattoso 1981, p. 215.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Carvalho Correia, Francisco (2008). O Mosteiro de Santo Tirso, de 978 a 1588: A silhueta de uma entidade projectada no chão de uma história milenária. Santiago de Compostela: Tese de doutoramento. Facultade de Xeografía e História. Universidade de Santiago de Compostela. ISBN 978-8498-8703-81
- Mattoso, José (1981). A nobreza medieval portuguesa: a família e o poder. Lisboa: Editorial Estampa. OCLC 8242615
- Mattoso, José (1982). Ricos-homens, infançoes e cavaleiros: a nobreza portuguesa nos séculos XI e XII. Lisboa: Gimarães & C.a. Editores. OCLC 10350247