Saltar para o conteúdo

Quinta Coligação

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Quinta Coligação
Guerras Napoleônicas

Napoleão na Batalha de Wagram, por Horace Vernet
Data 10 de abril a 14 de outubro de 1809
Local Europa Central, Países Baixos, Península Itálica
Desfecho Vitória francesa, Tratado de Schönbrunn
Beligerantes
Áustria
Tirol
Hungria
Reino Unido
Espanha
Sicília
Sardenha
Brunsviques Negros
França
Itália
Varsóvia
Nápoles
Suíça
Holanda
Confederação do Reno:
Comandantes
Francisco I
Duque de Teschen
João da Áustria
Duque de Brunsvique
Duque de Portland
Spencer Perceval
Conde de Chatham
Andreas Hofer
Napoleão I
Maximiliano I José
Eugênio de Beauharnais
Józef Poniatowski
Frederico Augusto I
Forças
340 000 austríacos
85 000 britânicos
275 000 franceses
Baixas
90 000 mortos ou feridos
80 000 capturados
30 000 mortos
90 000 feridos
20 000 capturados

A Quinta Coligação ou Quinta Coalizão foi a aliança formada pelo Reino Unido e pelo Império austríaco, contra a França de Napoleão Bonaparte, em 1809.[1]

No ano de 1808, os exércitos de Napoleão dominavam praticamente toda a Europa, exceto a Rússia e a Grã-Bretanha. Na Suécia ocupada, o marechal francês Jean-Baptiste Bernadotte, foi eleito o novo herdeiro do trono. Na Espanha ocupada, entretanto, onde após ter destronado Carlos IV de Espanha, Napoleão nomeara seu irmão, José Bonaparte, como rei da Espanha, tiveram início insurreições de cunho nacionalista. Os espanhóis, revoltados, expulsaram José Bonaparte de Madrid, vindo a eclodir a chamada Guerra da Independência Espanhola (1808-1814).[2]

Nesse contexto, constituída a Quinta Coligação, Napoleão derrotou os austríacos, na batalha de Wagram (julho de 1809), obrigando-os a assinar o Tratado de Schönbrunn. Ao mesmo tempo, divorciou-se de sua primeira mulher, Josefina de Beauharnais, e desposou Maria Luisa de Áustria, filha de Francisco I da Áustria, na esperança de evitar novas coligações da Áustria contra a França.[3]

Apesar de boa parte das terras hereditárias dos Habsburgos continuarem em suas mãos, a França formalmente anexou a província da Carinthia, a Carníola e alguns portos no mar Adriático, enquanto a Galicia foi dada aos poloneses, e a cidade de Salzburgo, no Tirol, passou para os bávaros.[4] Em consequência das perdas territoriais, o Império austríaco perdeu o controle de aproximadamente três milhões de pessoas, cerca de um quinto de sua população.[5]

Apesar da luta na península ibérica continuar, o continente europeu continuou em relativa paz até a França invadir a Rússia, em 1812, dando início à Guerra da Sexta Coligação.[4]

Após o fim da guerra da Quinta Coalizão, o Império Napoleônico atingiria o auge do seu poder e influência, controlando boa parte da Europa Ocidental, e chegaria à sua máxima extensão territorial no começo de 1812.[6]

Referências

  1. Brooks, Richard (editor). Atlas of World Military History. London: HarperCollins, 2000. ISBN 0-7607-2025-8
  2. Chandler, David G.. The Campaigns of Napoleon. New York: Simon & Schuster, 1995. ISBN 0-02-523660-1
  3. Fisher, Todd & Fremont-Barnes, Gregory. The Napoleonic Wars: The Rise and Fall of an Empire. Oxford: Osprey Publishing Ltd., 2004 ISBN 1-84176-831-6
  4. a b Todd Fisher & Gregory Fremont-Barnes, The Napoleonic Wars: The Rise and Fall of an Empire. p. 144.
  5. David G. Chandler, The Campaigns of Napoleon. p. 732.
  6. Haythornthwaite, Philip J (1990). The Napoleonic Source Book. London: Guild Publishing. ISBN 978-1854092878 
Ícone de esboço Este artigo sobre tópicos militares é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.